Lula filho do Brasil

1. Ao começar em Caetés o programa “Um computador por aluno”:

"Ele [o ministro da Educação, Fernando Haddad] falou que tem um monte de critério (para indicar uma cidade), mas eu falei que não tinha problema nenhum. Se alguém perguntar pra você (ministro) qual o critério que entrou em Caetés, você diga que foi o critério Lula, de querer trazer o computador para a cidade em que eu nasci, pra que essas crianças tenham mil vezes mais oportunidades do que eu tive na idade deles", disse o presidente.

O presidente foi às lágrimas durante o discurso de Damirez Raquel Ferreira Lopes, 15 anos, estudante do 2º ano da Escola estadual Luiz Pereira Júnior:

"Você é meu exemplo vivo e me faz pensar em ir além, me estimula a não desistir".
2. Com os parentes

Seu Sebastião Ferreira, 59 anos, contou ter orgulho de ser "primo legítimo" do presidente, que está em ritmo de despedida do mandato. Segundo ele, a alegria de ter um familiar importante não é pelo fato de o petista ajudar a família, com a força do cargo que tem, mas por se importar com todas as pessoas mais carentes. Questionado se Lula ajudava financeiramente a família, que continua vivendo humildemente, ele respondeu de pronto. "Ele ajuda o país inteiro, não parente", observou. Sebastião acrescentou estar disposto para votar na presidenciável Dilma Rousseff (PT), por entender que ela corresponde às expectativas de Lula. "Se ele lança uma candidata é porque tem confiança na capacidade dela", declarou.

Misturada em meio aos moradores da cidade que foram ver o conterrâneo, uma mulher, que não era parente de Lula, também chamou a atenção da reportagem. Chama-se Quitéria Francisca Pereira, de 77 anos, "aposentada há mais de 100", segundo relatou em tom de brincadeira. Estava esperando o momento de entrar para ver Lula lançar o programa que promete mudar a realidade dos estudantes de Caetés, com inclusão digital. Ela contou ter conhecido o presidente quando ele ainda era criança, bem como a mãe dele, dona Lindu.

Segundo dona Quitéria, o presidente era travesso, "quando menino", mas ajudava a mãe plantar mandioca. Por esse motivo e todo esse esforço, de acordo com ela, o sucesso de Lula é mais do que merecido. Indagada sobre o que achava do presidente, ela ressaltou que já sentia saudade: "A gente fica bem alegre quando lembra dele. Sabe aquela pessoa que se prepara para ser padre? É a mesma coisa de ser presidente. Todos dois ajudam as pessoas. O padre aconselha para não errar e o presidente é tudo".

Já o Tio Cardoso, fundador do PT em Caetés, fez uma análise dos oito anos de gestão do primo: “Lula encontrou um trem virado. Ele refez os trilhos, botou o trem neles e agora esse trem está andando como nunca andou antes”, comparou, elogiando a gestão petista. “O problema é que a oposição não se contenta. Mas eles precisam admitir que saímos de 500 anos de recessão, e hoje os grandes líderes mundiais dizem que em 2016 o Brasil não vai mais ter miséria”, emendou.

(Com informações do Diário de Pernambuco e Jornal do Commercio)