sexta-feira, 11 de junho de 2010

Chefe de gabinete diz que Efraim sabia de funcionárias fantasmas

Servidora diz que faltas eram abonadas por ordem do senador.
Ele não tinha conhecimento do que ocorreu após a contratação, diz assessoria.

Guilherme Portanova e João Cláudio Netto Da TV Globo, em Brasília
Em depoimento à Polícia Legislativa do Senado sobre o caso da contratação de funcionárias fantasmas, a chefe de gabinete do senador Efraim Moraes (DEM-PB), Mariangela Cascão, confirmou na última sexta-feira (4) que todas as nomeações foram determinadas exclusivamente pelo parlamentar. A TV Globo teve acesso à íntegra do depoimento nesta quinta-feira (10).

Segundo Mariangela, as duas funcionárias –as irmãs Kelly e Kelriany, que denunciaram as próprias contratações– jamais estiveram no gabinete. A chefe de gabinete disse que achava que seriam funcionárias que exerciam funções na Paraíba, embora uma das duas fosse obrigada a cumprir jornada em Brasília. As faltas, segundo a chefia, eram abonadas por ordem de Efraim Morais.

A assessoria de Efraim Morais informou que conforme a resolução 63/97 do Regimento Interno do Senado é de responsabilidade do senador a contratação dos funcionários. O que aconteceu após a efetivação das funcionárias não é de conhecimento do senador, informou.

Kelly e Kelriany moram em Sobradinho e estavam desempregadas. Ambas faziam cursos de formação profissional de nível médio. Contam que uma amiga, Mônica Bicalho, as procurou oferecendo uma bolsa de auxílio para estudantes. O benefício de R$ 100 por mês seria concedido pela Universidade de Brasília (UnB). Elas aceitaram a oferta, preencheram os papéis e fizeram um exame de saúde que acreditaram ser destinado a atestar aptidão para os cursos.

Um ano depois, Kelriany foi abrir uma conta no Banco do Brasil e descobriu que já tinha conta, era funcionária do Senado e já havia dito antecipação da restituição do Imposto de Renda. A conta foi aberta com procuração por Katia Bicalho, irmã de Monica. Extratos bancários dela mostram que já houve vencimentos de mais de R$ 6 mil no ano passado. E mostram mais: transferências mensais da conta de Kelriany para as contas de familiares de Monica e Katia.

Mônica Bicalho e Kátia Bicalho afirmaram no dia 31 de maio, em depoimentos que duraram quase 12 horas na Polícia do Senado, que ficavam com parte do salário das irmãs Kelly e Kelriany Nascimento porque estas tinham uma dívida com elas.

O valor da suposta dívida não foi revelado nem pela Polícia do Senado nem pelo advogado de Mônica e Kátia Bicalho, Cleber Lopes. A Polícia do Senado afirmou que Kátia disse em seu depoimento que somente R$ 100 dos R$ 3,8 mil de salário mensal era repassado por mês para cada irmã por causa da dívida.
DEM O PARTIDO MAIS CORRUPTO DO BRASIL É O ALIDO DO SERRA.

Um comentário:

Morais disse...

E a imprensa finge que nada está acontecendo com o Efraim mas se fosse um petista estaria sempre na primeira página, mas não tem problema pois eles usando todas as táticas possíveis para blindar o Serra e seua amigos não conseguirão para a Dilma que cresce a cada dia e será eleita em outubro.