sexta-feira, 9 de julho de 2010

MARCONI PERILLO: STF abre inquérito contra senador do PSDB



PF investiga se Marconi Perillo recebeu R$ 2 mi de propina em troca de benefícios fiscais a frigoríficos; ele nega

Investigação faz parte da Operação Perseu, que em 2004 resultou na prisão de 12 pessoas por sonegação fiscal

FILIPE COUTINHO
FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA

Favorito para o governo de Goiás, o senador Marconi Perillo (PSDB) é investigado no Supremo Tribunal Federal pela suspeita de ter recebido R$ 2 milhões de propina de frigoríficos quando governou o Estado (1999 -2006).
Perillo é vice-presidente do Senado. A investigação contra o senador é um desdobramento da Operação Perseu, realizada pela Polícia Federal em 2004, que prendeu 12 pessoas envolvidas em esquema de sonegação fiscal de R$ 150 milhões praticada por frigoríficos.
Interceptações telefônicas realizadas pela PF revelam conversas entre quatro empresários do ramo que discutiam subornar Perillo, segundo a investigação, para que o governo modificasse leis estaduais em benefício do setor. Dos 4 grampeados, 2 foram presos pela PF.
"Foi instaurado procedimento noticiando a suposta prática de corrupção passiva envolvendo Marconi Perillo, consubstanciada no recebimento de R$ 2 milhões para alteração da legislação tributária", diz a Procuradoria-Geral da República no pedido de abertura de inquérito.
A defesa do senador afirma que ele é inocente.
Nos diálogos interceptados entre agosto e setembro de 2004, os investigados dizem que o senador concederia, em troca de propina, benefício fiscal de 7% para os frigoríficos pagarem dívidas tributárias com o Estado. O índice foi concedido por uma lei promulgada três meses depois das conversas.
Relatório da PF que descreve os grampos revela conversas do empresário Ney Padilha, preso pela PF, com Rodrigo Siqueira, ex-sócio da empresa Goiás Carnes, sobre os benefícios fiscais.
Diz o relatório: "Rodrigo diz que "só precisa fazer essas coisas aí, aquela parte que é esquisita". Ney pergunta que parte. Rodrigo responde: "você conhece político né". Ney diz "tem que acertar né'", informa a transcrição.
Em outro trecho, a PF relata conversa do empresário Gustavo Penasso (frigorífico Centro Oeste) com Mauro Suaiden em que discutem como "ajudar" Perillo com R$ 2 milhões, que seriam rateados pelas empresas.
Três dias depois, a PF interceptou telefonema em que Penasso diz que ao menos um empresário já teria pago a propina e que Rodrigo também iria pagar.
Por ordem do STF, já foram ouvidas quatro pessoas no inquérito. O ex-secretário de Fazenda José Paulo Loureiro disse desconhecer o suborno, mas admitiu que Perillo tratava diretamente com os empresários do setor.
Presos pela PF na operação Perseu, Ney Padilha e Mauro Suaiden eram donos do frigorífico Margen. Antes da operação, ele era o segundo maior do país.

3 comentários:

Anônimo disse...

Que vergonha Senador Tucano...Moro aqui e tenho vergonha de saber que você é senador representante do nosso Estado de Goiás. Até estava pensando em votar nele para Governador, mais depois dessa, nunca mais... Aqui a mídia de Goiás também parece ser Tucana pois nada fala sobre esse caso.

cardoso disse...

Para falar em política e na mídia de Goiás, se é que essas duas classes podem ser chamadas pelo nome certo, desnecessário usar o anonimato, pois tudo que se falar de ruim é verdade e como tal merece inteira credibilidade da opinião pública. Votei no Iris Rezende Machado em sua primeira eleição para o governo de Goiás, votei no Marconni Perillo em suas duas eleições para ver derrotado o Iris e diante do que a mídia de Goiás nunca falaria mas a mídia nacional já estampou em manchetes bem claras, não voto nem votaria em nenhum deles, nem se o meu voto fosse antídoto para me salvar a vida, tenho asco da corrupção por que o que se rouba é dinheiro meu dos meus impostos pagos com dificuldades em prejuizo da minha família. Desejaria mesmo era que houvesse possibilidade política de não se eleger nenhum dos candidatos e ter que realizar outra eleição para o mesmo cargo, o que não é este caso pois temos aí outros candidatos e qualquer um que for eleito, menos Iris e Marconni, se não for bom de administração, não será tão nocivo aos cofres públicos de Goiás.

cardoso disse...

Ontem, 25/07/2010 um canal de TV, desses que comercializam DEUSES e vendem a salvação, realizou um debate político com a presença dos 3 candidatos ao governo do Estado, o Cacicão IRIS REZENDE MACHADO, o Caciquim Senador Marconni Perillo (aquele que tentou dar um golpe no Governo Lula quando quis tomar a presidencia do Senado do não tão menos corrupto Sarney) mas que não conseguiu devido ter tido apoio apenas de um grupinho de corruptos como ele que estão no PSDB/DEM, pois é, esse debate político fedeu tal qual fede uma latrina a céu aberto, com tanta mentira, hipocrisia e falsidade principalmente quando o assunto foi "CACHOEIRA DOURADA" a Hidroelétrica de Goiás, maior e mais importante patrimônio do Estado, vendida para gastos na política do PMDB quando o Senadorzinho Maguito Vilela foi candidato e o cacicão IRIS REZENDE, teve a coragem de dizer que foi contra a venda do grande patrimonio do Estado, o que foi suficiente para que fosse equiparado a esses últimos assasinos das esposas, cuja Justiça encontra dificuldade para elucidar os casos. Safados inteligentes, ou criminosos ladrões do patrimonio público que deveriam estar atrás das grades ha muitos anos atrás?