A antecipação da campanha presidencial de 2010 acende o debate sobre uma questão polêmica: a transferência de votos. Até que o ponto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um governante bem avaliado, terá condições de transferir votos para a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, virtual candidata à sua sucessão no próximo ano? Trata-se de um tema de interesse para petistas e governistas em geral, mas também para os partidos de oposição. Se transferência de votos fosse fácil, os prováveis candidatos tucanos – os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas, Aécio Neves – podiam ir pendurando desde logo as chuteiras. Com 80 % de aprovação popular, Lula faria de Dilma a futura presidente da República do Brasil.
Ocorre que as pesquisas refletem apenas a realidade de um determinado momento. E os cenários mudam. Agora mesmo, o próprio governo parece surpreso com o baixo desempenho do PIB, o Produto Interno Bruto, no último trimestre de 2008, numa demonstração de que os a crise financeira internacional pode ter reflexos maiores do que se imaginava na economia. Há alguns meses, ao anunciar medidas para minimizar os efeitos da crise, o ministro Guido Mantega sinalizou que a economia poderia crescer 4 % ao longo de 2009, a despeito das dificuldades. Agora, mais realista, ele já admite que a meta deve ficar um pouco abaixo, em torno de 2,5 %. Qual seria o impacto dessa desaceleração na expectativa dos brasileiros, que, em sua grande maioria, acreditam que suas vidas melhoraram no governo Lula? A avaliação positiva vai prevalecer? Historicamente, há exemplos de transferência e de não-transferência de votos. Agora mesmo, nas eleições municipais do ano passado, tivemos exemplos de não-transferência na maioria das capitais. O caso mais explícito foi o de São Paulo, onde a candidata do PT, Marta Suplicy, perdeu as eleições para o candidato do DEM, Gilberto Kassab, candidato à reeleição.
Muito diferente será a eleição presidencial de 2010, quando a opinião pública será levada a julgar a competência e os resultados do governo Lula. Portanto, as chances dos candidatos à Presidência da República serão maiores ou menores de acordo com essa avaliação. Assim, se Lula conseguir atravessar o Rubicão de 2009 com a imagem preservada, as chances de Dilma Roussef serão enormes. Não exatamente por causa do fenômeno da transferência de votos, mas porque o eleitor poderá ver na ministra do PAC a alternativa de continuidade de uma gestão bem sucedida, apoiada pela maioria das pessoas. Será importante comunicar ao eleitor, de forma eficiente, essa relação de causa e efeito. Se, ao contrário, a desaceleração da economia gerar um quadro de desemprego e recessão em 2009, com repique em 2010, poderá ser outra a avaliação do governo Lula durante a campanha eleitoral. É de se esperar uma queda nos atuais índices de aprovação do presidente e uma avaliação menos positiva de seu governo. Neste caso, as chances de Dilma Roussef – como candidata da continuidade – diminuem consideravelmente.
NOTA DO EDITOR: Reproduzimos uma análise da Mídia Conservadora que optou pela candidatura de José Serra e sempre se manteve crítico ao Governo Lula, e em muitas vezes sabotando e tentando derrubar diversos ministro do presidente Lula. A grande imprensa tomou partido em 1 de janeiro de 2003 e tornou uma partido político, chamado pelos blogueiros de PIG - Partido da Imprensa Golpista. Que vergonha!
Ocorre que as pesquisas refletem apenas a realidade de um determinado momento. E os cenários mudam. Agora mesmo, o próprio governo parece surpreso com o baixo desempenho do PIB, o Produto Interno Bruto, no último trimestre de 2008, numa demonstração de que os a crise financeira internacional pode ter reflexos maiores do que se imaginava na economia. Há alguns meses, ao anunciar medidas para minimizar os efeitos da crise, o ministro Guido Mantega sinalizou que a economia poderia crescer 4 % ao longo de 2009, a despeito das dificuldades. Agora, mais realista, ele já admite que a meta deve ficar um pouco abaixo, em torno de 2,5 %. Qual seria o impacto dessa desaceleração na expectativa dos brasileiros, que, em sua grande maioria, acreditam que suas vidas melhoraram no governo Lula? A avaliação positiva vai prevalecer? Historicamente, há exemplos de transferência e de não-transferência de votos. Agora mesmo, nas eleições municipais do ano passado, tivemos exemplos de não-transferência na maioria das capitais. O caso mais explícito foi o de São Paulo, onde a candidata do PT, Marta Suplicy, perdeu as eleições para o candidato do DEM, Gilberto Kassab, candidato à reeleição.
Muito diferente será a eleição presidencial de 2010, quando a opinião pública será levada a julgar a competência e os resultados do governo Lula. Portanto, as chances dos candidatos à Presidência da República serão maiores ou menores de acordo com essa avaliação. Assim, se Lula conseguir atravessar o Rubicão de 2009 com a imagem preservada, as chances de Dilma Roussef serão enormes. Não exatamente por causa do fenômeno da transferência de votos, mas porque o eleitor poderá ver na ministra do PAC a alternativa de continuidade de uma gestão bem sucedida, apoiada pela maioria das pessoas. Será importante comunicar ao eleitor, de forma eficiente, essa relação de causa e efeito. Se, ao contrário, a desaceleração da economia gerar um quadro de desemprego e recessão em 2009, com repique em 2010, poderá ser outra a avaliação do governo Lula durante a campanha eleitoral. É de se esperar uma queda nos atuais índices de aprovação do presidente e uma avaliação menos positiva de seu governo. Neste caso, as chances de Dilma Roussef – como candidata da continuidade – diminuem consideravelmente.
NOTA DO EDITOR: Reproduzimos uma análise da Mídia Conservadora que optou pela candidatura de José Serra e sempre se manteve crítico ao Governo Lula, e em muitas vezes sabotando e tentando derrubar diversos ministro do presidente Lula. A grande imprensa tomou partido em 1 de janeiro de 2003 e tornou uma partido político, chamado pelos blogueiros de PIG - Partido da Imprensa Golpista. Que vergonha!
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