"Nós aprendemos a gostar da estabilidade, do controle da inflação, e da distribuição de renda. Acabamos com o PIB potencial, que era uma imbecilidade de economista, de que o país não podia crescer mais de 3%. Aprendemos que é gostoso crescer 4%, 5%, 6% (ao ano). Não queremos crescer demais porque não queremos ser sanfona - vai a 10% e volta. Queremos crescimento sustentável que dure 10 anos, 15 anos". A análise é do presidente Lula, feita em evento na fábrica de pneus Michelin, no Rio.
Muito bom o enquadramento, um "chega pra lá" que ele dá nos defensores da tese do PIB potencial - muitos deles encastelados no nosso Banco Central (BC); nos que, alinhados na oposição espalham pânico, terror mesmo, na defesa de índices menores de crescimento econômico; e naqueles economistas que só pensam em limitar índices e não querem que o país cresça nem a niveis compatíveis com a sua capacidade - teoria classificada pelo presidente como uma "imbecilidade".
O presidente Lula está coberto de razão, também, quando volta a responsabilizar os países desenvolvidos pela crise econômica. "Se o mundo desenvolvido vivia nos dando lição de moral, devia agora, com humildade, vir aprender a fazer política econômica, combinar controle de inflação com distribuição de renda", destacou o chefe do governo, com a autoridade de quem adotou as medidas anticrise necessárias e adequadas que levaram o Brasil, último a entrar na crise, a ser o primeiro a sair dela já no início do segundo trimestre do ano passado.
Esforço conjugado do governo levou a superação da crise
O Brasil não teria obtido êxito se paralelamente à implementação dessas medidas não tivessem sido mantidos os investimentos públicos via Orçamento da União; os programas sociais - com destaque para o Bolsa Família; os aumentos reais do salário mínimo e dos benefícios da Previdência; e as políticas de governo de ampliação do emprego e distribuição de renda.
Tampouco teríamos saído do sufoco da crise se os bancos públicos - o BNDES à frente - não tivessem desempenhado o seu papel a contento. Nos oito anos do atual governo, como bem lembrou o presidente, o volume de crédito cresceu cinco vezes, começando pela elevação (o dobro) do destinado à agricultura familiar.
Superado o pior, o presidente tem autoridade para fazer essas considerações, principalmente porque tocou todas essas medidas enfrentando cerrada oposição dos tucanos e cia que não tiveram nem a compreensão da gravidade do momento que o país vivia e nem capacidade de avaliar o alcance das providências adotadas. BLOG DO ZÉ
As obsessões de Serra
As obsessões de Serra
O candidato da oposição a Presidente da República, José Serra (PSDB-DEM-PPS) está focado, bem orientado, eu diria melhor, até obcecado em explorar programas, projetos, obras e idéias bem sucedidos e que marcam o governo Lula. A cada semana, quando não mais de uma vez por semana, ele acrescenta uma nova à lista de promessas que faz na campanha eleitoral.
Como não tem programa próprio - nem discurso, meta ou rumo para o país - se apossa das propostas implementadas ou em execução pela atual administração federal. Agora acena com a promessa de concessão de bolsas de ensino técnico para alunos beneficiados pelo Bolsa Família a ser paga de forma articulada pelos três entes federativos (União-Estados-municípios). O candidato da oposição a Presidente da República, José Serra (PSDB-DEM-PPS) está focado, bem orientado, eu diria melhor, até obcecado em explorar programas, projetos, obras e idéias bem sucedidos e que marcam o governo Lula. A cada semana, quando não mais de uma vez por semana, ele acrescenta uma nova à lista de promessas que faz na campanha eleitoral.
O Bolsa Família é o programa que os tucanos a vida inteira chamaram de "Bolsa Esmola", anunciaram sua extinção caso Serra se elegesse e agora passam o tempo todo tentando desmentir essa intenção.
A promessa da semana
O candidato faz a promessa mas não esclarece que esse é um programa que o governo Lula já vem expandindo, além de criar para o nível universitário o ProUni - Programa Universidade para Todos, que já contempla mais de 600 mil alunos de famílias com renda entre um e meio a três salários mínimos.
O governo Lula aumentou, também, o número de vagas nas universidades públicas, o que não acontecia no governo FHC-Serra (1995-2002).Pelo contrário, o discurso e a meta deles era instituir a cobrança de anuidade nas universidades públicas e a privatização do ensino.
Por que Serra foca essa questão essa semana? Porque é uma das áreas mais bem sucedidas do atual governo. O presidente Lula inaugurou em fevereiro deste ano, de forma simultânea e a partir de Brasília, por teleconferência, 78 escolas federais de educação profissional em cidades de 19 Estados de todas as regiões do país.
Com a entrega dessas unidades, já são 141 as escolas técnicas criadas por seu governo, além de mais 99 em construção e que estarão prontas até o final do ano, totalizando 240 estabelecimentos do gênero construídos só nesse governo. Assim, a rede federal de ensino técnico disporá, então, de um total de meio milhão de vagas criadas nos últimos oito anos, na maior expansão de sua história.
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Um comentário:
O GOVERNO FHC QUERIA ACABAR COM AS ESCOLAS TECNICAS E FATECs .
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