A Notícia: Disposto a garantir o maior número de palanques para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, nas eleições presidenciais de 2010, o PT admite que pode abrir mão da candidatura própria aos governos de, no mínimo, dez Estados. A 16 meses do pleito, o mapa nacional do partido está praticamente traçado. As articulações em São Paulo são consideradas modelos dessa estratégia. No maior colégio eleitoral, com cerca de 29 milhões de eleitores, o PT já admitiu o apoio à candidatura de Ciro Gomes (PSB) ao Palácio dos Bandeirantes. O ex-ministro, que chegou a ser cotado à Presidência da República, transferiu o domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo há pouco mais de um ano. Na semana passada, o petista e ex-ministro José Dirceu fez um discurso, abrindo as portas para a candidatura de Ciro. Tudo para reunir os partidos aliados pela candidatura de Dilma ao Planalto. “Existe toda uma força do PT e dos outros aliados para compor uma aliança em torno do Ciro (Gomes). É nosso maior exemplo. Estamos dispostos a abrir mão do maior colégio eleitoral para ter palanque forte para a Dilma”, diz o secretário de Finanças e Planejamento do PT, Paulo Ferreira. O desenho das regiões onde o PT aceita se retirar das cabeças-de-chapa em 2010 tende a aumentar. Em três Estados – Espírito Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – apesar de haver nomes petistas dispostos a concorrer aos governos, o PT não descarta a hipótese de deixar o caminho livre. No Mato Grosso do Sul, o ex-governador Zeca do PT e o senador Delcídio Amaral, cotados como nomes fortes do PT, podem ficar fora para favorecer o PMDB. Maior partido do Brasil e da base do governo Lula, o apoio da legenda é cobiçado tanto por Dilma quanto por José Serra (PSDB). O PT também admite declinar da candidatura em Goiás, que chegou a ser cobiçada pelo presidente do BC, Henrique Meirelles.
Um comentário:
O problema desses palanques é o PMDB, fisiologista na essência, vem se fortalecendo, cada vez mais, com as alianças feitas com o PT. Afiando suas garras e dentes pra dar o bote final (não esquecer a CPI da Petrobrás). Está mais que na hora do PT tomar coragem e partir pra uma decisão. A história nos conta de muitas batalhas que foram decididas com a traição do aliado.
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