sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Jarbas Vasconcelos: o senhor-intolerância




Senador Jarbas Vasconcelos: não entendeu ou esqueceu as aulas sobre democracia

Prof. DiAfonso

O Senador-Coronel Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) possui um estranho conceito de democracia: igualdade política e social só se passar pelo crivo dele.
Em fevereiro de 2009, criticou a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no carnaval de Recife. O seu veneno foi expelido sob as bênçãos de um argumento pouco sólido: "Não vejo problemas da Dilma passar o Carnaval no Estado. O problema é quando ela usa dinheiro público para fazer campanha", comentara o senador naquela oportunidade. A essa pouca solidez argumentativa nas palavras do senhor-intolerância, junta-se uma flagrante contradição que daria o ar de sua graça em agosto de 2009 quando o presidenciável José Serra (PSDB-SP) - a quem Jarbas defende com unhas e dentes (talvez deseje um ministério num futuro e improvável governo serrista) - foi a Exu-PE visitar o Museu do Gonzagão. Ora, lá estavam o afilhado de Jarbas, deputado federal Raul Henry (PMDB-PE), e o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) a ciceronear o governador de São Paulo. O que José Serra estava fazendo lá? Estava em férias e resolveu passear com seus próprios recursos? Não, claro que não. Ele estava querendo, ao visitar o famoso município pernambucano, angariar a simpatia do povo nordestino com fins desbragadamente político-demagógicos. E com dinheiro do cidadão paulista.

Agora, como a corroborar a tese de que Jarbas Vasconcelos concebe a ideia de democracia a seu bel-prazer, ele sugere a morte do PCdoB e desdenha da história de lutas desse partido cujo norte nunca deixou de vislumbrar os princípios democráticos, de fato.

Convoco a blogosfera a repudiar, veementemente, as declarações fascistas desse senador que nos enganou quando fora para o front defender as liberdades democráticas num período difícil na vida do bravo povo brasileiro. Talvez o senador Jarbas Vasconcelos (o senhor-intolerância) creia que o termo "ditabranda", cunhado pela Folha de S. Paulo, esteja mais adequado àqueles sanguinolentos tempos. Tempos de dor e ranger de dentes. Tempos em que pais e mães choravam a morte de seus filhos, quando eles próprios não figuravam como vítimas da insanidade de um Estado autoritário e fratricida.

Para alguns, ele fora apenas infeliz na declaração feita ("muita gente diz que, com a cláusula de barreira, vão acabar os partidos pequenos, vai acabar o PCdoB... Que mal há em acabar o PCdoB?", palavras do senador Jarbas Vasconcelos). Eu opino de maneira diferente: ele não foi infeliz, ele sentiu-se em estado de êxtase ao proferir tal declaração, pois a forma truculenta como vem se posicionando diante de qualquer evento que lhe desagrade parece integrar o seu mutante dna.




do Blog Terra Brasilis


Para saber mais sobre o Senador Jarbas Vasconcelos, clique AQUI.


Um comentário:

emerson disse...

Mas a coisa mais hedionda que fez o senador neonazi coronel JV foi ir ao Pará, em companhia da sua colega senadora escravocrata Kátia Abreu, para defender a Pagrisa flagrada com trabalho escravo.

De trabalho escravo, permitam-me relembrar, conheço um pouco. Foi aliás um prêmio de jornalismo com um trabalho nesse tema o que me trouxe ao Canadá. O grande organizador do trabalho escravo, o cérebro da fase superior do trabalho escravo no Brasil foi FHC. Hoje, no Parlamento, PSDB, PPS e DEMO lutam para garantir a impunidade total legalizando a contratação de mão de obra em condições análogas à da escravidão.

O atual escravismo rural do Brasil não é possível sem matar, torturar e mutilar rebeldes. Sei o que estou dizendo por ter entrevistado já 2 escravos foragidos e também por outras fontes comprovadas e fidedignas.

Jarbas Vasconcelos sabe disso. Grande parte do eleitorado dele sabe disso. Mas votam nele porque acham bacana, legal mesmo, que se torture, mutile e mate nordestinos analfabetos se é para que eles possam ter carros, casa de praia, viajar de avião o tempo todo, ir à Miami, frequentar festas ditas culturais, falar de literatura como se soubessem o que é isso, tomar whisky de 30 anos...

Grande parte das pessoas que votam nos PPS, DEMO, PSDB sabem que esses partidos estão ligados a grupos de extermínio e roubo de medicamentos de pobres agonizantes, o que é particularmente o caso de José Serra, mas acham legal a agonia de outros seres humanos, contanto que não sejam os seus filhinhos e filhinhas.

As pessoas sabem da prostituição de menininhas em Manaus, vítimas de Arthur Virgílio e comparsas. Sabem, mas acham que é apenas um detalhe que se prostitua meninas miseráveis de 12 anos. Claro! Não são suas filhinhas.