A ministra Dilma Rousseff tem dois tipos de aposta pela frente. A simples: jogar todas as suas fichas na cura do câncer que a abate. A dupla: dividir as fichas entre a cura do câncer e a manutenção de sua candidatura à sucessão de Lula. O primeiro tipo de aposta implicaria em Dilma concentrar toda sua energia na dura tarefa de se curar. Talvez não fosse preciso se licenciar do cargo. Mas certamente teria que reduzir fortemente seu ritmo de trabalho. Como fazer isso e ao mesmo tempo funcionar como uma espécie de primeira-ministra, coordenar o principal programa do governo e desfilar por aí como candidata a presidente? Quem conhece Dilma sabe que ela já fez sua escolha: a aposta dupla. Dilma tornou-se escrava da figura pública que criou para si mesma - a de mulher valente, que não esmorece diante de dificuldades, que não desiste de lutar, que sofre, apanha, é torturada, mas persevera. Essa imagem não é falsa. Não é invenção de marqueteiros. Mas ela serviria melhor a Dilma se sua aposta fosse simples. Sendo dupla, poderá prejudicá-la.
Os "urubus" começam a sobrevoar. Sai daqui "santanás".
Os "urubus" começam a sobrevoar. Sai daqui "santanás".
Um comentário:
Na minha opinião o Noblat tá mudando é de lado viu. kkk
Depois que o Agripino Maia fez questão de lançar a pré candidatura dela no ano passado. kkk Tudo é possível.
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