Por Eduardo Neco/Redação Portal IMPRENSA
O ombusdman do jornal Folha de S.Paulo, Carlos Eduardo Lins da Silva, disse que está insatisfeito, assim como muitos leitores, com a reportagem em que o diáiro reconhece erros por publicar suposta ficha da ministra Dilma Rousseff do período da ditadura. "Recebi 77 mensagens de 55 leitores sobre a reportagem (...) Nenhum se satisfez com as explicações. Nem eu", declarou em texto publicado na edição do último domingo (3).
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Carlos E. Lins da Silva |
Apontou, ainda, que a equipe de reportagem mostrou-se desinformada por não saber que a suposta ficha sobre a atual ministra chefe da Casa Civil era conhecida há tempos por internautas. "Nenhum jornalista envolvido (...) sabia que ficha circulava pela Internet, o que revela incrível desinformação de jornalistas especializados.
Apuração encerrada! Na opinião de Lins da Silva, o diário peca ao dar por encerrada as investigações sobre o fato. "O pior é a Redação dizer que encerrou a apuração desse episódio seríssimo e não acha necessário rever procedimentos de checagem de informação", escreveu em trecho do artigo intitulado "Até ver se a ficha cai". Por fim, Lins da Silva lembrou do caso Memogate, em que a rede de TV norte-americana CBS constituiu uma comissão independente para apurar o que houve. Ele recorda que a investigação levou a um relatório que foi apresentado à opinião pública e acabou por gerar ampla revisão de procedimentos internos da Redação e demissão de uma produtora, além de um pedido desculpas à audiência. "Sugiro que a Folha faça o mesmo", indicou.
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