quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Brasil iniciou há 2 anos uma revolução na saúde com o Mais Médicos, afirma Dilma

O Brasil iniciou, com a criação do Programa Mais Médicos, uma verdadeira revolução na área de saúde pública e na formação destes profissionais, afirmou a presidenta Dilma Rousseff nesta terça-feira (4), na cerimônia que comemorou, no Palácio do Planalto, os resultados de dois anos do programa.
Mais de quatro mil municípios hoje contam com o reforço de 18.240 de médicos, e 63 milhões de pessoas estão cobertas pelo programa. Houve grande ampliação da formação, com aumento do número de vagas de graduação em medicina e a residência médica está a caminho da universalização.
Em seu discurso, a presidenta lembrou o grande preconceito que cercou a implantação do Mais Médicos.
“Logo depois que falamos que íamos lançar, e que começaram as críticas, recebi vários conselhos para interromper o programa. Eram sistemáticos conselhos que diziam: ‘Nós vamos ficar muito mal com os médicos’. Era uma frase estranhíssima. Como a gente poderia ficar muito mal com os médicos, se nós estávamos lançando um programa que se chamava Mais Médicos?”, questionou Dilma.
Um episódio marcou, em especial, esse período: o desembarque do médico cubano Juan Delgado em Fortaleza (CE), quando foi cercado por manifestantes de jaleco branco, que o vaiavam e o chamavam de “escravo”. Para a presidenta, havia naquela época um desconhecimento básico do sentido do Mais Médicos.
“E, ao mesmo tempo em que as críticas eram um tanto quanto extremadas, eu também tenho a destacar que, por parte dos prefeitos, dos reitores, houve também elogios com muita intensidade. As duas reações são compreensíveis, porque nós estávamos entrando numa situação em que as pessoas se sentiam inseguras, porque iríamos buscar uma revolução na área de saúde pública e na formação de médicos”.
Hoje, 90% dos médicos que fazem parte do programa são brasileiros.
Falta de médicos afetava todo o País
Ao longo de dois anos, o programa foi sendo construído com a prioridade de assegurar que houvesse médicos em quantidade suficiente para atender a população. E não apenas a população territorial e socialmente marginalizada, que vivia nos fincões mais longínquos do País, recordou a presidenta.
“Faltava médico em São Paulo, em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro. E eu posso listar aqui todas as capitais e dizer para vocês: faltava médico a alguns quilômetros dos centros das capitais brasileiras. Faltava médico nas maiores cidades desse País”.
Da mesma forma, faltava médico também nas comunidades quilombolas, nos departamentos de saúde indígena e no interior do País. “Faltava médico em tudo quanto era canto. Portanto, estávamos diante de um desafio de um País que tem uma proporção continental e uma complexidade bastante elevada. Tínhamos desde problema de logística, para deslocar os médicos, até problemas de garantir a manutenção desses médicos nos municípios”.
Satisfação da população atendida
Mas hoje, disse a presidenta, é importante falar das consequências do Mais Médicos, sobre a saúde da população, entre eles a redução da mortalidade infantil. “Fico muito feliz de ver que a pesquisa da mostra que o brasileiro e a brasileira, a mãe e avó, dizem que os médicos são mais atenciosos, que os médicos fazem a diferença”, acrescentou.
Dilma se referia à pesquisa do Grupo de Opinião Pública da Universidade Federal de Minas Gerais, que mostra que a média de aprovação dos usuários do programa chega a 9. O levantamento revela também que a maioria dos pacientes é de mulheres (80%), que tem filhos e renda de até dois salários mínimos. Cerca de 40% dos atendidos recebe Bolsa Família. Ou seja, as vaias hoje se transformaram em números de aprovação do programa.
Por tudo isso, disse a presidenta, “o programa Mais Médicos engrandece meu mandato. Me sinto realizada por saber que vocês estão presentes nos municípios do País 24 h por dia, sete dias na semana, para qualquer necessidade”, finalizou. Blog do Planalto.

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