Gilmar Machado é contra o fator
previdenciário e propõe mudanças
Dolores Mendes - editora - Jornal Correio de Uberlândia
Vice-líder do governo dos Deputados, o deputado Gilmar Machado (PT) diz que, no ano que vem, o País vai vivenciar um debate entre duas posições políticas. A que defende o Estado mínimo (PSDB) e a que mantém o modelo atual (PT). No centro desse debate está o modelo de desenvolvimento que a sociedade pensa.“Se nós continuarmos consumindo como consumimos hoje arrebentamos qualquer possibilidade de continuar vivendo, arrebentamos o planeta, os Estados Unidos já mostraram isso. Temos que ter um modelo de desenvolvimento que não leve as pessoas a só comprar e comprar, mas a um consumo que leve melhor condição de vida e prazer”, afirmou. A melhor maneira de fazer campanha para que o PT continue no poder em 2010 é, segundo o deputado, fazer com que o governo Lula “continue dando certo”. Por isso, ele se diz engajado na discussão de grandes projetos, como os rumos da Previdência Social. Gilmar Machado é contra o fator previdenciário e afirma que está na hora de o governo parar de penalizar quem começou a trabalhar mais cedo. “É preciso dar um reajuste maior para quem ganha mais que um salário mínimo”, afirmou, lembrando que dois terços dos aposentados já ganham salário mínimo com correção da inflação mais crescimento real do PIB. Segundo ele, além de ter corrigido seu poder de compra, esse aposentado tem um ganho real, enquanto o aposentado que ganha mais que um salário mínimo só tem a correção da inflação, “ou seja, ele não está ganhando, mas também não está perdendo, mas em comparação com o salário mínimo ele está ficando para trás”.O deputado diz que tem visitado muitos países e visto que eles trabalham essa questão previdenciária melhor que o governo brasileiro. “No Brasil temos um envelhecimento da população. A tendência, segundo o IBGE, é que tenhamos uma expectativa de vida entre 80 e 90 anos com qualidade de vida. Isso vai fazer com que a gente rediscuta a Previdência”, afirmou.Segundo ele, se o País não pensar tudo isso agora, vai acabar levando o cidadão a viver de benefícios sociais paliativos.“Não podemos viver a vida inteira de Bolsa Família, temos que dar esse salto, as pessoas quando jovens não pensam muito no futuro, mas nós que somos parlamentares e pensamos estrategicamente temos que deixar alguma coisa estruturada para o País.”O fator previdenciário prejudica os trabalhadores?Nós sabemos que a população brasileira está vivendo mais, portanto, logicamente temos um tempo maior de contribuição, isso acontece em quase todos os países do mundo, só não dá pra prejudicar quem começou a trabalhar mais cedo. Quem nasceu em 1961, por exemplo, vai viver, segundo o IBGE até 73 anos, então tem que trabalhar três anos a mais. São cálculos feitos estatisticamente, as coisas não são bem assim, as pessoas têm características diferentes.
E quais são as alternativas?Criar uma pontuação, se você começou a trabalhar muito cedo, você já foi prejudicado então sua pontuação maior, portanto seu fator previdenciário vai ser menor. Se você começou a trabalhar mais tarde significa que você tinha melhores condições de vida, portanto, pode trabalhar um pouco mais, esse é o debate que estamos fazendo e não pode ser um debate estatístico.
O senhor acredita que no final de toda essa discussão vai sair um sistema mais justo? Essa é a ideia, o sistema tem que ser mais justo e mais estruturado, não dá para continuar criando leis que mudam todo ano, isso é importante para as pessoas saberem planejar seu futuro, sua carreira e poder montar seu fundo complementar de previdência.
E em 2010 o senhor é candidato à reeleição? Sim, tento me reeleger deputado federal e quero ajudar a construir a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República e de Patrus Ananias ao governo do Estado. Queremos que esses projetos sejam vitoriosos e a melhor maneira de chegar a isso é fazer com que o governo Lula continue dando certo. O governo lançou agora esse programa Minha Casa Minha Vida, devolveu recurso aos municípios via FPM (Fundo de Participação dos Municípios), tudo isso tem mostrado que o governo trabalha pensando na população.
O PT tem chances de continuar no poder em 2010? A grande discussão é: queremos manter este modelo que está aí ou vamos voltar para modelo de privatização, de enxugamento do Estado, aquela visão de que não pode ter duas agências do Banco do Brasil e da Caixa juntos, esse modelo foi superado, mas em 2010 vamos estar em disputa de novo entre a visão do Estadp mínimo, do enxugamento da máquina ou a visão da estruturação do Estado, do papel do Estado como indutor do desenvolvimento. Vigilantes teriam tempo reduzido em 5 anos.
previdenciário e propõe mudanças
Dolores Mendes - editora - Jornal Correio de Uberlândia
Vice-líder do governo dos Deputados, o deputado Gilmar Machado (PT) diz que, no ano que vem, o País vai vivenciar um debate entre duas posições políticas. A que defende o Estado mínimo (PSDB) e a que mantém o modelo atual (PT). No centro desse debate está o modelo de desenvolvimento que a sociedade pensa.“Se nós continuarmos consumindo como consumimos hoje arrebentamos qualquer possibilidade de continuar vivendo, arrebentamos o planeta, os Estados Unidos já mostraram isso. Temos que ter um modelo de desenvolvimento que não leve as pessoas a só comprar e comprar, mas a um consumo que leve melhor condição de vida e prazer”, afirmou. A melhor maneira de fazer campanha para que o PT continue no poder em 2010 é, segundo o deputado, fazer com que o governo Lula “continue dando certo”. Por isso, ele se diz engajado na discussão de grandes projetos, como os rumos da Previdência Social. Gilmar Machado é contra o fator previdenciário e afirma que está na hora de o governo parar de penalizar quem começou a trabalhar mais cedo. “É preciso dar um reajuste maior para quem ganha mais que um salário mínimo”, afirmou, lembrando que dois terços dos aposentados já ganham salário mínimo com correção da inflação mais crescimento real do PIB. Segundo ele, além de ter corrigido seu poder de compra, esse aposentado tem um ganho real, enquanto o aposentado que ganha mais que um salário mínimo só tem a correção da inflação, “ou seja, ele não está ganhando, mas também não está perdendo, mas em comparação com o salário mínimo ele está ficando para trás”.O deputado diz que tem visitado muitos países e visto que eles trabalham essa questão previdenciária melhor que o governo brasileiro. “No Brasil temos um envelhecimento da população. A tendência, segundo o IBGE, é que tenhamos uma expectativa de vida entre 80 e 90 anos com qualidade de vida. Isso vai fazer com que a gente rediscuta a Previdência”, afirmou.Segundo ele, se o País não pensar tudo isso agora, vai acabar levando o cidadão a viver de benefícios sociais paliativos.“Não podemos viver a vida inteira de Bolsa Família, temos que dar esse salto, as pessoas quando jovens não pensam muito no futuro, mas nós que somos parlamentares e pensamos estrategicamente temos que deixar alguma coisa estruturada para o País.”O fator previdenciário prejudica os trabalhadores?Nós sabemos que a população brasileira está vivendo mais, portanto, logicamente temos um tempo maior de contribuição, isso acontece em quase todos os países do mundo, só não dá pra prejudicar quem começou a trabalhar mais cedo. Quem nasceu em 1961, por exemplo, vai viver, segundo o IBGE até 73 anos, então tem que trabalhar três anos a mais. São cálculos feitos estatisticamente, as coisas não são bem assim, as pessoas têm características diferentes.
E quais são as alternativas?Criar uma pontuação, se você começou a trabalhar muito cedo, você já foi prejudicado então sua pontuação maior, portanto seu fator previdenciário vai ser menor. Se você começou a trabalhar mais tarde significa que você tinha melhores condições de vida, portanto, pode trabalhar um pouco mais, esse é o debate que estamos fazendo e não pode ser um debate estatístico.
O senhor acredita que no final de toda essa discussão vai sair um sistema mais justo? Essa é a ideia, o sistema tem que ser mais justo e mais estruturado, não dá para continuar criando leis que mudam todo ano, isso é importante para as pessoas saberem planejar seu futuro, sua carreira e poder montar seu fundo complementar de previdência.
E em 2010 o senhor é candidato à reeleição? Sim, tento me reeleger deputado federal e quero ajudar a construir a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República e de Patrus Ananias ao governo do Estado. Queremos que esses projetos sejam vitoriosos e a melhor maneira de chegar a isso é fazer com que o governo Lula continue dando certo. O governo lançou agora esse programa Minha Casa Minha Vida, devolveu recurso aos municípios via FPM (Fundo de Participação dos Municípios), tudo isso tem mostrado que o governo trabalha pensando na população.
O PT tem chances de continuar no poder em 2010? A grande discussão é: queremos manter este modelo que está aí ou vamos voltar para modelo de privatização, de enxugamento do Estado, aquela visão de que não pode ter duas agências do Banco do Brasil e da Caixa juntos, esse modelo foi superado, mas em 2010 vamos estar em disputa de novo entre a visão do Estadp mínimo, do enxugamento da máquina ou a visão da estruturação do Estado, do papel do Estado como indutor do desenvolvimento. Vigilantes teriam tempo reduzido em 5 anos.
A Câmara analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do deputado Gilmar Machado, que reduz em cinco anos o tempo de contribuição ou a idade mínima para o vigilante se aposentar. Caso a proposta seja aprovada, vigilantes poderão se aposentar aos 55 anos de idade ou 30 de contribuição, se homem e aos 50 anos de idade ou 25 de contribuição, se mulher. Atualmente, a Constituição já prevê essa regra para os professores da educação infantil e dos ensinos fundamental e médio.Gilmar Machado argumenta que os vigilantes estão submetidos a estresse que prejudica sua saúde. “Esses profissionais cumprem escalas de plantões noturnos e de fins de semanas, correndo permanente risco de morte para defender a sociedade”, disse Machado.O parlamentar lembra ainda que, até 1995, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) reconheceu a atividade de guarda nas condições exigidas para aposentadoria especial, com redução de cinco anos no tempo exigido para aposentadoria
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