Do UOL Notícias
Em Brasília
O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva comemorou nesta segunda-feira (24) com seus ministros como uma segunda vitória a informação de que o Irã entregou à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a carta com os detalhes sobre o acordo nuclear assinado com Brasil e a Turquia na última segunda-feira (17).
A ideia do relatório iraniano é explicar o acordo de trocar urânio de baixo enriquecimento por combustível e,assim, diminuir o temor de que o país teria condições de produzir armas nucleares. Além disso, a demonstração de compromisso é de evitar que o Irã sofra as possíveis sanções propostas pelos Estados Unidos. O documento será avaliado pelos países membros da AIEA: Estados Unidos, França e Rússia.
Na avaliação de Lula, a entrega da carta é mais uma resposta positiva de que o governo de Ahmadinejad já está cumprindo o cronograma de trabalho definido na semana passada.
Mais cedo, Lula reiterou que a declaração assinada na última semana entre Brasil, Turquia e Irã não é um "acordo nuclear", mas o resultado de um esforço para que a República Islâmica aceitasse negociar sobre seu programa de energia atômica.
A resistência do país persa em negociar era um dos principais argumentos de integrante do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para aplicar nova rodada de sanções.
"É importante que o Brasil compreenda de uma vez por todas que nós não fomos lá para negociar acordo nuclear. Nós não temos procuração para isso", afirmou Lula no programa de rádio semanal "Café com o Presidente".
"O que nós fomos lá, foi para tentar convencer o Irã a aceitar uma proposta feita pela Turquia e pelo Brasil, de sentar na mesa de negociações, e isso nós conseguimos. E a ONU queria fazer sanções exatamente porque o Irã não queria sentar para negociar, então, o Irã vai sentar para negociar", disse Lula.
O Irã entregou, nesta segunda-feira, documento à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), sob o qual se compromete a entregar parte de seu urânio enriquecido. A República Islâmica classificou o acordo como um passo importante no caminho da solução de um impasse com potências mundiais que agora buscam a imposição de sanções ao país.
"Ou seja, então, se isso acontecer, é o cumprimento da primeira parte, sabe, do nosso acordo, e isso está tudo escrito lá. Obviamente que esse plano é a abertura para começar as negociações", explicou Lula. Para o presidente, depois do envio da carta, "virão as conversações com a agência da ONU, o depósito de urânio na Turquia e o prazo para que o Irã receba o combustível enriquecido. Se tudo isso acontecer, significa o cumprimeiro da primeira parte de nosso acordo (...)"
O país persa já alertou, no entanto, que abandonará o acordo firmado na última semana se o Conselho de Segurança impuser nova rodada de sanções.
Após a assinatura do acordo entre Irã, Brasil e Turquia, os EUA anunciaram que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU concordaram com um texto que propõe mais sanções à República Islâmica por conta de seu programa nuclear.
A declaração de Teerã era tida pela comunidade internacional como um instrumento que resultaria em maior confiança na República Islâmica. A tese consta inclusive de carta enviada há aproximadamente duas semanas pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao governo brasileiro.
*Com informações das agências Reuters e AFP
Em Brasília
O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva comemorou nesta segunda-feira (24) com seus ministros como uma segunda vitória a informação de que o Irã entregou à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a carta com os detalhes sobre o acordo nuclear assinado com Brasil e a Turquia na última segunda-feira (17).
A ideia do relatório iraniano é explicar o acordo de trocar urânio de baixo enriquecimento por combustível e,assim, diminuir o temor de que o país teria condições de produzir armas nucleares. Além disso, a demonstração de compromisso é de evitar que o Irã sofra as possíveis sanções propostas pelos Estados Unidos. O documento será avaliado pelos países membros da AIEA: Estados Unidos, França e Rússia.
Na avaliação de Lula, a entrega da carta é mais uma resposta positiva de que o governo de Ahmadinejad já está cumprindo o cronograma de trabalho definido na semana passada.
Mais cedo, Lula reiterou que a declaração assinada na última semana entre Brasil, Turquia e Irã não é um "acordo nuclear", mas o resultado de um esforço para que a República Islâmica aceitasse negociar sobre seu programa de energia atômica.
A resistência do país persa em negociar era um dos principais argumentos de integrante do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para aplicar nova rodada de sanções.
"É importante que o Brasil compreenda de uma vez por todas que nós não fomos lá para negociar acordo nuclear. Nós não temos procuração para isso", afirmou Lula no programa de rádio semanal "Café com o Presidente".
"O que nós fomos lá, foi para tentar convencer o Irã a aceitar uma proposta feita pela Turquia e pelo Brasil, de sentar na mesa de negociações, e isso nós conseguimos. E a ONU queria fazer sanções exatamente porque o Irã não queria sentar para negociar, então, o Irã vai sentar para negociar", disse Lula.
O Irã entregou, nesta segunda-feira, documento à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), sob o qual se compromete a entregar parte de seu urânio enriquecido. A República Islâmica classificou o acordo como um passo importante no caminho da solução de um impasse com potências mundiais que agora buscam a imposição de sanções ao país.
"Ou seja, então, se isso acontecer, é o cumprimento da primeira parte, sabe, do nosso acordo, e isso está tudo escrito lá. Obviamente que esse plano é a abertura para começar as negociações", explicou Lula. Para o presidente, depois do envio da carta, "virão as conversações com a agência da ONU, o depósito de urânio na Turquia e o prazo para que o Irã receba o combustível enriquecido. Se tudo isso acontecer, significa o cumprimeiro da primeira parte de nosso acordo (...)"
O país persa já alertou, no entanto, que abandonará o acordo firmado na última semana se o Conselho de Segurança impuser nova rodada de sanções.
Após a assinatura do acordo entre Irã, Brasil e Turquia, os EUA anunciaram que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU concordaram com um texto que propõe mais sanções à República Islâmica por conta de seu programa nuclear.
A declaração de Teerã era tida pela comunidade internacional como um instrumento que resultaria em maior confiança na República Islâmica. A tese consta inclusive de carta enviada há aproximadamente duas semanas pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao governo brasileiro.
*Com informações das agências Reuters e AFP
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