Quando os brasileiros elegeram Luiz Inácio Lula da Silva presidente pela primeira vez, em 2002, os capitalistas selvagens do país checaram, nervosos, os medidores de combustível de seus jatos particulares. Eles tinham transformado o Brasil em um dos lugares mais desiguais do planeta e agora parecia que tinha chegado a hora da revanche.
Por Michael Moore*, na revista Time
Lula, 64 anos, era um verdadeiro filho das classes trabalhadoras da América Latina — na verdade, um dos membros fundadores do Partido dos Trabalhadores — que já havia sido preso por liderar uma greve.
Quando Lula finalmente conquistou a Presidência, após três tentativas frustradas, já era uma figura conhecida na vida nacional brasileira. Mas o que o levou à política, em primeiro lugar? Foi sua experiência pessoal de como os brasileiros têm que trabalhar duro para sobreviver? Foi ter sido forçado a abandonar a escola depois da quinta série para sustentar sua família? Foi ter trabalhado como engraxate? Foi ter perdido parte de um dedo em um acidente de trabalho?
Não. Foi quando, aos 25 anos, viu sua esposa, Maria, morrer durante o oitavo mês de gravidez, junto com o filho, porque não podiam arcar com cuidados médicos decentes.
Há uma lição aqui para os bilionários do mundo: deem ao povo boa assistência médica, e ele causará muito menos problemas.
E aqui está uma lição para o resto de nós: a grande ironia da Presidência de Lula — ele foi eleito para um segundo mandato em 2006, que se encerra no final deste ano — é que, enquanto ele tenta levar o Brasil ao Primeiro Mundo, com programas sociais como o Fome Zero, que visa acabar com a fome, e com planos para melhorar a educação oferecida aos membros da classe trabalhadora do Brasil, os Estados Unidos se parecem cada vez mais com o antigo Terceiro Mundo.
O que Lula quer para o Brasil é o que costumávamos chamar de sonho americano. Nós, nos Estados Unidos, em compensação, onde o 1% mais rico possui mais do que os 95% mais pobres somados, estamos vivendo em uma sociedade que está rapidamente se tornando mais parecida com o Brasil.
* Michael Moore é cineasta. Dirigiu Tiros em Columbine, Fahrenheit 11 de Setembro e Sicko — $O$ Saúde, entre outros filmes. Fonte:Vermelho
Quando Lula finalmente conquistou a Presidência, após três tentativas frustradas, já era uma figura conhecida na vida nacional brasileira. Mas o que o levou à política, em primeiro lugar? Foi sua experiência pessoal de como os brasileiros têm que trabalhar duro para sobreviver? Foi ter sido forçado a abandonar a escola depois da quinta série para sustentar sua família? Foi ter trabalhado como engraxate? Foi ter perdido parte de um dedo em um acidente de trabalho?
Não. Foi quando, aos 25 anos, viu sua esposa, Maria, morrer durante o oitavo mês de gravidez, junto com o filho, porque não podiam arcar com cuidados médicos decentes.
Há uma lição aqui para os bilionários do mundo: deem ao povo boa assistência médica, e ele causará muito menos problemas.
E aqui está uma lição para o resto de nós: a grande ironia da Presidência de Lula — ele foi eleito para um segundo mandato em 2006, que se encerra no final deste ano — é que, enquanto ele tenta levar o Brasil ao Primeiro Mundo, com programas sociais como o Fome Zero, que visa acabar com a fome, e com planos para melhorar a educação oferecida aos membros da classe trabalhadora do Brasil, os Estados Unidos se parecem cada vez mais com o antigo Terceiro Mundo.
O que Lula quer para o Brasil é o que costumávamos chamar de sonho americano. Nós, nos Estados Unidos, em compensação, onde o 1% mais rico possui mais do que os 95% mais pobres somados, estamos vivendo em uma sociedade que está rapidamente se tornando mais parecida com o Brasil.
* Michael Moore é cineasta. Dirigiu Tiros em Columbine, Fahrenheit 11 de Setembro e Sicko — $O$ Saúde, entre outros filmes. Fonte:Vermelho
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