segunda-feira, 6 de abril de 2009

Marta prepara 'grandes eventos' para Dilma em São Paulo

Ex-prefeita disse que Lula lhe pediu que assumisse postura de liderança na preparação da campanha
Agência Estado: SÃO PAULO - A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) disse nesta segunda-feira, 6, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lhe pediu que assumisse uma postura de liderança na preparação da campanha à Presidência em 2010 da virtual candidata e ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Marta já teve papel semelhante ao coordenar a campanha pela reeleição do presidente Lula em São Paulo, em 2006. Segundo ela, o trabalho já tem sido feito junto às bases do partido no Estado e aos novos filiados. "Foi um convite do presidente também ao João Paulo (ex-prefeito de Recife) e ao Fernando Pimentel (ex-prefeito de Belo Horizonte) para que assumíssemos uma postura de liderança. Tenho conversado e trabalhado junto com o PT e com o Edinho Silva (presidente estadual da legenda) e estamos caminhando bem. Vamos ter agora grandes eventos no Estado e espero que a militância do PT compareça", disse ela, após participar do debate "O Brasil diante da crise mundial", na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Embora cada vez mais exerça um papel de destaque no governo Lula e seja a coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Pacote Nacional de Habitação (Minha Casa, Minha Vida), a eventual candidatura da ministra Dilma Rousseff não foi assumida oficialmente nem por Dilma nem pelo presidente Lula. "Pessoalmente, tenho feito um trabalho de base. Nesta semana, estive em Suzano e em Jandira. É um trabalho de militância mesmo, pé no barro. Eu gosto disso e estou tendo prazer em fazer", afirmou. Marta, que deixou o cargo de ministra do Turismo para concorrer no ano passado às eleições para a prefeitura de São Paulo, na qual foi derrotada pelo atual prefeito Gilberto Kassab (DEM), disse que assumir a função de coordenar a pré-campanha de Dilma em São Paulo só foi possível porque ela não está exercendo nenhum cargo no Executivo ou no Legislativo. "Estou fazendo um trabalho de base, com o povo mesmo e com os novos filiados que estão entrando. Explico o porquê da nossa candidata, o que é o PT e o nosso governo. Estou gostando de fazer porque estive por muito tempo em cargos que não me permitiam isso. É muito bom voltar às bases, amassar barro. Estou gostando", destacou.
Marta disse também que apoia a candidatura do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT) para o governo de São Paulo em 2010. Na avaliação dela, Palocci, que é atualmente deputado federal pelo PT em São Paulo, é o melhor nome da legenda para o cargo. "É o que mais agrega. É um nome de consenso no partido. Os outros postulantes não são postulantes caso ele seja o candidato", disse. "Sua experiência nacional, maturidade, capacidade de articular e bom relacionamento com todas as classes sociais fazem com que ele seja, neste momento, o candidato mais adequado para o Estado de São Paulo", elogiou.Palocci, que falou no evento sobre a economia brasileira e os impactos da crise financeira internacional no País, deixou a Assembleia às pressas e respondeu a poucas perguntas dos jornalistas. Questionado sobre a candidatura ao governo de São Paulo, ele respondeu que ainda é cedo para haver discussões conclusivas sobre o assunto. "É normal que o partido debata, mas a escolha do candidato no PT é só no ano que vem", respondeu. "Não vou dizer que nunca passou pela minha cabeça", admitiu Palocci, que já foi prefeito de Ribeirão Preto. Questionado sobre se está preocupado com o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do caso de quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, respondeu: "Não, estou aguardando."

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