Por Mariana Nassif
As grandes mídias têm comentado aos quatro ventos casos e mais casos de pedofilia envolvendo a Igreja Católica, especialmente. Padres, que por dever e determinação “nata” seriam pessoas especiais, espécie de ponte entre o céu e a terra, pairam, agora, no inferno.
As multidões julgam, condenam, criticam a construção de um celibato que impõe severas penas às sociedades que não seguirem os mandamentos divinos e que acabam, elas mesmas, por infringir a conduta primordial humana: o livre arbítrio. Sim, porque se trata de livre arbítrio quando duas pessoas querem trocar carícias, tornar-se íntimo um do outro, quem sabe até realizando fantasias impublicáveis. Mas é a escolha de duas pessoas. E não a sobreposição do desejo – doentio – de uma imposta sobre a fragilidade infantil de outra.
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