segunda-feira, 12 de outubro de 2009

São Paulo ainda não percebeu que a locomotiva mudou de lugar – é o MPI

BANNER: DANIEL PEARL
Paulo Henrique Amorim: Quinze anos de governos tucanos medíocres. Três anos de um governo estadual que se notabiliza por mandar vender banana a quilo. Cinco anos de sucateamento da infra-estrutura da maior cidade do país. Oito anos de atraso no Governo do Farol de Alexandria. Sete anos sem botar a mão no Governo Federal. Sete anos de intervenção do Governo Federal na economia, no Nordeste e na ascensão da classe média. Aceleração da irrelevância do PiG (*) paulista. Todas essas reflexões surgiram com a descoberta sensacional do PiG(*) de São Paulo: Eike Batista existe.
A Folha (**) e o Estadão publicam hoje copiosas entrevistas com um minerador que, por enquanto, foi capaz de vender espuma. Mas Eike diz uma coisa interessante: diz que os investimentos dele tem a função de provocar MPI: ou seja, Matar Paulista de Inveja. São Paulo ainda não se deu conta de que a locomotiva mudou de lugar. Foi para muitos lugares. Acompanhe, amigo navegante, o novo trajeto que a locomotiva faz, fora de São Paulo: A Petrobrás e o pré-sal. A construção de sondas, navios, plataformas.
A nova petroquímica, induzida pela Petrobrás e com a Odebrecht (da Bahia) na liderança. A nova Vale, já que Roger Agnelli e sua diretoria tucana tem tanta chance de ficar quanto o Ronaldo de voltar à seleção.
Clique aqui para ler “Agnelli fora, já !”
A ação agressiva dos bancos públicos, que pegaram os bancos privados paulistas atolados na poça da crise criada pela urubóloga Miriam Leitão. A pressão do Santander, fora do nicho bancário tradicional. A ação do carioca André Esteves, que deve desempenhar papel fundamental no crescimento das empresas brasileiras através da Bolsa. As obras do PAC, que levam investimentos maciços em infra-estrutura, de variadas características, para fora de São Paulo, inclusive ao Norte. O agronegócio, que se expande em Santa Catarina, com a Brasil Foods e, em Goiás, com a Friboi. A explosão dos Mato Grosso, Goiás, Tocantins. A expansão acelerada do Nordeste – já é o segundo maior mercado consumidor do país, na frente do Sul -, movida a emprego, salário mínimo com aumento real, e Bolsa Família. Clique aqui para ler o Estadão, na pág. B8, “Nordeste cresceu quando o país parou” A banqueirização dos pobres, que passaram a ir ao banco para se endividar e comprar. A revolução na indústria imobiliária, que vai vender imóveis de 50m2 à nova classe média.
E isso terá que se dar, em boa parte, fora da cidade de São Paulo, porque São Paulo não tem infra-estrutura, não tem metrô, escola nem hospital para abrigar mais moradias longe do local de trabalho. A Copa do Mundo sem São Paulo, porque o estado mais rico da Federação não conseguiu construir um estádio de futebol que preste. A Olimpíada do Rio, que, como diz o Independent, da Inglaterra, é o “icing on the cake”, é a sopa no mel de uma sequência de investimentos federais para recuperar o Rio. Clique aqui para ler: “O aspecto geopolítico da vitória do Rio nas Olimpíadas e o papel que Lula desempenhou” Um dia, os paulistas vão acordar e se perguntar: meu, cadê a locomotiva que estava aqui ? E vão esperar o iFHC, o Instituto do Farol de Alexandria produzir uma monografia, com prefácio do “economista competente”, para botar a culpa na Marta. Ninguém manda ter 15 anos de coronelismo tucano.

Um comentário:

marcelo batista disse...

O psdb ninguém merece de novo.
no entanto o governo tem que olhar melhor o governo "feminino" do estado do Pará.
A governadora faz um trabalho mediocre, sem obras, sem pulso, como no caso do MPF , contra os produtores rurais do estado.
Já ouvi muitos comentários ligando o governo do Pará, comandado por mulher com a eleição da Dilma, também mulher.