sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Dilma anuncia “passo mais profundo” na Educação

Em palestra de quase uma hora a 120 delegados de 40 países, reunidos no 4º Congresso Nacional do PT, a ministra Dilma Rousseff anunciou ontem que seu programa de governo incluirá um forte investimento na Educação.
“Precisamos dar um passo mais profundo na questão da Educação dos jovens. Mais da metade da população brasileira é formada por crianças e jovens, e cerca de 50 milhões têm entre 15 e 29 anos de idade. É preciso investir desde a creche até a pós-graduação. Os jovens são elementos fundamentais na questão social, econômica, tecnológica e cultural do Brasil”, afirmou a pré-candidata do PT à eleição presidencial.
Dilma expôs um balanço do Governo Lula destacando avanços econômicos e sociais alcançados pelo país nos últimos sete anos, graças ao que chamou de combinação virtuosa entre desenvolvimento econômico e distribuição de renda.
“Somos citados hoje por muitas agências de pesquisa como a quinta economia mundial, mas nós somente seremos a quinta economia se transformamos substancialmente as condições de vida do povo brasileiro. O Brasil tem um legado de descuido e de descaso para com as classes populares e muito ainda tem que ser feito para melhorar isso. Queremos mudar o patamar social do país”.
Assinalou também como conquista importante dos últimos anos a mudança da imagem do Brasil no cenário internacional.
“Quem não se respeita, não é respeitado”, observou..
Após o discurso, a ministra respondeu perguntas dos convidados estrangeiros sobre projetos habitacionais, apoio humanitário ao Haiti e imigrações ao Brasil. Sobre a habitação, afirmou que o governo continuará investindo no programa de moradia popular Minha Casa Minha Vida. Ao responder sobre o apoio humanitário ao Haiti, garantiu que o Brasil não medirá esforço para apoiar a população e contribuir para a reconstrução daquele país.
Hoje, 1.300 delegados eleitos no Processo de Eleição Direta, no fim do ano passado, se dedicarão a debates políticos e à votação de resoluções. No início da noite, o novo presidente do PT, José Eduardo Dutra, assumirá o cargo.
ASSISTA E ESPALHE: JINGLE "QUERO DILMA"

2 comentários:

Anônimo disse...

NÓS DA SEGURANÇA DO RJ, ESTAMOS COM A SENHORA PARA PRESIDENTE NESTA ELEIÇÃO 2010.CONTAMOS COM AJUDA DA SEMHORA, PARA FORTALECER NA APROVAÇÃO DA PEC 300.

O MAIS MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO.

Unknown disse...

Os silêncios de Serra

José Serra evita assumir a candidatura presidencial porque ainda não confia em suas chances de vitória. Pragmático, sabe que uma derrota o afastaria, talvez definitivamente, do comando peessedebista em São Paulo. A liderança passaria ao novo governador, provavelmente Geraldo Alckmin, que disputa espaço com Serra e substituirá seus apadrinhados assim que possível.
Um remoto fracasso nos âmbitos nacional e estadual causaria estrago ainda maior, podendo inclusive levar à desintegração do PSDB. Por outro lado, aceitando a reeleição, dada como inevitável até por seus adversários, Serra garantiria uma imensa máquina administrativa e manteria posição destacada no partido.
Mas ele possui outros motivos para adiar uma definição. Não resta dúvida, se alguma houve, de que a campanha presidencial terá caráter predominantemente plebiscitário. Qualquer pré-candidato oposicionista, assim que se assuma como tal, será constrangido a posicionar-se acerca das principais vitrines do governo Lula. Deverá anunciar a continuidade ou a interrupção do Bolsa Família e do PAC, por exemplo. Na primeira hipótese, para não contrariar a grande aprovação popular, entraria em conflito com o próprio discurso repetido pela oposição nos oito anos de governo Lula. Optando pelo posicionamento mais coerente, desagradaria uma porção relevante do eleitorado.
Em 2006, a candidatura Alckmin naufragou precocemente porque não soube escapar desse dilema. Serra, por temperamento e opção estratégica, precisa fugir da indefinição constrangedora a que seu colega tucano foi jogado. A solução plausível é despolitizar os debates que antecedem as definições das candidaturas, apostando no enfoque biográfico e numa imagem de excelência administrativa que a grande imprensa serrista procura espalhar pelo país.
Trata-se, portanto, de empobrecer a agenda eleitoral até que Dilma Rousseff esteja exposta, sem anteparos institucionais, vulnerável a ataques pessoais. Serra então divulgaria sua versão da “Carta aos brasileiros” petista, inaugurando uma nova fase na sucessão. Ou deixaria a incumbência para Aécio Neves, que tem muito menos a perder.