sábado, 13 de dezembro de 2008

'O time tem técnico'
Jaques Wagner diz que está no
'banco de reservas'
após
Lula escolher Dilma para sucessão

O governador da Bahia, Jaques Wagner, que até recentemente era colocado como um dos nomes do PT para a sucessão de 2010, retirou sua candidatura nesta sexta-feira ao afirmar que o "técnico do time, o presidente Lula, já escalou o titular", no caso a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Insistindo na metáfora futebolística, Wagner disse que está no "banco de reservas".- Eu jogo num time. Esse time tem técnico. O técnico escalou uma jogadora e eu estou no banco de reservas, torcendo e trabalhando pela jogadora. Se por qualquer motivo ou em qualquer momento eu for convocado, me sentirei muito orgulhoso de entrar em campo, mas, por enquanto, estou trabalhando por quem está no jogo - afirmou o governador ao GLOBO, em relação à candidatura de Dilma para a Presidência.

Sobre a mais recente pesquisa Datafolha que coloca Dilma, na melhor das hipóteses, em terceiro lugar (com 12%, atrás de Heloísa Helena, do PSOL, e Aécio Neves, do PSDB), Wagner explicou que a ministra não é lembrada pela população porque não disputou eleições, portanto seu desempenho não pode ser medido pelas pesquisas atuais. - Não fiquem medindo o desempenho dela por pesquisas, que não é por aí que passa. Eu sou o exemplo disso - disse ele, referindo-se à eleição de 2006, quando começou com 6% e acabou derrotando no primeiro turno o então governador Paulo Souto (DEM).

Wagner pediu que a militância do PT não aguarde "magníficas subidas nas pesquisas". Ele previu que a corrida de 2010 vai começar com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o deputado federal Ciro Gomes (PSB) na frente, já que ambos são lembrados por terem disputado eleições. - Enquanto a novela eleitoral não entrar no ar, não façam apostas, porque não está valendo nada - afirmou.

Após participar do encontro com prefeitos eleitos do PT, o governador da Bahia fez ainda elogios às características de Dilma como candidata e minimizou o fato de a maior parte da população não conhecê-la. - Na minha opinião, Dilma tem musculatura, densidade e história para ser candidata. Evidente que ela não é o presidente Lula. Para isso, nós vamos ter que trabalhar, articular e costurar governadores e prefeitos. Agora não pode ter angústia da mídia ou da militância - encerrou Wagner.O Globo.

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