Partido aposta em Marina Silva para fazer sucessor de Lula no ano que vem
Leandro Colon - O Partido Verde quer ser a novidade política nas eleições de 2010. Para tanto, filiou a senadora Marina Silva (AC) e executivos de peso. Mas, enquanto segura a bandeira ambientalista, a legenda tenta pôr debaixo do tapete o que pode manchá-la. Um deputado da legenda é alvo de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), outro tem imóvel comprado por empreiteira, um prefeito é acusado de comprar votos, distribuindo dinheiro e combustível, e um vereador de capital foi cassado sob a acusação de fraude eleitoral.
O PV ainda emprega na Câmara dois assessores de confiança denunciados pelo Ministério Público por envolvimento no desvio de recursos para compra de ambulâncias, na chamada máfia dos sanguessugas. Quando o assunto é dinheiro, o partido também não escapa. Teve de devolver recentemente R$ 94 mil aos cofres públicos por irregularidades na prestação de contas do fundo partidário ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foi acusado de sonegar documentos, não comprovar despesas, e apresentar notas fiscais de empresas inexistentes e extintas.
No ano que vem, o partido pretende lançar Marina à Presidência. E, num movimento para alavancar seu nome no ano eleitoral, recebeu, na última quinta-feira, a filiação de empresários paulistas. Entre os "neoverdes" estão o copresidente do Conselho de Administração da Natura, Guilherme Leal, e os presidentes do Instituto Socioambiental, Henrique Svirsky, e do Instituto Ethos, Roberto Klabin. Todos dispostos a "servir" à candidatura de Marina ao Palácio do Planalto.
PROBLEMAS - Em cima de novas caras, o partido esbanja discurso e otimismo. Quando olha para trás, porém, o jogo é diferente. O PV recorre a práticas tão criticadas por seus filiados. Em maio, o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas cassou o mandato do vereador verde Jander Tabosa, acusado de usar a imagem do pai - um apresentador de TV - como se fosse a dele. A Justiça Eleitoral avaliou que ele tentou enganar o eleitorado. Tabosa perdeu o mandato seis meses depois de assumi-lo. Na Câmara, 12 parlamentares pertencem ao PV. Um é Lindomar Garçon (RO), alvo de dois inquéritos autorizados pelo STF, um por improbidade administrativa e outro por crime eleitoral. Durante o escândalo das passagens aéreas, em abril, Fernando Gabeira (PV-RJ) admitiu que repassou à sua filha parte da cota parlamentar.
Outro deputado da legenda, José Sarney Filho (MA) tem um apartamento em São Paulo comprado por uma empreiteira, a Aracati Construções, Assessoria e Consultoria Ltda, conforme revelou o Estado em 16 de agosto. A empresa pertence a Rogério Frota de Araújo, membro da executiva do PV no Maranhão. O PV também emprega na Câmara dois assessores sob suspeita: Rogério Corrêa Jansen e Andrey Batista Monteiro de Morais. Segundo o Ministério Público Federal, eles participaram do esquema da máfia dos sanguessugas. Respondem a processo na Justiça de Mato Grosso. Jansen trabalha na liderança do partido. Andrey Morais é lotado na primeira suplência da Mesa Diretora, ocupada pelo deputado Marcelo Ortiz (PV-SP).
No Maranhão, o partido está nas mãos de Sarney Filho. Filiado ao partido, o prefeito de São Mateus, Rovélio Pessoa, briga na Justiça para não perder o mandato. Ele é acusado de comprar votos por meio de distribuição de roupas, R$ 20 e vale combustível de seis litros para eleitores abastecerem no posto de sua propriedade. Em abril, um juiz eleitoral cassou seu mandato. A decisão foi revogada no dia 15 de setembro pelo TRE do Estado, apesar do voto do relator favorável à perda do mandato. O tribunal é presidido por uma tia do deputado Sarney Filho, Nelma Sarney. Os adversários de Rovélio Pessoa prometem recorrer.
Leandro Colon - O Partido Verde quer ser a novidade política nas eleições de 2010. Para tanto, filiou a senadora Marina Silva (AC) e executivos de peso. Mas, enquanto segura a bandeira ambientalista, a legenda tenta pôr debaixo do tapete o que pode manchá-la. Um deputado da legenda é alvo de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), outro tem imóvel comprado por empreiteira, um prefeito é acusado de comprar votos, distribuindo dinheiro e combustível, e um vereador de capital foi cassado sob a acusação de fraude eleitoral.
O PV ainda emprega na Câmara dois assessores de confiança denunciados pelo Ministério Público por envolvimento no desvio de recursos para compra de ambulâncias, na chamada máfia dos sanguessugas. Quando o assunto é dinheiro, o partido também não escapa. Teve de devolver recentemente R$ 94 mil aos cofres públicos por irregularidades na prestação de contas do fundo partidário ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foi acusado de sonegar documentos, não comprovar despesas, e apresentar notas fiscais de empresas inexistentes e extintas.
No ano que vem, o partido pretende lançar Marina à Presidência. E, num movimento para alavancar seu nome no ano eleitoral, recebeu, na última quinta-feira, a filiação de empresários paulistas. Entre os "neoverdes" estão o copresidente do Conselho de Administração da Natura, Guilherme Leal, e os presidentes do Instituto Socioambiental, Henrique Svirsky, e do Instituto Ethos, Roberto Klabin. Todos dispostos a "servir" à candidatura de Marina ao Palácio do Planalto.
PROBLEMAS - Em cima de novas caras, o partido esbanja discurso e otimismo. Quando olha para trás, porém, o jogo é diferente. O PV recorre a práticas tão criticadas por seus filiados. Em maio, o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas cassou o mandato do vereador verde Jander Tabosa, acusado de usar a imagem do pai - um apresentador de TV - como se fosse a dele. A Justiça Eleitoral avaliou que ele tentou enganar o eleitorado. Tabosa perdeu o mandato seis meses depois de assumi-lo. Na Câmara, 12 parlamentares pertencem ao PV. Um é Lindomar Garçon (RO), alvo de dois inquéritos autorizados pelo STF, um por improbidade administrativa e outro por crime eleitoral. Durante o escândalo das passagens aéreas, em abril, Fernando Gabeira (PV-RJ) admitiu que repassou à sua filha parte da cota parlamentar.
Outro deputado da legenda, José Sarney Filho (MA) tem um apartamento em São Paulo comprado por uma empreiteira, a Aracati Construções, Assessoria e Consultoria Ltda, conforme revelou o Estado em 16 de agosto. A empresa pertence a Rogério Frota de Araújo, membro da executiva do PV no Maranhão. O PV também emprega na Câmara dois assessores sob suspeita: Rogério Corrêa Jansen e Andrey Batista Monteiro de Morais. Segundo o Ministério Público Federal, eles participaram do esquema da máfia dos sanguessugas. Respondem a processo na Justiça de Mato Grosso. Jansen trabalha na liderança do partido. Andrey Morais é lotado na primeira suplência da Mesa Diretora, ocupada pelo deputado Marcelo Ortiz (PV-SP).
No Maranhão, o partido está nas mãos de Sarney Filho. Filiado ao partido, o prefeito de São Mateus, Rovélio Pessoa, briga na Justiça para não perder o mandato. Ele é acusado de comprar votos por meio de distribuição de roupas, R$ 20 e vale combustível de seis litros para eleitores abastecerem no posto de sua propriedade. Em abril, um juiz eleitoral cassou seu mandato. A decisão foi revogada no dia 15 de setembro pelo TRE do Estado, apesar do voto do relator favorável à perda do mandato. O tribunal é presidido por uma tia do deputado Sarney Filho, Nelma Sarney. Os adversários de Rovélio Pessoa prometem recorrer.
Marina Silva jogou no lixo toda uma história de vida bonita, construída no PT. Se uniu com o que há de pior na políca brasileira.
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