Em um mês, o Datafolha “deu” e “tirou” 12 pontos de Serra para ajustar os números do instituto à evidência incontornável de um crescimento generalizado de Dilma em todo o país, conforme os levantamentos da Sensus e da Vox Populi já haviam sinalizado.
Mais do que colocar o instituto da família Frias e seu diretor, Mauro Paulino, sob suspeição, o cavalo-de-pau de agora, com o empate entre os dois presidenciáveis, reflete uma crise de identidade na candidatura Serra. O patético figurino de um candidato “cordial progressista” tentado nos últimos meses derreteu pelo artificialismo abusivo que nenhum gênio do marketing pode contornar.
A “virada” do Datafolha não resultou apenas da exposição de Dilma no programa eleitoral do PT, como quer o reducionismo conveniente dos “analistas”da página 2. Acontece que o figurino “cordial progressista”, quase lulista, de Serra fere uma percepção difusa, porém marmorizado no imaginário social, que é a oposição golpista, sistemática, da própria mídia ao governo Lula, indissociável de seu alinhamento escandaloso à candidatura demo-tucana.
As manobras em alta velocidade do Datafolha apenas corroboram essa adesão agressiva. O que se está colhendo agora é o efeito bumerangue dessa endogamia despudorada: o golpismo de seus aliados na mídia denuncia a farsa de um Serra “continuador” do governo Lula.
Evidencia, ademais, uma profunda crise de identidade de sua estratégia eleitoral, decorrente da falta de um projeto político e econômico convincente para o país. Só o Datafolha ainda não havia mensurado o desdobramento desse vazio, mas agora não dava mais para esconder.
As coisas então ficam assim: ou a mídia muda totalmente seu discurso golpista e adere ao “lulismo” de Serra — com as consequências eleitorais desse “ajuste”; ou Serra sai do armário e se junta ao udenismo lacerdista do diretório midiático.
Carta Maior (http://www.cartamaior.com.br/)
Mais do que colocar o instituto da família Frias e seu diretor, Mauro Paulino, sob suspeição, o cavalo-de-pau de agora, com o empate entre os dois presidenciáveis, reflete uma crise de identidade na candidatura Serra. O patético figurino de um candidato “cordial progressista” tentado nos últimos meses derreteu pelo artificialismo abusivo que nenhum gênio do marketing pode contornar.
A “virada” do Datafolha não resultou apenas da exposição de Dilma no programa eleitoral do PT, como quer o reducionismo conveniente dos “analistas”da página 2. Acontece que o figurino “cordial progressista”, quase lulista, de Serra fere uma percepção difusa, porém marmorizado no imaginário social, que é a oposição golpista, sistemática, da própria mídia ao governo Lula, indissociável de seu alinhamento escandaloso à candidatura demo-tucana.
As manobras em alta velocidade do Datafolha apenas corroboram essa adesão agressiva. O que se está colhendo agora é o efeito bumerangue dessa endogamia despudorada: o golpismo de seus aliados na mídia denuncia a farsa de um Serra “continuador” do governo Lula.
Evidencia, ademais, uma profunda crise de identidade de sua estratégia eleitoral, decorrente da falta de um projeto político e econômico convincente para o país. Só o Datafolha ainda não havia mensurado o desdobramento desse vazio, mas agora não dava mais para esconder.
As coisas então ficam assim: ou a mídia muda totalmente seu discurso golpista e adere ao “lulismo” de Serra — com as consequências eleitorais desse “ajuste”; ou Serra sai do armário e se junta ao udenismo lacerdista do diretório midiático.
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