segunda-feira, 24 de agosto de 2009

SUPOSIÇÃO

Chamem como quiserem, de teoria da conspiração, armação, desespero da oposição, peça de ficção. O fato é que a suposição aqui descrita é somente suposição.
Vamos supor que Lina Vieira relatou ao marido, ex-ministro de FHC, publicitário político dedicado ao PSDB e DEM no RN, terra do Agripino Maia, que teve uma conversa com o ministro Mantega sobre as investigações envolvendo o filho do Sarney. Vamos apenas supor. Então o marido esperto, marqueteiro político, amigo de FHC do PSDB, enfronhado nos meandro políticos da oposição, enxergou a oportunidade de dar uma ajuda ao Chirico Serra. Claro, uma puxadinha de saco pensando no futuro, em outro ministério para ele ou, quem sabe, para a Lina Viera vir a ser ministra da Fazenda em um governo Chirico Serra. Vamos apenas supor que ele idealizou o seguinte: conversa com Mantega sobre isso é normal, não vai interessar, mas se a conversa fosse com a ministra Dilma o estrago seria interessante. Então vamos supor que ele fez chegar a jornalistas da Folha de São Paulo que esse encontro (com o ministro Mantega) foi com a ministra Dilma. Tudo milimétricamente calculado, desde as palavras usadas – para não correr o riso de um processo por prevaricação – à data que não seria lembrada. Vamos supor que ele tem conhecimento do sistema de segurança do Planalto, sabia que não existiriam provas desse suposto encontro. Seria a palavra de Lina Vieira contra a da ministra Dilma, isso tudo com apoio da oposição e da mídia para escandalizar o suposto ocorrido, envolvendo um personagem, o Sarney, que estava sendo a bola da vez para a crucificação midiática. O importante seria a mídia divulgar, como divulgou, que a ministra Dilma estava interferindo indevidamente para salvar Sarney. Importava apenas colar a imagem da ministra Dilma, provável futura candidata do presidente Lula, em quem estava sendo acusado de tanta suposta corrupção, de maracutaias, atos secretos, etc... Vamos supor que o marido da Lina Vieira tenha imaginado que estaria dando um golpe de mestre, uma ajuda importante ao Chirico Serra. Afinal, tudo foi devidamente combinado. Por exemplo, a mídia não revelou em momento algum que o marido de Lina Vieira estava presente no Senado, na CCJ, nem que ele era ex-ministro de FHC e um importante publicitário político do RN. Os senadores da oposição conhecem o marido da dona Lina Vieira muito bem e fizeram cara de paisagem, como se fosse um ilustre desconhecido. Se não fosse a revelação do blog Amigos do Presidente Lula, apontando quem é o Alexandre Firmino, marido da dona Lina Vieira, a mídia iria ficar na moita. Entre agosto de 1999 e julho de 2000, ele foi ministro interino do Ministério de Integração Nacional, no governo de Fernando Henrique Cardoso. "Firmino é sócio majoritário na agência Dois A Publicidade. A empresa atua em Natal, onde recentemente venceu licitação para prestar serviços à Secretaria de Comunicação da prefeitura administrada por Micarla de Souza (PV), aliada de Agripino e responsável por uma das maiores derrotas do PT nas eleições municipais." (revista Época). Como diz o ditado popular, "No creo en brujas, pero que las hay, las hay" Jussara Seixas - editora.

Um comentário:

Anônimo disse...

Realmente foi muito bem aramado este episódio inventado pela dona Lina, e o que é mais importante é que realmente ela não diz o dia nem a hora, pois ai estaria o material para a ministra Dilma provar que ela mente descaradamente.
È triste vocÊ ver que a mídia brasileira, uma parte, se presta a uma baixeza desta, tentando tranformar uma mentira inventada por eles em verdade, e ainda temos os Demos querendo ver fitas de vídeo do palácio, pois se são conhecedores de como funciona a segurança do planalto, agora ficam fingindo de bobos.