Dois reservatórios chegaram ao limite e vazão não é mais controlada; prefeituras começam a remover população
SITUAÇÃO CRÍTICA - Área alagada em Atibaia: 3.200 pessoas foram atingidas pelas chuvas; Defesa Civil diz que 65 famílias estavam desabrigadas e 40, desalojadas
Duas das quatro represas do sistema de produção de água Cantareira, o maior da região metropolitana de São Paulo, transbordaram ontem por causa do excesso de chuvas, o que não acontecia desde 1999. As inundações podem agora atingir 12 municípios, onde vivem 800 mil pessoas. As prefeituras estimam que pelos menos 6 mil moradores de comunidades ribeirinhas possam ser diretamente afetados pelos alagamentos.
Além das oito cidades por onde se dividem as represas (Bragança Paulista, Caieiras, Franco da Rocha, Joanópolis, Nazaré Paulista, Mairiporã, Piracaia e Vargem), também podem sofrer com o excesso de água Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Capivari e Itatiba. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), não há mais como controlar a vazão nas Represas Atibainha e Jaguari/Jacareí.
O excesso de água começou a extravasar pelos vertedouros. Assim, não há como prever o volume que será despejado nas áreas do entorno. "É como se não existisse a represa: se chove muito, passa muita água; se chove pouco, passa pouca", explica Hélio Castro, superintendente de Produção de Água da Sabesp. "A gente não sabe qual será o impacto, porque não dá para prever quanto de água vai passar pelo vertedouro. Só podemos monitorar. O restante é com a Defesa Civil."
A Sabesp enviou alerta ontem para os municípios. Para tentar reduzir a elevação do nível da Atibainha, que libera 18 mil litros (18m³) de água por segundo, a empresa vem bombeando água para o Reservatório Paiva Castro, em Mairiporã.
DESABRIGADOS
As unidades de Defesa Civil locais estão alertando a população e retirando os moradores das áreas mais suscetíveis. A situação mais preocupante é na região de Atibaia, onde 3.200 pessoas de 15 bairros foram atingidas pelas chuvas. Segundo a Defesa Civil, 65 famílias estavam desabrigadas e outras 40 famílias estavam desalojadas até a noite de ontem.
"Estamos pedindo para que as pessoas fiquem atentas e saiam de casa em caso de chuva forte", afirmou Paulo Catta Preta, coordenador da Defesa Civil de Atibaia. Na região, as enchentes ainda afetam Itatiba, Bom Jesus dos Perdões, Nazaré Paulista e Capivari, onde 471 pessoas estão em abrigos.
A situação também é complicada na área entre as Barragens Jaguari e Jacareí, onde estão os municípios de Piracaia, Bragança Paulista e Vargem. A Represa Jaguari/Jacareí é a maior do sistema, com vazão de 22 mil litros de água por segundo. Ontem, a Sabesp aumentou a vazão de 70 metros cúbicos por segundo para 90 m³.
A estimativa é de que cerca de 800 pessoas devam ser atingidas pelos alagamentos em quatro bairros de Bragança Paulista. A Defesa Civil local está removendo parte da população dos locais atingidos para escolas que foram adaptadas para receber os desabrigados, com colchões, cobertores, água e comida. Em Vargem, 500 famílias (2 mil pessoas) tiveram de ser retiradas de casa.
A perspectiva para os próximo dias é de que a situação fique pior. De acordo com Castro, da Sabesp, se as chuvas continuarem nesse ritmo, outras represas também vão transbordar. "É questão de dias para a (Represa de) Cachoeira (chegar ao limite)."
A zona norte de São Paulo registrou o maior índice pluviométrico ontem. Até as 19 horas, havia chovido 43 mm, enquanto a média da cidade foi de 37 mm. Neste mês, já choveu 419,5 mm em São Paulo, o que ultrapassa a média esperada para o mês.
SITUAÇÃO CRÍTICA - Área alagada em Atibaia: 3.200 pessoas foram atingidas pelas chuvas; Defesa Civil diz que 65 famílias estavam desabrigadas e 40, desalojadas
Duas das quatro represas do sistema de produção de água Cantareira, o maior da região metropolitana de São Paulo, transbordaram ontem por causa do excesso de chuvas, o que não acontecia desde 1999. As inundações podem agora atingir 12 municípios, onde vivem 800 mil pessoas. As prefeituras estimam que pelos menos 6 mil moradores de comunidades ribeirinhas possam ser diretamente afetados pelos alagamentos.
Além das oito cidades por onde se dividem as represas (Bragança Paulista, Caieiras, Franco da Rocha, Joanópolis, Nazaré Paulista, Mairiporã, Piracaia e Vargem), também podem sofrer com o excesso de água Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Capivari e Itatiba. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), não há mais como controlar a vazão nas Represas Atibainha e Jaguari/Jacareí.
O excesso de água começou a extravasar pelos vertedouros. Assim, não há como prever o volume que será despejado nas áreas do entorno. "É como se não existisse a represa: se chove muito, passa muita água; se chove pouco, passa pouca", explica Hélio Castro, superintendente de Produção de Água da Sabesp. "A gente não sabe qual será o impacto, porque não dá para prever quanto de água vai passar pelo vertedouro. Só podemos monitorar. O restante é com a Defesa Civil."
A Sabesp enviou alerta ontem para os municípios. Para tentar reduzir a elevação do nível da Atibainha, que libera 18 mil litros (18m³) de água por segundo, a empresa vem bombeando água para o Reservatório Paiva Castro, em Mairiporã.
DESABRIGADOS
As unidades de Defesa Civil locais estão alertando a população e retirando os moradores das áreas mais suscetíveis. A situação mais preocupante é na região de Atibaia, onde 3.200 pessoas de 15 bairros foram atingidas pelas chuvas. Segundo a Defesa Civil, 65 famílias estavam desabrigadas e outras 40 famílias estavam desalojadas até a noite de ontem.
"Estamos pedindo para que as pessoas fiquem atentas e saiam de casa em caso de chuva forte", afirmou Paulo Catta Preta, coordenador da Defesa Civil de Atibaia. Na região, as enchentes ainda afetam Itatiba, Bom Jesus dos Perdões, Nazaré Paulista e Capivari, onde 471 pessoas estão em abrigos.
A situação também é complicada na área entre as Barragens Jaguari e Jacareí, onde estão os municípios de Piracaia, Bragança Paulista e Vargem. A Represa Jaguari/Jacareí é a maior do sistema, com vazão de 22 mil litros de água por segundo. Ontem, a Sabesp aumentou a vazão de 70 metros cúbicos por segundo para 90 m³.
A estimativa é de que cerca de 800 pessoas devam ser atingidas pelos alagamentos em quatro bairros de Bragança Paulista. A Defesa Civil local está removendo parte da população dos locais atingidos para escolas que foram adaptadas para receber os desabrigados, com colchões, cobertores, água e comida. Em Vargem, 500 famílias (2 mil pessoas) tiveram de ser retiradas de casa.
A perspectiva para os próximo dias é de que a situação fique pior. De acordo com Castro, da Sabesp, se as chuvas continuarem nesse ritmo, outras represas também vão transbordar. "É questão de dias para a (Represa de) Cachoeira (chegar ao limite)."
A zona norte de São Paulo registrou o maior índice pluviométrico ontem. Até as 19 horas, havia chovido 43 mm, enquanto a média da cidade foi de 37 mm. Neste mês, já choveu 419,5 mm em São Paulo, o que ultrapassa a média esperada para o mês.
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