Tales Faria, iG Brasília
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), passou o dia negando que pense em voltar a ser candidato do PSDB a presidente da República, no lugar do governador de São Paulo, José Serra. Não convenceu. E o motivo é sua bancada.
Parlamentares do PSDB, do DEM e até de partidos que no plano nacional apóiam o governo Luiz Inácio Lula da Silva estão em campanha aberta pela desistência de Serra, e para que Aécio assuma como o candidato da legenda.
Presidente nacional do Partido Democratas, o deputado Rodrigo Maia (RJ) diz-se preocupado: “Temo pelos próprios mineiros, que já se frustraram quando Aécio anunciou que seria candidato ao Senado. Agora eles podem se decepcionar novamente, apostando na desistência de Serra. Esse jogo é muito ruim tanto para o PSDB como para todos nós que estamos juntos.”
Mal ele acabou de falar, seu colega de partido, o deputado mineiro Marcos Monte, retrucou: “A verdade é que, em Minas, não há empolgação pela candidatura Serra, com a gente sabendo que o Aécio seria um candidato muito melhor.”
Coordenador da bancada mineira na Câmara, Nárcio Rodrigues (PSDB) explica o sentimento do grupo: “O que irrita é que a cúpula do PSDB sequer levou em conta a candidatura Aécio. Os paulistas decidiram que o candidato é o Serra e ponto final. Quando todos sabemos que o Aécio tem muito maior capacidade de agregação. E agora, para irritar muito mais, vêm com a história de que o Aécio tem que ser vice. Que se não for, será o culpado pela derrota do Serra. Ora, o Serra é que tem que correr atrás dos seus votos. Não pode culpar o Aécio.”
Na avaliação de Nárcio, se Serra desistir, os votos dele em São Paulo tendem a migrar para Aécio. Mas, se Serra for o candidato, será muito difícil os votos de Aécio migrarem para o governador de São Paulo.
“O fato é que Lula tem muita penetração em Minas. E, para piorar, a Dilma é mineira. Além disso, PMDB e PT tendem a fechar acordo no Estado. Fica muito difícil para o Serra penetrar nesse eleitorado”, explica.
Já o deputado Julio Delgado (PSB-MG) se diz mais otimista quanto à desistência de Serra, depois da solenidade em homenagem a Tancredo Neves no Congresso.
“Ao chegar no Congresso, Aécio estava sendo pressionado pela cúpula tucana a aceitar a vaga de vice do Serra. Mas acabou deixando claro para todos que é o melhor candidato a presidente da República. Serra ficou o tempo inteiro cercado pelos tucanos de São Paulo. Já Aécio saiu praticamente nos braços de aliados de todos os partidos, do PMDB ao meu PSB, passando pelo PSDB e pelo DEM.”
Sendo ou não corretas as avaliações dos aliados de Aécio, uma coisa é certa: eles estão em plena campanha para que o governador de Minas assuma o lugar do de São Paulo na corrida presidencial.
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), passou o dia negando que pense em voltar a ser candidato do PSDB a presidente da República, no lugar do governador de São Paulo, José Serra. Não convenceu. E o motivo é sua bancada.
Parlamentares do PSDB, do DEM e até de partidos que no plano nacional apóiam o governo Luiz Inácio Lula da Silva estão em campanha aberta pela desistência de Serra, e para que Aécio assuma como o candidato da legenda.
Presidente nacional do Partido Democratas, o deputado Rodrigo Maia (RJ) diz-se preocupado: “Temo pelos próprios mineiros, que já se frustraram quando Aécio anunciou que seria candidato ao Senado. Agora eles podem se decepcionar novamente, apostando na desistência de Serra. Esse jogo é muito ruim tanto para o PSDB como para todos nós que estamos juntos.”
Mal ele acabou de falar, seu colega de partido, o deputado mineiro Marcos Monte, retrucou: “A verdade é que, em Minas, não há empolgação pela candidatura Serra, com a gente sabendo que o Aécio seria um candidato muito melhor.”
Coordenador da bancada mineira na Câmara, Nárcio Rodrigues (PSDB) explica o sentimento do grupo: “O que irrita é que a cúpula do PSDB sequer levou em conta a candidatura Aécio. Os paulistas decidiram que o candidato é o Serra e ponto final. Quando todos sabemos que o Aécio tem muito maior capacidade de agregação. E agora, para irritar muito mais, vêm com a história de que o Aécio tem que ser vice. Que se não for, será o culpado pela derrota do Serra. Ora, o Serra é que tem que correr atrás dos seus votos. Não pode culpar o Aécio.”
Na avaliação de Nárcio, se Serra desistir, os votos dele em São Paulo tendem a migrar para Aécio. Mas, se Serra for o candidato, será muito difícil os votos de Aécio migrarem para o governador de São Paulo.
“O fato é que Lula tem muita penetração em Minas. E, para piorar, a Dilma é mineira. Além disso, PMDB e PT tendem a fechar acordo no Estado. Fica muito difícil para o Serra penetrar nesse eleitorado”, explica.
Já o deputado Julio Delgado (PSB-MG) se diz mais otimista quanto à desistência de Serra, depois da solenidade em homenagem a Tancredo Neves no Congresso.
“Ao chegar no Congresso, Aécio estava sendo pressionado pela cúpula tucana a aceitar a vaga de vice do Serra. Mas acabou deixando claro para todos que é o melhor candidato a presidente da República. Serra ficou o tempo inteiro cercado pelos tucanos de São Paulo. Já Aécio saiu praticamente nos braços de aliados de todos os partidos, do PMDB ao meu PSB, passando pelo PSDB e pelo DEM.”
Sendo ou não corretas as avaliações dos aliados de Aécio, uma coisa é certa: eles estão em plena campanha para que o governador de Minas assuma o lugar do de São Paulo na corrida presidencial.
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