quinta-feira, 20 de agosto de 2009

ENTREVISTA DA SEMANA: NOGUEIRA JR.

O nosso entrevistado é Nogueira Jr, jornalista e editor do blog Brasil! Brasil!
http://nogueirajr.blogspot.com/

1) Qual a sua avaliação do Senado Federal, nessa turbulência? “O Rio de Janeiro continua o mesmo...”. Troca-se “Rio de Janeiro” por “Senado” e segue a letra! O tempo de TV do PMDB e a tal “maquina de votos” do mesmo é a verdadeira face da “crise” no Senado. A podridão na gestão da casa senatorial não passa de mero coadjuvante nesta crise forjada pela oposição e mídia amiga, vamos ao ponto: Dilma Rousseff não pode obter o tempo de TV do PMDB; Dilma Rousseff não pode comandar a “maquina eleitoral” do PMDB. Eis a turbulência no Senado.
2)Na sua opinião, quem traiu a história do Partido dos Trabalhadores, os que deixaram o PT ou os que ainda permanecem nele? O que deve fazer o presidente Lula? Ninguém traiu ninguém, o processo partidário numa democracia jovem como a nossa é assim mesmo, uma busca constante por espaço, não existem anjos e poucos são demônios, ainda bem!
3)É preciso discutir a refundação do PT? O partido ficou velho e cansado? Um palavrão: “refundação”, parece com refundição! “Lula é maior que o PT”. Esta frase estampa a mídia corporativa de tempos em tempo, mas qual é o significado disso, ou melhor, qual é o partido que tem na sua legenda um Luiz Inácio Lula da Silva? Ta na hora do PT assumir em parte o caminho ideológico-pragmático do Presidente e parar de dar chiliques! Falta [apenas] um ano e pouquinho para Lula torna-se de fato um ícone na história política brasileira....Da para imaginar o resto, não?
4)A militância petista sempre foi decisiva na vitória do PT nas eleições que enfrentou, principalmente na do presidente Lula em 2002 e 2006. Essa militância ficou velha e as ruas ficaram vazias. Hoje, ela migrou para blogosfera. Como você analisa a importância dos militantes blogueiros na vitória da Ministra Dilma Rousseff em 2010? E por que o Partido dos Trabalhadores despreza essa militância midiática petista? Discordo! Lula seria eleito com ou sem militância em 2002 e 2006, a candidatura era irresistível, o pleito de 2002 e 2006 já estava ganho na antevéspera, o processo eleitoral apenas constatou a realidade posta. A militância em 2002 fez parte do processo histórico, deu leveza e alegria na campanha, confundiu-se com a História do Brasil e a história pessoal do Presidente Lula, isso ninguém tasca!
O PT perdeu parte de sua militância, a mais aguerrida ou a mais barulhenta foi para o P-SOL, infelizmente ou felizmente! A Internet terá pouquíssima influencia no resultado da eleição Presidencial, mas incomoda, e muito, a mídia corporativa, esta por sua vez vai jogar todas as fichas no tucanato. A real importância da blogosfera & afins: mostrar as idiossincrasias da grande imprensa brasileira na rede. O PT despreza a militância na internet? Eu não sabia! Isso importa? Bom, acho que deve importar a militância de carteirinha, não sei, não sou militante de carteirinha, já usei um broche do PT na lapela na época Lula X Collor, bons tempos. Over Nigth!
5) A mídia é imparcial, ainda tem credibilidade? A imparcialidade da mídia é um conto de Edgar Allan Poe, uma lenda urbana com toque macabro. O tamanho da credibilidade da imprensa: a guerra comercial Globo X Record.
6) Lula irá transferir votos ao seu sucessor, ou sucessora? Quem disse que Lula vai fazer seu sucessor? Imagine! O Brasil já tem Presidente eleito: José Serra Chirico. Ora bolas! A Veja desta semana é uma prova plena, perfeita e cabalmente cabal deste fato. A transferência de votos não é automática, cabe ao candidato provar junto ao eleitorado sua capacidade administrativa e política. Parece que Dilma Rousseff reúne condições para tanto. Uma surra de toalha molhada! A conferir.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
O Cenário: Avenida Getulio Vargas (Cuiabá-MT). Inicio da avenida e da subida até seu termino; final de tarde.
O Tempo: Década de oitenta; primeira metade.
Alegorias: um burrico; uma bandeira em cima do burrico.
Atores: o presidente; meia dúzia de gatos pingados (professores e futuros professores).
A Peça: demonstração em forma de passeata no asfalto lateral de um novo partido.
Enredo: moradores pós-guia fazendo o sinal da cruz; populares gritando baixo: comunistas! A passeata segue avenida acima.
Final: um bar; uma mesa; cerveja trincando de gelada; o presidente; seis gatos pingados (professores e futuros professores); risos e muita alegria.
Em Tempo: desopilar é preciso! Ideologia pode cegar e deixar sem final o cotidiano.

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