De batom, maquiagem carregada e metida em um terninho branco, só deu a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) na festa de 29 anos do PT comemorada no clube Monte Líbano, em Brasília, ontem à noite. A festa começou às 21h, mas Dilma só chegou por lá 45 minutos depois. Encontrou o senador Aloísio Mercadante (SP) e os deputados Maurício Rands (PE), José Eduardo Cardozo (SP) e Ricardo Berzoini (SP), que também é presidente do partido. Além de Jacques Wagner, governador da Bahia. Jornalistas e militantes do partido só queriam saber de Dilma. Enquanto Berzoini e outras estrelas do PT mal foram abordadas, a ministra e candidata de Lula à sua sucessão não podia dar dois passos sem ser obrigada a parar para sessões de fotos e abraços. Entre 22h e 22h15, Dilma sorriu e posou para fotos com 18 militantes do PT e foi fotografada por mais de duas dezenas deles. Gente como Benildes Rodrigues, 23 anos de militância no PT, jornalista e geógrafa. Jonatas Moreth, 22 anos de idade, estudante recém-formado em direito. Carlos Hoffman, engenheiro e colega da ministra do tempo em que ela trabalhava em Furnas. Heber Ricardo da Silva, professor de história e vice-prefeito em Maracaí (SP). E Luci Shoinacki, presidente estadual do PT em Santa Catarina.
Todos rasgaram elogios à ministra e disseram que ela seria o nome ideal para a eleição de 2010. Dilma foi amável com os jornalistas. Comportou-se como candidatada. E falou como tal quando discursou por cerca de 10 minutos. Antes dela falaram apenas Berzoini e o presidente nacional do PC do B, Renato Rabelo. Não empolgaram. Suas falas foram curtas. A de Dilma, não. Com os dois dedos em riste e na base do improviso ,ela arrancou por oito vezes sonoros aplausos da platéia. Uma das vezes foi quando elogiou o PT por ser um partido que produziu “profundas transformações sociais” no Brasil e “manteve uma política não imperialista” diante dos seus vizinhos. Outra vez foi quando elogiou diretamente Lula e os militantes do PT dizendo que se trata de um “partido dos negros, mulheres e índios”. - Nós conseguimos mudar (o Brasil), mas jamais mudamos de lado - disse em certo momento. Foi uma frase claramente elaborada para a ocasião. A platéia não resistiu e começou a gritar: "Olê, olê, olê, olá, Dilma, Dilma!”. Ela cantou junto. Dilma ainda gastou 18 minutos para cruzar o espaço de pouco mais de 20 metros que separa o palco de onde ela discursara da ala VIP destinada apenas a políticos do alto escalão. Posou para mais algumas dezenas de fotos e abraçou mais de 20 militantes antes de chegar lá. Cinco minutos depois saiu à francesa, exatamente às 23h15, mas ainda assim parou para distribuir beijos e sorrisos no caminho até o seu carro.
Ao chegar à festa, a ministra havia dito aos jornalistas: - Acredito que sim, acho que é possível construir essa aliança [com o PMDB]. Não estamos nos unindo em torno de questões imediatas, mas em torno de um programa de crescimento e desenvolvimento com inclusão social no país. (..) Queremos construir uma aliança com os partidos que estão no espectro progressista do país. - Um dos papéis do governo, hoje, é sair dos gabinetes. Vou aceitar essa sugestão [da executiva do PT que quer vê-la viajando pelo Brasil], não só para fazer discussão com a população, mas com partidos políticos, pois eles é que sustentam nosso governo. É fundamental dar satisfação para eles. fonte: Blog do Noblat - Enviado por Gustavo Noblat.
Ao chegar à festa, a ministra havia dito aos jornalistas: - Acredito que sim, acho que é possível construir essa aliança [com o PMDB]. Não estamos nos unindo em torno de questões imediatas, mas em torno de um programa de crescimento e desenvolvimento com inclusão social no país. (..) Queremos construir uma aliança com os partidos que estão no espectro progressista do país. - Um dos papéis do governo, hoje, é sair dos gabinetes. Vou aceitar essa sugestão [da executiva do PT que quer vê-la viajando pelo Brasil], não só para fazer discussão com a população, mas com partidos políticos, pois eles é que sustentam nosso governo. É fundamental dar satisfação para eles. fonte: Blog do Noblat - Enviado por Gustavo Noblat.
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