Redação 24 Horas News
Escândalo de corrupção
Arruda, Roriz e Arcanjo: negócios
No dia 27 de novembro de 2009, a Polícia Federal executou a Operação Caixa de Pandora, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão na residência oficial do governador José Roberto Arruda, em secretarias do governo e em gabinetes de deputados na Câmara Legislativa. Foram apreendidos computadores, mídias e documentos, além de 30 mil dólares, cinco mil euros e 700 mil reais.
Arruda comandava a rede de pagamentos a parlamentares do Distrito Federal, com dinheiro oriundo de empresas que faziam negócios com o governo. Quatro empresas são suspeitas de efetuar repasses: Info Educacional, Vertax, Adler e Linknet. Um vídeo foi divulgado no qual Arruda aparece recebendo maços de dinheiro quando ainda era candidato, em 2006.
Os deputados suspeitos de serem beneficiários do esquema são Leonardo Prudente, Rogério Ulysses, Eurides Brito, Pedro do Ovo, Rôney Nemer, e o presidente do PP no DF, Benedito Domingos.
O bicheiro-empresário João Arcanjo Ribeiro, o “Comendador”, 58 anos, manteve e ainda mantém “negócios” em Brasília, no Distrito Federal, fez vários negócios suspeitos com governantes do Distrito Federal. Chegou a “emprestar” através de um suposto pagamento, a bagatela de US$ 500 mil dólares para campanha eleitoral. Apesar de a organização de Arcanjo ter ruído em 2002 com a “Operação Arca de Noé”, investigações realizadas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal mostraram que ele havia diversificado os negócios e expandido além fronteiras de Mato Grosso, estabelecendo ramificações em mais cinco estados.
No Distrito Federal, por exemplo, a quadrilha do Comendador começou agindo com o Governo de Joaquim Roriz “e, espantosamente permanece ativa na atual administração”, a do democrata José Roberto Arruda, segundo documento relacionado as investigações. Arcanjo foi preso em abril de 2003 num bairro de classe média em Montevidéu, no Uruguai, onde estava refugiado. Atualmente encontra-se recolhido no Presídio Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Ninguém aposta um centavo de que esteja parado, esperando a hora de sair da cadeia.
No documento relacionado ao empréstimo de US$ 500 mil dólares existe uma anotação que a Polícia Federal entendeu como se fosse a explicação para o pagamento. “O governador me disse que vai atender tudo” - escreveu à mão Messias, em fax enviado a um assessor do “Comendador”. Messias, segundo o documento, ficou no epicentro das investigações da Polícia Federal, por ser bicheiro, amigo de Arcanjo e dono da Empresa Sapiens Tecnologia, uma das empresas investigadas na época.
A Polícia Federal apreendeu na casa de Messias, em 2004, documentos que comprovam sua ligação como o “Comendador”, mesmo ele já estando preso. A PF apreendeu também, recibos e anotações que indicam o oferecimento de propinas a políticos locais (de Brasília) em troca de negócios com o governo.
O operador avançado da quadrilha na administração do Distrito Federal, segundo ainda as investigações da Polícia Federal, era Durval Barbosa, um delegado aposentado da Polícia Civil. Barbosa, segundo ainda o documento, era o responsável pela maioria dos contratos superfaturados assinados com a Empresa Sapiens Tecnologia. O ex-policial é o elo entre a administração Roriz e a atual, de José Roberto Arruda. Arruda sucedeu a Roriz com um discurso de moralidade e eficiência administrativa
Barbosa foi secretário de Relações Institucionais de Arruda. Ele foi o pivô da Operação Caixa de Pandora, que desbaratou o "mensalão do DEM", mantido sob forte esquema de segurança desde 27 de novembro, em local secreto, à disposição do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Amparado pelo Programa de Proteção a Testemunhas do Ministério da Justiça, ele tem arsenal de fitas, que constitui o maior arquivo digital sobre a rede de corrupção na capital do País. Conhecido como "rei do grampo", Durval teria mais 20 gravações inéditas, o que tira o sono de muita gente.
Promotores apuraram que a empresa Sapiens Tecnologia poderia até ganhar um milionário contrato para instalar um sistema de monitoramento nas ruas da capital. Por essa empresa fluiiria o dinheiro para pagar Arcanjo. Por meio de sua assessoria, o governador Arruda disse que seria "injusto" demitir seu secretário até que o processo fosse julgado.
O documento descreve o “Comendador” como um criminoso de altíssima periculosidade, respondendo atualmente mediante condenações e prisão preventiva por crimes financeiros como evasão de divisas e lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e homicídios, entre outros. Arcanjo chegou a ser procurado no mundo inteiro pela Interpol.
2 comentários:
este arcanjo já esteve envolvido com aquele senador tucano parecido com o arthur virgílio, o antero paes
leia
http://www.consciencia.net/corrupcao/matogrosso.html
O Arcanjo é amigão do Antero paes de Barros do PSDB, que mesmo sendo do MT é conselheiro da SABESP do Serra, isso é uma gang das mais perigosoas
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