Albano Franco ao lado de Dilma Roussef no carnaval

Atrás do trio elétrico, o assunto entre os políticos era um só, a prioridade do PT agora é a candidatura de Dilma à Presidência da República no ano que vem. Só deu carnaval nos últimos dias. Até para os políticos. Como a festa de Momo deixa as pessoas mais soltas, teve gente que deitou e rolou. Foi o caso da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que não conseguia disfarçar a postura de candidata na folia do Recife. Ela dançou, pulou, riu, beijou todo mundo, uma simpatia típica de quem aspira a ocupar a cadeira hoje usada pelo presidente Lula. Apoio dos partidos da base aliada, se depender do frevo pernambucano, não deve faltar. Escoltando a ministra, estavam lá o governador Eduardo Campos (PSB) e o ministro das Relações Institucionais, José Múcio (PTB). Como no carnaval vale tudo, até o deputado Albano Franco (PSDB-SE) apareceu, sem nenhum constrangimento, no enredo montado em torno de Dilma.

Em Salvador, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (SP), ao lado do colega Nelson Pellegrino (PT-BA), nada escondia. Atrás do trio elétrico, o assunto entre os políticos era um só, a prioridade do PT agora é a candidatura de Dilma à Presidência da República no ano que vem. Alguma preocupação com a pauta do Congresso? Não, claro que não. Só as coisas importantes, como se manter no poder, é que estavam na pauta de conversas. Tanto que Câmara e Senado esticaram o feriadão e só voltam a trabalhar na semana que vem. Não foram convocadas sessões deliberativas e, sem elas, não se pode cortar os dias sem trabalho dos salários dos nobres parlamentares. Tudo combinado, já que o comando das duas Casas sabia que não adiantaria mesmo. Deputados e senadores não voltariam a Brasília. Até porque, em alguns lugares, no Nordeste principalmente, o carnaval custa a acabar. Se é que acaba.

Até o presidente Lula foi ao sambódromo do Rio. Passou o tempo todo no camarote do governador Sérgio Cabral (PMDB) e do prefeito Eduardo Paes (PMDB), o ex-tucano bravo da CPI dos Correios que agora é de partido aliado. Até camisinha o presidente distribuiu, certamente achando que, no carnaval, nem a liturgia do cargo precisa ser respeitada. Lula torceu para a Beija-flor. Pé-quente? Ficou num honroso segundo lugar. Fonte: Estado de Minas Em dia com a política :: Baptista Chagas de Almeida.

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