Desde 1998, período em que o setor de Telecomunicações vigente foi desfeito, dando espaço a Telecomunicação privada, o Sistema público deixou de existir da maneira como o conhecíamos. Desde então, percebeu-se uma grande evolução nos segmentos de telefonia fixa e móvel, mas ficou constatado também que as regiões mais longínquas e pobres mantiveram-se marginalizadas desse processo. Num mundo digital e globalizado, temos milhares de pessoas que não conhecem sequer o que venha a ser um computador ou a internet.
Questiono os motivos pelo qual o governo federal não levou adiante a idéia genial de reativar a empresa pública TELEBRÁS, divulgada pelo Exmo Ministro das Telecomunicações Hélio Costa, em 2007. O projeto consistia na utilização de 16mil km de fibras ópticas da falida ELETRONET e na gestão dos recursos do FUST (fundo de universalização dos serviços de telecomunicações). Isso representaria uma economia mensal de milhões de reais ao governo federal e uma política finalmente igualitária e homogênea de inclusão digital e acesso a computadores a toda população brasileira (e não somente àquelas economicamente lucrativas). Significaria também uma questão estratégica de segurança nacional (monitorizarão de fronteiras, lançamento de satélites,...) e uma necessidade mundial em manter uma empresa nacional dentro deste setor.
Tenho plena convicção que a Sra. Dilma, mãe do PAC, olha com muito carinho, com muita atenção, este setor ainda tão carente e mal distribuído. Realmente gostaria de ouvir por parte dela a continuidade das bonitas idéias lançadas pelo nosso Exmo Ministro Hélio Costa. Porque sonhar não custa nada, principalmente quando percebemos possibilidades de realizá-los... Escrito por Dr. Jairo Maia, MD - Medicina Interna e Cardiologia - jairomaia@hotmail.com
NOTA DO EDITOR:
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6 comentários:
Porque não usar a verba do Fust para um programa de inclusão digital. Neste momento de crise mundial, desemprego, vemos o mundo se voltando para investimentos em banda larga, inclusão digital, combatendo assim a crise, gerando empregos e construindo o progresso.
Já está mais do que na hora do governo dar atenção especial para a inclusão digital dos menos favorecidos, usando para isso a Telebrás. Os impostos pagos por toda a sociedade devem favorecer quem não tem condições de acessar à Internet. O dinheiro do FUST não pode ficar guardado enquanto milhares de pessoas não sabem o que é internet. A educação e a informação devem ser compartilhada com todos. Isso é o que esperamos do governo, seja do Lula ou da Dilma (próxima Presidente).
A sugestão acima do Dr. Jairo Maia é completamente extemporânea. Na realidade tenta subverter o ordenamento jurídico do setor de telecomunicações no Brasil, não a bem do interesse público, mas em benefício de um grupo, do qual o Dr. Jairo Maia faz parte, que decidiu especular em ações da Telebrás. O grupo encontra-se à beira do desespero, uma vez que suas previsões de ganho não estão sendo corroboradas pelo mercado. Ao invés dos ganhos esperados estão é realizando prejuízo. São adeptos da velha fórmula de privatização de lucros e socialização de prejuízos.
É importante todos estarem alertas a esse tipo de “canto da sereia”. Não podemos nos enganar.
Engº Juvenal Lustosa
Vivenciamos hoje um sonho de milhares de brasileiros carentes e pobres ,de norte a sul do país que não possuem acesso a educação ,acesso a bibliotecas ,a livros em suas pequenas e humilde escolas do interior deste imenso Brasil.Um interior lembrado apenas nos momentos de eleições .O Governo Federal tem uma grande oportunidade de demonstrar mas uma vez que esta faixa da população que não é a mas rica e neste momento a menos próspera,esquecida e marginaliza em todos os sentidos terá a oportunidade de virar a página que poderá mudar o seu futuro e o futuro do país com acesso a educação , a informações nunca imaginadas , a cultura de povos e ao conhecimento intelectual trocados em acesso compartilhados na internet.O governo melhorou a condição financeira da população pobre ,com os programas de bolsa.Agora ensinará a trabalhar, a desenvolver aptidões e a mostrar que este povo com conhecimento e sabedoria poderá se desenvolver de forma independente.E isto que imagino com o surgimento da Telebrás onde um dos inúmeros papeis de sua importância ,penso eu, se deve dar a inclusão digital.
Cristiano Santana Oliveira
Economista e Tecnólogo em telecomunicações
Discordo do cidadão que se entitula Engenheiro Juvenal Lustosa quando o mesmo afirma que a sugestão do Dr. Jairo é extemporânea. Programas de investimentos em banda larga com a participação do estado tem sido divulgados a cada dia em diversos países. Essa é, indubitavelmente, uma questão bastante atual e pertinente.
Dr. Marcelo
Ministra Dilma,
Gosto de ir direto ao assunto,sem ficar de lero-lero.
Investi pesado em ações da Telebrás acreditando que o governo irá reativá-la para gerenciar um programa paralelo de inclusão digital.
Estou tendo prejuízo, pois o governo até o momento não declarou que a Telebrás será reativada.
Caso a Telebrás venha a ser reativada, muitos investidores como eu terão lucro e, tenho certeza, irão aderir a sua campanha. Caso contrário, esses votos estarão perdidos para sempre.
Engº Eletrônico Dantas Filho
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