segunda-feira, 18 de maio de 2009

Mercadante critica tentativa de criminalizar a Petrobras

A tentativa da oposição de criminalizar a Petrobras foi criticada nesta segunda-feira (18) pelo líder do PT e do Bloco de Apoio ao Governo, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), por entender que é um erro econômico, fiscal e político a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a empresa. “Porque criminalizar a Petrobrás? É um erro político”, questionou o parlamentar em discurso na tribuna do Senado. “A Petrobras tem que ser valorizada; defendo uma CPI que seja responsável e equilibrada e não aquilo que vimos na semana passada”, afirmou. Mercadante considerou que não fora equilibrado, nem responsável o descumprimento do acordo de líderes do Senado, quinta-feira passada, para ouvir o presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, em audiência pública e só então avaliar a necessidade de abrir um inquérito parlamentar. “O Brasil não pode colocar sua maior empresa no banco dos réus, que emprega quase um milhão de pessoas, que tem 700 mil acionistas que acreditam no potencial da Petrobras. A empresa tem controle, tem auditorias internas e externas e ainda é auditada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pelo Ministério Público e até pela Polícia Federal”, disse Mercadante.
O líder pediu ponderação durante os trabalhos da CPI e disse considerar oportuno colocar em discussão o marco regulatório do setor. “A Petrobras já enfrentou muitas forças desestabilizadoras que tentaram manter a política de terceirização”, lembrou. “O que está em jogo é saber sobre a riqueza do pré-sal, que indica um potencial de US$ 3 trilhões e meio em reservas, será mantida ou não”. “Quero saber se vamos colocar para privatização como se tentou na etapa anterior; queremos que as multinacionais de petróleo não impeçam o Brasil de investir, de buscar parceiros; queremos uma empresa pública”, defendeu. Mercadante observou que a Petrobras hoje é considerada a segunda maior empresa do setor no mundo. A seu ver, para chegar aonde chegou a empresa teve de enfrentar obstáculos de toda a sorte. Na década de 50, quando foi criada, o líder lembrou que os opositores diziam que não havia petróleo no Brasil. Em seguida, diante da crise mundial, a sociedade foi para as ruas defender que o “Petróleo é nosso”.
A Petrobras fatura atualmente R$ 240 bilhões, paga R$ 94 bilhões em impostos, investe R$ 5 bilhões por mês, e seus investimentos anuais correspondem a 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, mais do que 1,2% de investimento do governo. “A Petrobras, sozinha, investe mais do que o governo federal”, disse Mercadante, salientando que a empresa é a responsável pela descoberta mais importante dos últimos 30 anos, que são as reservas da camada pré-sal, que podem significar reservas de 70 bilhões de barris – hoje as reservas são de 14 bilhões. Fonte: Assessoria de Imprensa do PT no Senado.

Um comentário:

francisco andrade disse...

Anônimo francisco andrade disse...

Este, sim, é Senador - poder com ética em defesa da Petrobrás, da Democracia contra a tirania e a insanidade do PSDB-CPI ELEITOREIRA. Sua Tribuna no Senado é firma como a rocha. Nela, seus discursos valem ouro, garantia do pré-sal para brasileiros e não para os tucanalhas do PSDB-NO-PALANQUE-ELEITOREIRO.
Peço aos amigos deste blog, passar adiante os trechos, a seguir - vejo que se referem bem no belo discurso senador Mercadante -, vejam com carinho:
É assim que se dá a fala de Platão com Glauco, seu aluno:

– Ora então! meu caro camarada, vejamos os traços sob os quais se apresenta a tirania, pois, quanto à sua origem, é quase evidente que ela vem da democracia.
- É evidente.
- Agora, a passagem da democracia à tirania se efetua da mesma maneira que a da oligarquia à democracia.
- Como?
- O bem a que se aspirava – respondi –, e que deu nascimento à oligarquia, era a riqueza social, não era?
- Era sim.
– Ora, a paixão insaciável pela riqueza e a indiferença que ela inspira por tudo o mais é que perderam este governo.
– É verdade – disse ele.
– Mas não é o desejo insaciável do que a democracia considera como seu bem supremo que perde esta última?
– A que bem te referes?
- À liberdade – repliquei. – Pois, numa cidade democrática ouvirás dizer que este é o mais belo de todos os bens; daí por que um homem nascido livre não poderia habitar alhures, exceto nesta cidade.

Terça-feira, Maio 19, 2009