segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Lula quer Dilma como candidata já neste ano

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja lançar ainda neste ano a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para a presidência da República. De acordo com a lei eleitoral, o Partido dos Trabalhadores (PT) pode esperar até junho de 2010. O blog da Dilma 13 Presidente já antecipou e desde 2008 lançou a Ministra Dilma Rousseff como candidata do PT para disputar as próximas eleições. Convocamos todo cidadão que entre na ONDE DILMA, votando 13 em 2010.

6 comentários:

Anônimo disse...

Car@s amig@s e companheir@s
No próximo dia 24 de janeiro será inaugurado o Memorial da Resistência, objeto de muita luta e insistência dos ex-presos políticos de São Paulo. Não será uma simples reinauguração do mesmo espaço, mas a instalação pública de um projeto museólogo criativo e marcante do período de ditaduras em nosso país.

O velho prédio do Largo General Osório, que foi sede de estação ferroviária e do antigo DEOPS/SP, passou por uma cruel descaracterização. Foram destruídas duas celas e o Fundão (antigas celas fortes solitárias), todo o espaço recebeu pinturas modernosas, foram destruídos os infectos banheiros e rasparam as paredes onde estavam inscrições feitas por gerações de presos políticos das várias ditaduras e períodos de repressão do movimento operário e popular do Brasil.

Com um toque de ironia, o lugar maquiado recebeu o nome de Memorial da Liberdade como forma de apagar a Resistência e a determinação de milhares de combatentes, que nunca aceitaram a opressão das classes dominantes e seus instrumentos ditatoriais.

Vários ex-presos políticos e pessoas sensíveis à História lutaram pela reconstituição daquele lugar como marco de lutas contra as ditaduras e começaram por exigir a mudança de nome para Memorial da Resistência, pois ali havia Resistência e nenhuma Liberdade.

O atual governo estadual aceitou a visão dos militantes do Fórum Permanente dos ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo e fez a mudança do nome e uma significativa reforma para devolver um aspecto semelhante ao que era originalmente. Foram instalados vários equipamentos audio-visuais que permitem ao visitante saber o que foi aquele lugar e as tantas barbaridades cometidas contra nosso povo e seus mais destacados militantes.

Uma das celas foi reconstituída para mostrar as condições de vida dos presos e, para não esconder as torturas e assassinatos cometidos pelos carrascos, os equipamentos mostram depoimentos de pessoas que por lá passaram.

Desde o ano passado o Fórum dos ex-Presos Políticos realiza no auditório daquele prédio palestras e debates para jovens e todas as pessoas interessadas. São os Sábados Resistentes, que reuniu uma média de 70 pessoas por evento.

A inauguração do novo Memorial da Resistência, marca o início de várias atividades que, ao longo do ano o Fórum vai desenvolver para marcar, entre outras datas:

- Os 30 anos da Lei da Anistia;
- Os 40 anos sem Marighella;
- Os 30 anos sem Santo Dias da Silva;
- Os 40 anos da morte do Almirante Negro, João Candido;
- Os 45 anos do Golpe de 1964;
- Os 40 anos da criação da infame OBAN.
Durante o ano todo vamos continuar lutando pela Memória, Justiça e Verdade, para que nunca mais se repitam os horrores da ditadura.
Ajude a divulgar esta mensagem e vamos todos nos encontrar para continuar nossa luta pela Verdade e relembrar que somos Pela Vida, Pela Paz: Tortura, Nunca Mais!
Data: dia 24 de janeiro de 2009
Hora: 11 horas
Local: Memorial da Resistência (Estação Pinacoteca - Largo General Osório, 66)
Estacionamento no local
O novo Memorial da Resistência quer mostrar que a Humanidade foi mais forte, derrotou a opressão, a tortura e a barbárie.
Mais importante que tudo é passar para as novas gerações a certeza de que vale a pena lutar por Liberdade, Justiça e por uma Sociedade Justa e Igualitária.
Contamos com sua presença e participação!
Raphael Martinelli, Maurice Politi e Ivan Seixas
Fórum Permanente dos ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo

Anônimo disse...

Crise não é ocasião para flexibilizar legislação trabalhistas, dizem economistas

Contrariando a expectativa da maioria do empresariado, economistas avaliam que a crise financeira internacional não é o melhor momento para discutir uma flexibilização das leis trabalhistas. O consenso entre os especialistas termina aí. Para alguns economistas entrevistados pela Agência Estado a crise exige respostas rápidas do governo e essa discussão estrutural deve ficar para outra ocasião, para outros o afrouxamento da legislação do trabalho não é sequer solução para os problemas atuais.

Os instrumentos legais existentes - como a suspensão do contrato de trabalho, a redução da jornada e o banco de horas - são "suficientes" para lidar com a crise, avalia Edward Amadeo, doutor (PhD) em economia pela Universidade Harvard, EUA, e ex-ministro do Trabalho no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Não precisa fazer uma reforma, que tem muito mais a ver com fatores estruturais, de aumentar a produtividade, melhorar a relação de trabalho e, portanto, gerar mais crescimento no longo prazo, do que propriamente para lidar com uma crise de demanda como a que a gente está tendo agora", argumentou.

O professor Claudio Dedecca, do Instituto de Economia (IE) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo, lembra que o calendário político dificulta a tomada de medidas em direção à flexibilização do emprego. Segundo ele, o Congresso estará absorvido na eleição das mesas diretoras até meados de fevereiro e depois virá o recesso do carnaval. "Portanto, a discussão só pode acontecer a partir de março. Antes de setembro, outubro, nada é aprovado. Até lá, a crise já comeu solto", afirma.

"Em algumas discussões, nós temos de considerar que o timing da crise é suficientemente reduzido para nós não pensarmos em discussões de seis meses para enfrentar a crise", acrescenta. Dedecca vê necessidade de "reordenar o marco para reorganizar o contrato de trabalho", mas ressalta que essa discussão não se resolve "do dia para a noite". "A velocidade dessa mudança é incompatível com as necessidades de mudança que a crise coloca. Nós temos de olhar a velocidade da crise, a rapidez que exige em termos de resposta, e nos movermos nessa direção."

O professor José Krein, diretor-adjunto do IE da Unicamp, é contra o abrandamento das regras trabalhistas. "A história recente mostrou que não é flexibilizando a legislação trabalhista que se conseguiu resolver os problemas do mercado de trabalho. Esses problemas, principalmente o nível de emprego, dependem muito mais da dinâmica da economia do que da legislação trabalhista em si", diz, julgando que é em situações de dificuldade econômica que aumenta a pressão pelo relaxamento dos direitos dos trabalhadores.

"Nesse momento, um ou outro acordo pode fazer sentido, mas o princípio em si de que você, flexibilizando, vai resolver o problema do mercado de trabalho não faz sentido", insiste. Na visão do professor, a questão só será resolvida com a geração de empregos, o que, por sua vez, só pode ocorrer com a dinamização da economia. "A flexibilização não é uma alternativa para resolver a questão da crise."

Ainda que o governo optasse por flexibilizar as normas trabalhistas, o professor José Márcio Camargo, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e economista da Opus Gestão de Recursos, destaca que, numa situação de queda de demanda, o aumento do desemprego é "inexorável". "Se existisse algum milagre, não teria desemprego no mundo. E, no mundo, o desemprego está aumentando, e é porque não existe milagre", afirma. Camargo destaca que não há nenhuma discussão concreta na administração federal para tornar flexível a lei trabalhista. "É difícil você imaginar que, de repente, consiga fazer uma reforma trabalhista a partir do zero".

Link: http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/economia/conteudo.phtml?tl=1&id=847853&tit=Crise-nao-e-ocasiao-para-flexibilizar-legislacao-trabalhistas-dizem-economistas

Anônimo disse...

Amigos,
Meu nome é Achmed Assef, sou palestino e vivo no Brasil atualmente.
Desde que iniciou novamente os conflitos no Oriente Médio, não se fala em outra coisa a não ser nesta guerra infeliz que tanto vem fazendo vitimas dos dois lados.

Nasci na Palestina, um pais que ainda não existe oficialmente e quando a situação ficou insustentável para minha família, tivemos o feliz e sagrado convite de um amigo de meus pais a virmos ao Brasil, e desde meus 5 anos de idade, moro neste lindo pais acolhedor.

Quando digo que a situação na Palestina ficou insustentável, não estou me referindo aos inúmeros conflitos com o exercito de Israel ou os religiosos judeus que mantinham suas casas lindas em território palestino, e que hoje essas mesmas casas foram tomadas a força pelos terroristas, mas sim de uma insustentabilidade provocada pelos próprios "governantes" palestinos em todos esses anos.

Para quem está no Brasil ou qualquer outro lugar do mundo, na segurança de seu lar e de sua vizinhança não vai conseguir imaginar nunca o que é viver em Gaza. Somente de lembrar minha breve infância nas cidades em que vivi, me da aperto no coração e vontade de chorar, porem, ninguém que esta no conforto de seus lares também recebendo milhares de informações, fotos e noticias do atual conflito pode imaginar também o que é sentir-se traído por aqueles que se intitulam lideres palestinos.

Os lideres palestinos nunca quiseram um Estado. E eu posso falar isso em alto e bom tom, porque é uma verdade. Se quisesse teriam criado antes de 1948, quando ainda não existia o Estado de Israel, se quisessem o teriam feito em 48 também quando a ONU decidiu pela criação de dois Estados, mas nossos grandes Líderes preferiram incitar o povo a violência de lutar contra os judeus do local a fazer lobby por um Estado palestino viável.

Não quiseram também os lideres palestinos quando os territórios, chamados "ocupados por Israel" e que hoje estão em sua grande maioria em nosso domínio, criar um Estado palestino. O que dizer então da mais recente escalada de violência, quando ocorreu a segunda intifada causada pelo grande líder Arafat que em 2000 rejeitou o melhor acordo de paz de todos os tempos propostos pelo premie israelense Ehud Barak e mais uma vez incitou o povo palestino a violência e a brutalidade através de homens-bomba, enquanto a família do Sr. Arafat vivia com regalias, mordomias e riquezas em Paris, tudo fruto de doações dignas estrangeiras mas que nunca chegaram ao povo sofrido da Palestina.

Ao invés de comprar comida, água, remédios e oferecer uma vida digna e boa ao povo palestino, nossos lideres preferiram o caminho da violência, da brutalidade e da estupidez de promover o ódio e a discriminação contra o povo judeu, que se não são anjos, também não são demônios como pregam nossos lideres.

As mesmas crianças que hoje morrem inocentemente no colo de suas mães, são as mesmas que recebem a criação e educação militar desde cedo a odiar Israel e o povo judeu, sabendo atirar com armas pesadas com menos de 5 anos de idade e ainda recebem a lavagem cerebral de se tornarem mártires explodindo-se para causar ainda mais vitimas do outro lado.

Os lideres palestinos não possuem nenhum sentimento humanitário como se espera para uma população cansada e calejada de sofrimento. Pois se tivessem, não mandariam para o suicídio seus parentes e suas crianças, enquanto esses covardes assassinos escondem-se em outros paises ou ate mesmo utilizando escudos humanos dentro da população civil, como vemos hoje na faixa de Gaza.

O Hamas, que há muito tempo vem promovendo barbáries dentro e fora de Gaza, desde que em seu único ato inteligente na historia, transformou-se em partido político somente para dar legitimidade ao seu terrorismo praticado diariamente nas ruas de Gaza, matou, perseguiu, torturou e aniquilou todos os "inimigos" do Fatah, o partido moderado que hoje é representado pelo incapaz Mahmoud Abbas.

Senhores, como pode um grupo terrorista, dizendo-se líder do povo palestino matar nossos irmãos? Como entender que eles não estão defendendo nosso povo, mas sim seus próprios ideais que não refletem a opinião da maioria desse meu povo palestino? Matar palestinos somente porque não concordam com seus atos e idéias é arcaico e acima de tudo terrorista. Sobrou a Cisjordânia para o Fatah e que se não tomarem cuidado, servira de base para mais atos de violência dos terroristas do Hamas.

Vocês podem argumentar que os terroristas do Hamas praticam atos sociais e de solidariedade, mas não acreditem em tudo que vêem na mídia e muito menos em tudo que ouvem. Para que vocês consigam compreender, faço uma analogia com os traficantes no Rio de Janeiro, pois é legitimo o que eles fazem? Aliciar crianças inocentes para o trafico de drogas, colocando armas pesadas em suas mãos? Acredito que não, mesmo que os traficantes promovam atos sociais e atos solidários com os moradores dos morros onde estão alojados. Continuam desrespeitando o direito de crianças crescerem com educação saudável e não para a guerra, como os terroristas do Hamas fazem hoje.

Amigos brasileiros que tanto respeito e tanto quero bem, faço um apelo como palestino, como muçulmano, mas acima de tudo como um ser humano que não agüenta mais ver a ignorância e a falta de conhecimento por parte de muitas pessoas neste lindo Brasil:

Parem de atacar Israel, parem de atacar os judeus e também parem de achar que o povo palestino é somente de terroristas. Há muita gente boa, inocente e que não quer mais conflitos com os israelenses e não os odeiam, assim como não odeiam os americanos.

Muita gente la, incluindo minha família está cansada de tanta dor e sofrimento e sabemos que devemos ter uma convivência pacifica com Israel, afinal, é de Israel que vem nossa água, nossa comida, nosso trabalho e nosso dinheiro.

Israel inclusive nos oferece ajuda militar sabiam? Quando houve acordo com a Autoridade Palestina no governo de Arafat, a policia de Israel treinou muitos de nossos homens que não queriam envolvimento com o conflito para que pudessem trabalhar na ordem de nossas cidades. Israel ofereceu treinamento para seus supostos inimigos, inclusive com armamento para que tivéssemos nossa própria segurança.

Terroristas que tentaram e não conseguiram se explodir nas cidades de Israel, receberam atendimento medico nos hospitais israelenses!! E muitas das escolas em Israel promovem a educação igualitária com alunos palestinos e judeus, convivendo em perfeita harmonia e recebendo educação sadia e de respeito ao próximo. Diferentemente do que acontece em Gaza, por exemplo.

Se nossos lideres não fossem tão burros e estúpidos, nosso povo sofrido não teria mais o que reclamar, pois em Israel estão as maiores oportunidades para um palestino que vive em gaza ou Cisjordânia e quem tem um mínimo de inteligência la sabe que não vai conseguir nunca varrer Israel do mapa ou exterminar todos os judeus, como apregoam certos lideres maníacos do nosso lado.

Quanto ganharíamos se estivéssemos do lado de Israel e dos judeus? Por que aqui no Brasil a convivência entre os dois povos sempre foi motivo de orgulho e quando estamos em sociedade ganhamos em tudo?

Meu tio recebeu visto de trabalho em Israel. Todos os dias levantava cedo e ia trabalhar em Israel e voltava de noite para sua casa em Gaza. Quando o Hamas tomou o poder à força e iniciou seus diários ataques as cidades israelenses, meu tio perdeu o emprego e a fronteira foi fechada. A culpa é de Israel? Do meu tio que nunca odiou os judeus? Não, a culpa é dos terroristas do Hamas. Meu tio hoje continua não odiando os israelenses nem os judeus. Vive na Síria, onde a situação não é das melhores, mas la não ha. grupos terroristas como o Hamas ou o Hezballah que somente acabam com a vida dos cidadãos de bem.

O povo palestino foi expulso de diversos paises chamados "amigos dos palestinos", incluindo Jordânia, Líbano, Síria e Líbia. O Egito fecha sua fronteira com Gaza porque não nos querem por la, inclusive no tratado de paz com Israel, na devolução do Sinai ao Egito, foi oferecido por Israel devolver Gaza também e os egípcios não quiseram porque chamaram de terra sem lei e o pior lugar do mundo para se viver.

Por que paises fortes e com um território gigantesco como Arábia Saudita, Jordânia, Irã e outros não tão grandes, mas muito ricos, como Kweit, Emirados Árabes ou Catar não nos recebem de braços abertos? Preferem somente financiar atentados terroristas e mandar todo seu dinheiro para lideres palestinos terroristas e que não pensam no bem estar da população, mas somente em enriquecimento próprio e incentivo ao ódio e intolerância?

Por isso, meus amigos, escrevo esta mensagem. Sei que esta carta não vai fazer nenhum dos dois lados pararem com o atual conflito e muito menos mudar o pensamento dos lideres que hoje determinam o rumo do meu povo palestino, mas se servir para fazer o povo brasileiro pensar nisso e entender que não precisamos importar um conflito que não serve pra nada aqui e também para que todos vocês realmente entendam quem são os principais responsáveis pela matança generalizada que ocorre atualmente em Gaza, fico feliz.

Israel não é culpado, esta se defendendo dos irresponsáveis lideres terroristas palestinos que diariamente ataca nosso vizinho com seus nada caseiros foguetes para depois se esconderem atrás de mulheres e crianças, colocando toda a culpa nos israelenses, enquanto esses terroristas que infelizmente também são palestinos covardemente se escondem em áreas altamente populosas para causar ainda mais mortes e ganharem fotos sensacionalistas nos jornais do mundo todo.

O povo palestino também não é culpado, o povo palestino, tirando esses terroristas que são minoria quer a paz, quer o convívio pacifico com Israel e com os judeus. Quer uma vida digna e viver em seu território chamando-o de lar, sem precisar fugir para qualquer outro país maravilhoso como o Brasil como eu fiz, pois a Palestina é o melhor lugar para viver um palestino.

Pensem nisso antes de escolher algum lado no conflito, mas acima de tudo, escolham o lado da paz, da tolerância e do respeito com quem quer que seja.

Grato,

Achmed Assef
achmedassef@gmail.com
www.caiofabio.com
www.vemevetv.com.br

Anônimo disse...

Juro alto no Brasil já foi longe demais, diz professor de Cambridge

Esta é a hora de deixar de lado a cartilha neoliberal e adotar o pragmatismo, defende o economista sul-coreano Ha-Joon Chang, considerado o mais efetivo crítico da globalização. Ele não está pregando um grande e radical rompimento ideológico: quer só que o Brasil copie as medidas que no passado foram tomadas pelas nações desenvolvidas para crescer e hoje são rejeitadas por esses mesmos países, como a proteção da indústria nacional.




Chang, que é professor em Cambridge, entende que o sistema de comércio internacional também precisa ser reformado para aplicar um tipo de protecionismo assimétrico, permitindo que, de acordo com o seu grau de desenvolvimento individual, cada país mais pobre coloque determinadas barreiras tarifárias, o que daria a todos condições justas de competição.


Leia abaixo a entrevista concedida por Chang à Folha de S.Paulo:


A Coréia do Sul sempre é apontada como modelo entre as nações ditas "em desenvolvimento". Como o país conseguiu sobressair?
O Brasil lidera a América Latina, e seu progresso recente não deve ser desprezado. Porém a Coréia realmente cresceu mais rápido com uma estratégia basicamente de proteger a indústria local.


Isso é considerado um pecado capital pelo pensamento econômico dominante...
Do mesmo jeito que as crianças são mandadas à escola antes de procurar um emprego, é preciso que sejam dadas condições para que a indústria acumule capacidade tecnológica e seja capaz de competir com as empresas dos países ricos. O Brasil teve que subsidiar a Embraer no princípio -se ela tivesse sido abandonada na competição com a Bombardier e a Fokker, não teria sobrevivido. O problema é que em alguns países se dá a proteção e nunca se retira, o que deixa as empresas preguiçosas.


Embora o Brasil tenha progredido bastante nas últimas décadas, acredita-se que poderia ir mais longe do que efetivamente tem conseguido. O que o detém?
Existem países na África e em algumas partes da Ásia que realmente não sabem o que fazer, mas o Brasil não é uma nação pequena e pobre que não tem recursos. O Brasil construiu uma base industrial gigante, tem empresas de porte global em setores como o aeroespacial, o de álcool, o de petróleo, o de engenharia civil. O maior problema do país tem sido do lado da demanda, uma dificuldade criada pela política monetária excessivamente conservadora, com elevada taxa de juros e enorme superávit primário. Entendo o porquê de ela ter sido adotada no começo. Havia a hiperinflação, e o espaço para decisões econômicas racionais era pouco. Mas o país está fazendo isso tudo há tempo demais. O fato de uma política ter sido correta em 1996 não significa que ainda é em 2009.

A inflação é um trauma para a população, os empresários e os políticos.
Quem sofreu com a hiperinflação depois se torna excessivamente cauteloso, é compreensível. A Alemanha e Taiwan tiveram tal experiência. Mas o Brasil levou essa política longe demais. Se a taxa de juros de um país é alta demais, ninguém quer empreender, pois ter um negócio significa lidar com questões trabalhistas, de distribuição... É mais fácil comprar um título público. Então, as empresas se tornam conservadoras, não tomam nenhum empréstimo para investir, para incrementar sua atividade. As companhias brasileiras são as menos alavancadas do mundo – não que o endividamento seja necessariamente bom, mas ser a última em tomada de crédito mostra que tem algo errado. Na realidade, o Brasil não criou empresas novas nos últimos 10 ou 20 anos, enquanto os demais países seguem avançando rápido. Dez anos atrás, a China não era nada. Era grande, mas nem chegava perto do Brasil. Agora, compete com o país em muitos mercados. [Exaltado] Eu fico realmente com raiva, porque o Brasil está desperdiçando o grande potencial que possui. É de cortar o coração que esteja voluntariamente se atrasando. Do jeito que é feito, o controle da inflação mata o crescimento.

O senhor acha que os bancos centrais devem ser independentes para decidir essas políticas?
Não. Trata-se de uma instituição tão importante, precisa prestar contas. Dada a sua natureza, o banco central tende a favorecer o crescimento do sistema financeiro. Os seus executivos não estão deliberadamente aniquilando os outros setores, mas são naturalmente influenciados por outros banqueiros, com os quais se encontram regularmente. Sou contra a independência; porém, se ela é concedida, é preciso dar também os objetivos corretos. Na prática, tem sido um pouco diferente nos últimos anos, mas o mandato do Fed [Federal Reserve, o banco central dos EUA] diz explicitamente que a instituição deve cuidar da estabilidade de preços no contexto de crescimento e geração de empregos. O Brasil está pagando um preço muito alto pelo trauma da inflação – é como um cidadão que vivia feliz e, depois de ser assaltado na rua, tranca-se em casa e não quer sair mais. Agora é a hora de seguir em frente, especialmente se os outros países estão baixando os juros. Pode-se reduzir o superávit primário para zero. Neste momento de crise, é difícil para as nações ricas apontar o dedo para o Brasil e falar "Oh, essas medidas estão erradas, você é mau", porque o Brasil se encontra em posição muito melhor que a delas. Esta é a grande chance. Se o país perder a atual oportunidade, quando vai diminuir os juros? Daqui a três ou quatro anos, quando os outros países voltarem a subir suas taxas, será tarde. Não sou antibanqueiro, é bom deixar claro. Concordo que banqueiros precisem ser mais conservadores que industriais. Para uma sociedade saudável, no entanto, é essencial equilibrar os interesses dos diferentes grupos.

Sobre comércio internacional, o sr. acha possível um entendimento? As negociações da Rodada Doha se mostraram infrutíferas.
O atual sistema representado pela OMC (Organização Mundial do Comércio) é totalmente contra os países em desenvolvimento. Deixe-me usar uma figura que sempre emprego para explicar essa idéia: em muitos esportes, existe a separação de classes por peso. No boxe, por exemplo, a divisão nas categorias mais leves é de um quilo -ou seja, avalia-se que é injusto colocar para lutar duas pessoas cuja diferença de peso seja maior que essa. No comércio internacional, entretanto, acha-se que Honduras deve competir no mesmo nível que os EUA. Forçar os países em desenvolvimento a empregar políticas que não lhes são apropriadas é matar a galinha dos ovos de ouro. Deixando-os crescer no seu ritmo, vão se tornar no longo prazo grandes mercados consumidores para os produtos dos países ricos. A propriedade intelectual, que é pesadamente protegida pela OMC, deveria ser flexibilizada. Quando precisavam de tecnologia, todos os países ricos se permitiam importar o conhecimento alheio. As cartilhas sempre enumeram regras: livre comércio, desregulação, privatização. Observando os casos de sucesso, entretanto, nota-se que sempre fizeram diferente do que agora defendem como correto. Ora, os países que julgam que não há diferenças de condições de competição deveriam mandar suas crianças para a guerra. É sério. Precisamos mudar radicalmente a nossa forma de encarar o assunto.

Qual é a sua proposta?
Um tipo de protecionismo assimétrico. Os países menos desenvolvidos têm mais proteções e, à medida que avançam, as barreiras diminuem até que possam participar do livre comércio em pé de igualdade com os demais. Um comitê técnico definiria as faixas. Colocar no mesmo jogo países que não têm forças equivalentes não é o único problema, porém. Os países ricos ainda asseguram proteção para as áreas em que são fracos, como a agricultura. Eles são rígidos em exigir que os países em desenvolvimento eliminem completa e indubitavelmente todas as barreiras aos seus produtos industrializados e em troca dizem que talvez, quem sabe, possam pensar em diminuir os subsídios dados aos seus fazendeiros. O Brasil teria que cortar tarifas a um ponto que não se vê desde a época do colonialismo. Não é surpresa, portanto, que as recentes negociações não tenham chegado a lugar nenhum.

A crise levará a um fechamento de fronteiras comerciais?
Acho que é um exagero. Eu critico a OMC, mas não estamos na década de 1930, quando não havia um sistema. Hoje, os países fazem de tudo para trapacear, mas pelo menos as regras estão colocadas.

http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=49712

Anônimo disse...

Collor humilhou Lula da Selva, ao vivo, nos debates, o que os esquerdistas jamais perdoaram.
Anos depois, o seu coordenador de campanha, PC Farias, foi flagrado comprando uma Fiat Elba para a primeira dama, com sobras de campanha não contabilizadas. Perto do populista do mensalão (e pai do Lullinha milionário) era "honestíssimo".
Olavo descreveu muito bem a farsa esquerdista em "O Jardim das Aflições" e a tal "campanha pela ética". Onde estavam esses ratos esquerdistas quando flagraram o mensalão? Sumiram como camundongos que são!
No entanto, também nunca gostei muito dele nem de outros coronéis.
uma fiat elba! carro popular o lulinha é milionário,segundo lula seu filho é o ronaldinho dos negócios
O que Collor supostamente roubou em todo o seu governo, o PT lá em Brasília deve surrupiar em um só dia.
Collor perto da corja petista é uma vestal das mais puras!
A hipocrisia desses esquerdistas me dá nojo!

Anônimo disse...

Collor humilhou Lula da Selva, ao vivo, nos debates, o que os esquerdistas jamais perdoaram.
Anos depois, o seu coordenador de campanha, PC Farias, foi flagrado comprando uma Fiat Elba para a primeira dama, com sobras de campanha não contabilizadas. Perto do populista do mensalão (e pai do Lullinha milionário) era "honestíssimo".
Olavo descreveu muito bem a farsa esquerdista em "O Jardim das Aflições" e a tal "campanha pela ética". Onde estavam esses ratos esquerdistas quando flagraram o mensalão? Sumiram como camundongos que são!
No entanto, também nunca gostei muito dele nem de outros coronéis.
uma fiat elba! carro popular o lulinha é milionário,segundo lula seu filho é o ronaldinho dos negócios
O que Collor supostamente roubou em todo o seu governo, o PT lá em Brasília deve surrupiar em um só dia.
Collor perto da corja petista é uma vestal das mais puras!
A hipocrisia desses esquerdistas me dá nojo!