Agência Estado
RIO - Mais de 500 pessoas de 37 países vão participar do evento do Fórum Econômico Mundial na América Latina, que terá o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Plenária de abertura na próxima quarta-feira, no Rio, com uma palestra sobre as implicações da crise econômica global para a região. O encontro reúne lideranças políticas, sociais, e, principalmente, econômicas até a quinta-feira.Uma parcela de cerca de 75% dos inscritos são do mundo dos negócios e em torno de 80% destes são presidentes, diretores ou integrantes dos Conselhos de empresas e instituições financeiras, segundo os organizadores. "Estamos muito satisfeitos com o número e, principalmente, com a qualidade dos participantes", disse o diretor do Fórum Econômico Mundial para a América Latina, Emilio Lozoya Austin.Além de Lula, os presidentes da Colômbia, Alvaro Uribe Velez, e da República Dominicana, Leonel Fernández, participam do evento que vai até a sexta-feira e será realizado no Rio. Diversas autoridades brasileiras estarão no Fórum como a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff; os presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do BNDES, Luciano Coutinho; e os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc; da Saúde, José Gomes Temporão, e do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias.Da reunião no Brasil sobre a América Latina, serão levadas informações para o contexto da reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos que tradicionalmente se realiza na Suíça. "Pela primeira vez, a América Latina é vista como parte da solução para o mundo", disse Lozoya. De acordo, com ele, deve-se discutir "o que a América Latina pode fazer pelo resto do mundo", embora não haja um painel específico com esse tema.A maior parte dos painéis do Fórum é sobre a crise global. Há painéis setoriais como os de energia, tecnologia e segurança alimentar; e também políticos, como o da América Latina e o governo de Barack Obama nos Estados Unidos; além de outros temas.O Fórum costuma realizar reuniões regionais no mundo com esse propósito, mas os participantes não são restritos aos países da região e Lozoya observou que o evento é uma oportunidade também de atrair investimento para a região e citou que, no Brasil, há oportunidades em setores como infraestrutura, aviação e a indústria. Ele comentou que mais de 90% do PIB da América Latina está no conjunto de países integrado por Brasil, México, Colômbia, Peru e Chile. "Todos são investment grade", afirmou.O presidente da Associação Mundial de Agências de Promoção de Investimento (Waipa, na sigla em inglês) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex), Alessandro Teixeira, disse que sente que há uma janela de oportunidade para a América Latina. Ele espera que o evento seja importante para a integração regional e também "para o mundo ver a América Latina como um local de desenvolvimento e justiça social."Teixeira aproveitou para dizer que "a América Latina é a região que tem mais atratividade do ponto de vista de retorno" do investimento. Também declarou que poucos países tem um padrão de crescimento de mercado de consumo nos últimos dez anos como Brasil, México e alguns outros da região. O número de multinacionais dos países da América Latina aumentou nos últimos anos e que a região tem uma janela de oportunidade atualmente, segundo o presidente da Apex. "É um momento brilhante para discutirmos integração regional e como isso pode ajudar as empresas da América Latina no mundo", afirmou Teixeira.
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