quinta-feira, 1 de abril de 2010

GOVERNO LULA:Ações do documento Saúde da Família atende 96,5 milhões

Programa de Saúde da Família já atende mais da metade da população
Autor(es): Wilson Tosta, Clarissa Thomé - O Estadao de S.Paulo RIO
O Estado de S. Paulo - 01/04/2010

A cobertura do Programa Saúde da Família (PSF) do governo federal atingiu 50,9% (96,5 milhões) da população em 2008, revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). A região com maior atendimento foi o Nordeste: 36,2 milhões, ou 67,7%, estavam inscritos no PSF, formado por equipes multiprofissionais.
Balanço. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2008, do IBGE, mostram crescimento contínuo do PSF desde a sua criação, há 16 anos. A Região Nordeste é a mais beneficiada do País, com 67,7% dos moradores cadastrados A cobertura do Programa Saúde da Família (PSF) ultrapassou, em 2008, 50% da população brasileira, revela o Suplemento Saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Saúde 2008), divulgado ontem, no Rio, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento, 96,5 milhões de pessoas viviam nos 27,4 milhões de domicílios cadastrados no PSF no período de coleta dos dados. O número está próximo da meta de 100 milhões de brasileiros proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início de seu governo. Criado há 16 anos, o PSF tem como objetivo reorganizar a assistência à saúde, substituindo o modelo centrado na rede hospitalar por um sistema que estimule a prevenção e os cuidados com a saúde. Cada uma das equipes do programa - compostas por médico, enfermeira, auxiliares de enfermagem, dentista e agentes comunitários - se responsabiliza pelo acompanhamento de 3 mil a 4,5 mil pessoas de uma determinada área. A ideia é que esses pacientes deixem de procurar os hospitais para solucionar problemas simples, pois têm a assistência de uma equipe perto de casa.
Embora os dados do IBGE confirmem o crescimento contínuo da cobertura do PSF, os números ainda são muito desiguais no País. A região mais atendida é o Nordeste, com 67,7 % dos habitantes cadastrados. A menor cobertura está no Sudeste - 35,9% (mais informações nesta pág.).
Ainda segundo a pesquisa, o PSF teve grande impacto entre os mais pobres: 54% do total de domicílios com rendimento mensal per capita de até dois salários mínimos eram atendidos, enquanto apenas 16,3% dos lares de cinco salários mínimos per capita ou mais integravam o PSF. Desafios. "O ideal é que toda a população do SUS - pelo menos 75% dos brasileiros - esteja coberta. Nossos desafios são as regiões metropolitanas do Sudeste", disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Para Maria Fátima de Souza, do Núcleo de Estudos em Saúde Pública da UnB, o problema é que, nas grandes capitais, ainda há muita resistência para a implantação de políticas em que o foco é a atenção básica. "Ainda predomina a cultura de que o investimento em saúde deve ser feito no nível da alta complexidade. São priorizados hospitais, medicamentos e equipamentos em vez da saúde preventiva."
O próprio ministério da Saúde, diz Maria de Fátima, investe mais na formação de médicos especialistas do que na de generalistas, que são os profissionais mais indicados para integrar o PSF e são escassos no País.
"Como essas equipes estabelecem ao longo dos anos um vínculo com a população, essa estratégia é a mais adequada para o cuidado das doenças crônicas, que têm aumentado porque a população está vivendo mais", diz Ligia Giovanella, da Escola Nacional de Saúde Pública. / COLABOROU KARINA TOLEDO



Um comentário:

Anônimo disse...

"O próprio ministério da Saúde, diz Maria de Fátima, investe mais na formação de médicos especialistas do que na de generalistas, que são os profissionais mais indicados para integrar o PSF e são escassos no País."
a medicina na UFSCar (SP) tinha esse objetivo. porem como pretende formar esses medicos se as atividades do quinto ano de medicina foram suspensas pela propria coordenaçao do curso?