Dilma diz em Pernambuco que o Brasil vai "brigar por cada emprego"

IPOJUCA (PE) - Um dia depois da injeção de R$ 100 bilhões do governo no BNDES, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, ratificou que "o Brasil vai manter a política de luta e brigar por cada emprego" que for possível criar. Ela esteve em Pernambuco na noite desta sexta-feira para participar da solenidade de assinatura da ordem de serviço para a construção da casa de força da refinaria Abreu e Lima, que vem sendo implantada no complexo portuário de Suape, no litoral sul do estado. Até o final do ano, disse Dilma, pelo menos 20 mil homens estarão trabalhando no canteiro de obras da refinaria, a primeira a ser implantada pela Petrobras em décadas. A ministra chegou a Suape com uma hora e meia de atraso. A casa de força anunciada sexta-feira implicará em investimentos de R$ 966 milhões. Já a refinaria, segundo ela, poderá exigir investimentos de R$ 10 bilhões. O empreendimento é uma parceria com a Venezuela (40% da unidade) _ embora o governo de Hugo Chávez ainda não tenha assinado o contrato definitivo por divergir do preço do petróleo a ser entregue à Abreu e Lima para refino. Ela confirmou ainda que o governo agora vai investir na construção civil e que o pacote que está sendo preparado será anunciado em fevereiro. O plano prevê a construção de 500 mil casas populares para faixa de renda entre dois e cinco salários mínimos, entre 2009 e 2010. Dilma procurou mostrar otimismo quanto ao futuro do país, apesar da crise, e definiu a situação do Braisl como privilegiada:

- Estamos em uma crise, e vamos ter consequências sim. Mas no Brasil elas serão menores. O governo tem instrumentos para enfrentar a crise e tem solução. E vai continuar investindo. Manter o investimento significa manter o emprego - afirmou a ministra, lembrando que o Plano de Negócios 2009-2013 da Petrobras, anunciado hoje, que prevê US$ 174 bilhões em investimentos. Ela lembrou que o Brasil está enfrentando a crise em duas frentes e dará a volta por cima: - Temos que resistir a ela (à crise) gerando empregos e assegurando que o país sofra a menor consequência possível da crise que ele não criou e que veio de fora. A segunda questão é que a crise passará e quem estiver em situação correta terá condiçõees de aproveitar. Em muitos países, refinarias, investimentos, estão sendo cancelados. Vamos manter os investimentos, construir outras refinarias, porque o governo tem situação robusta e podemos assegurar a sua implantação. Estamos cumprindo a nossa agenda de soberania. Dilma salientou que com a transferência de R$ 100 bilhões do Tesouro para o BNDES, o governo está sinalizando que não faltará crédito ao setor privado. A ministra ressaltou, por último, outras iniciativas que ajudam na tarefa de superar a atual turbulência, como os programas sociais. Ela citou o Território da Soberania e o Bolsa Família, que serão mantidos. - No passado, havia crise internacional, os governos paravam de investir. Hoje a situação é diferente. Não temos porque parar de investir, porque as contas públicas vão bem, obrigada _ disse.