da Folha Online, no Rio - O ministro Carlos Lupi (Trabalho) anunciou nesta segunda-feira que já foram criados, este ano, mais de 1 milhão de empregos formais. O saldo superou as metas do governo. Ao longo de 2008, foram geradas 1,452 milhão de vagas. Ele antecipou dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) relativos a outubro, que serão divulgados nos próximos dias, que indicam que no acumulado de janeiro outubro, o número de novos empregos já superou a meta traçada por ele para este ano. Lupi lembrou que poucos acreditavam na sua previsão, em meio à recuperação do país após a crise. Em dezembro, o país chegou a registrar perda de 654 mil empregos, recorde em dez anos, pelo números do Caged. "Acharam que eu era maluco, os pessimistas não acreditavam. Mas os números estão aí e provam que minha previsão estava certa", afirmou, ao participar da abertura da Fenashore, em Niterói, região metropolitana do Rio. O ministro acrescentou que o país já vê a crise pelo retrovisor. "Crise é coisa de gringo", comentou.
4 comentários:
Minha futura presidenta Dilma, gostaria de saber quando o governo ira se manifestar quanto a terceirização principalmente na Petrobras. E nos corredores do Governo.
CONFEDERAÇAO NACIONAL DOS METALURGICOS CNM_CUT BRASIL Web
Combate à terceirizaçao está entre os eixos da Marcha a Brasilia
Em entrevista ao Portal do Mundo do Trabalho, Denise Motta Dau, secretária nacional de Relações de Trabalho da CUT fala sobre o tema que é um dos eixos centrais da 6 Marcha da Classe Trabalhadora. Confira abaixo.
Em que situação se encontra o projeto na Câmara?
No dia 30 de setembro fizemos uma audiência pública sobre o PL 1621, na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados (CDEIC) e estamos aguardando parecer do deputado Guimarães (PT-CE), relator do projeto. Esperamos por um parecer favorável e que este parecer seja aprovado na Comissão para que o PL tramite e avance.
Podemos dizer que a terceirização está presente em todos os setores?
Hoje a terceirização está em todos os setores da economia inclusive nos serviços públicos como uma forma bastante perversa, que se apresenta não apenas como forma de contratação de trabalhadores terceirizados, mas como um processo de terceirização da gestão pública, já que o trabalho é repassado para entidades de direito privado.
continua...
Esse tema tem sido pautado nas negociações de acordos coletivos?
Justamente pelo tamanho que a terceirização adquiriu no Brasil, vários setores da CUT têm colocado nas mesas de negociação a busca de um acordo coletivo que de fato venha a regrar a terceirização. Além disso, um dos eixos da campanha da CUT de combate à terceirização é a representação dos trabalhadores terceirizados e a negociação coletiva. Uma série de setores da CUT tem tentado negociações, sejam nacionais por meio de nossos ramos e federações, sejam os próprios sindicatos em seu cotidiano. Podemos citar como exemplos os vigilantes, o ramo financeiro, os metalúrgicos e recentemente a FUP, que colocou cláusulas na mesa de negociação, durante a construção e negociação do acordo coletivo, visando a igualdade dos trabalhadores terceirizados para com os trabalhadores contratados diretamente pela Petrobrás.
Quais são os trabalhadores mais afetados pela terceirização?
Na verdade a terceirização afeta a todos. Trata-se de uma questão que diz respeito ao conjunto da classe trabalhadora, pois não afeta somente o trabalhador terceirizado ou a qualidade dos serviços, ela afeta também o trabalhador contratado diretamente pela empresa porque, ao longo do tempo, a tendência da empresa é ampliar a contratação de terceirizados, reduzir a contratação de trabalhadores diretamente contratados e rebaixar os direitos dos mesmos.
A terceirização hoje é um fenômeno irreversível?
Não, ela pode ser reversível se tivermos uma regulamentação que de fato coíba a terceirização e coloque critérios para o que pode ou não ser terceirizado e como pode ser. Hoje no Brasil a terceirização está instalada de uma forma muito ampla e esta grande incidência é fruto de um escamoteamento, de uma maquiagem nas relações de trabalho, onde as empresas contratam de forma terceirizada trabalhos que não são especializados, que não são temporários, o que não justifica, portanto, a terceirização na maioria dos casos. Reverter este processo é possível se a contratação por parte das empresas se limitar ao que é o trabalho de fato especializado, temporário, dentro de suas demandas de produção ou setor que ofereça serviços.
Esta regulamentação deve prever qual é a característica do trabalho - específica, diferenciada - que pode ser terceirizada e em que áreas pode ser utilizada. Para a CUT, conforme expressado em diversos de nossos materiais e no próprio PL 1621 que elaboramos com o deputado Vicentinho, a terceirização não pode estar, por exemplo, na área fim, ou seja, na área principal que justifique a razão social de uma empresa.
continua...
O combate à terceirização está na pauta da 6ª Marcha da Classe Trabalhadora, cujos eixos dialogam diretamente com o desenvolvimento que queremos para o país. Podemos concluir que a terceirização vai à contramão do desenvolvimento?
Sem dúvidas, pois um país que está crescendo bastante como o nosso, que está no centro do mundo no debate sobre desenvolvimento, para que tenha um projeto de desenvolvimento sustentável, ético, soberano, terá que olhar para o mundo do trabalho e hoje a terceirização é um dos principais fatores de precarização das relações de trabalho.
Esse conjunto de fatores que precarizam as relações de trabalho no Brasil levou a CUT e as centrais a destacarem o combate à terceirização como um dos eixos da 6ª Marcha, ao lado de bandeiras que dialogam com debate que temos feito sobre desenvolvimento, sobre qual projeto de desenvolvimento queremos para o nosso país, o que inclui - o papel do estado, a distribuição de renda e a valorização do trabalho, e a democratização das relações de trabalho.
Podemos dizer que o tema da terceirização também está presente, direta ou indiretamente, nos debates de todos os temas de pauta que levamos à 6ª Marcha. Para resumir, a gente não quer só mais empregos, a gente quer mais e melhores empregos.
fim.
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