Jarbas Vasconcelos, vocês lembram, é aquele senador que, com indignação à altura da revista Veja, um dia afirmou nas páginas amarelas que o Bolsa Família servia apenas para gerar malandros ou incentivar as pessoas do povo para a vadiagem. E como prova declarou que conhecia um garçom que deixara de trabalhar pra viver da “bolsa esmola” de Lula, como pode ser visto aqui http://www.diretodaredacao.com/site/noticias/index.php?not=4509
Naquela altura, o bravo senador era um varão de Plutarco, segundo as páginas e imagens da imprensa amarela em inglês e marrom no Brasil. Indignado, ele protestava contra os desonestos, bandidos e ladrões do seu partido, a falar para o Jornal Nacional e a Folha de São Paulo... Paro um pouco pra notar que escrevi “bandidos do seu partido” num ato falho. Isso pode ser interpretado como bandidos da laia do insigne senador, mas tal não foi minha intenção, creiam: quis apenas dizer “bandidos” que existem no partido onde o senador ainda se encontra, o PMDB. Entendam.
Então? como perguntam os paulistas. Então, meus pacientes amigos, o senador apresentou ontem a sua última declaração, devo dizer, a declaração atualizada de bens ao TRE de Pernambuco:
“Jarbas Vasconcelos – Candidato a Governador
Obras de arte (jóias, quadros, objetos de arte) - R$198.217,20
Camarote nº1 do Estádio Adelmar da Costa Carvalho - R$11.254,68
Casa no Rosarinho - R$100.000,00
Apartamento Pier Mauricio de Nassau - R$130.000,00
Saldo Conta Corrente Banco Real - R$547,24
Saldo Conta Corrente Banco do Brasil - R$1.441,60
Casa no Janga - R$120.000,00
Conta Corrente Banco do Brasil - R$341,98
Automóvel Peugeot, fab.2009 mod. 2010 - R$35.690,00
Banco Santander Real fundo de investimento renda fixa - R$215.296,30
Apartamento Pier Mauricio de Nassau ( a ser pago em parcelas) - R$ 403.771,85”
Para dizer o mínimo, a declaração acima, assim como aquela sobre o garçom malandro, peca pela falta de verossimilhança. Ainda que por lei os candidatos não sejam obrigados a fornecer uma cópia da declaração de Imposto de Renda à Justiça Eleitoral, nós, comuns mortais, bem que podemos comparar os valores declarados com os do mundo real. Em se tratando de Jarbas Vasconcelos, paladino da boa moral, o que dizer do que ele afirma e firma? Primeiro, na sua declaração a parcela real é maior que o todo da soma de Plutarco. A saber: os dois apartamentos valem, no mundo imoral dos imóveis, algo em torno de 1.700.000 reais. (Informações da Moura Dubeux, http://www.mouradubeux.com.br/home/administrador/empreendimentos/unidades/01072010125510.pdf). Esses dois apartamentos dignos de um senador vão além do total 1.216.560,85 informado acima. É natural, eles estão no mais alto prédio do Recife, digamos.
Segundo, na parcela obras de arte então, Jarbas Vasconcelos dá um show de modéstia. Ou de esquecimento. Montaigne ensinava que a primeira qualidade do mentiroso é ter boa memória. Pelo visto, Jarbas Vasconcelos leu e esqueceu a lição, pois no que ele declara como 198 mil reais existem mais que bois e bonecos do mestre Vitalino. Em artigo publicado na revista Continente, pudemos ver que nas paredes de sua casinha no Rosarinho (que ele avalia em cem milzinhos), existem quadros de João Câmara, Reynaldo Fonseca, Cícero Dias, Siron Franco, Vicente do Rego Monteiro e Aldemir Martins. Bom gosto, reconheçamos, mas um só Vicente do Rego Monteiro e um modesto Cícero Dias, por exemplo, podem custar mais que 198 mil cangaceiros de barro. Mas o nobre senador esqueceu.
Na sua declaração ao TRE, o ínclito Jarbas só perdeu mesmo para o deputado federal Raul Jungmann, candidato a senador na sua chapa (de Jarbas). Raul, o ex-comunista da escola de Roberto Freire, declarou possuir bens num total de.... 17 mil reais. Notem que Raul recebe salários acima de 20 mil reais há dois mandatos e não tem, coitado, sequer uma casa pra morar, nem mesmo um fusca pra chamar de seu.
Dizer o quê diante desse modelo de pobreza, honra e virtude? - Para o PPS e assemelhados o cinismo não mata.
(No Direto da Redação, http://www.diretodaredacao.com/)
“Jarbas Vasconcelos – Candidato a Governador
Obras de arte (jóias, quadros, objetos de arte) - R$198.217,20
Camarote nº1 do Estádio Adelmar da Costa Carvalho - R$11.254,68
Casa no Rosarinho - R$100.000,00
Apartamento Pier Mauricio de Nassau - R$130.000,00
Saldo Conta Corrente Banco Real - R$547,24
Saldo Conta Corrente Banco do Brasil - R$1.441,60
Casa no Janga - R$120.000,00
Conta Corrente Banco do Brasil - R$341,98
Automóvel Peugeot, fab.2009 mod. 2010 - R$35.690,00
Banco Santander Real fundo de investimento renda fixa - R$215.296,30
Apartamento Pier Mauricio de Nassau ( a ser pago em parcelas) - R$ 403.771,85”
Para dizer o mínimo, a declaração acima, assim como aquela sobre o garçom malandro, peca pela falta de verossimilhança. Ainda que por lei os candidatos não sejam obrigados a fornecer uma cópia da declaração de Imposto de Renda à Justiça Eleitoral, nós, comuns mortais, bem que podemos comparar os valores declarados com os do mundo real. Em se tratando de Jarbas Vasconcelos, paladino da boa moral, o que dizer do que ele afirma e firma? Primeiro, na sua declaração a parcela real é maior que o todo da soma de Plutarco. A saber: os dois apartamentos valem, no mundo imoral dos imóveis, algo em torno de 1.700.000 reais. (Informações da Moura Dubeux, http://www.mouradubeux.com.br/home/administrador/empreendimentos/unidades/01072010125510.pdf). Esses dois apartamentos dignos de um senador vão além do total 1.216.560,85 informado acima. É natural, eles estão no mais alto prédio do Recife, digamos.
Segundo, na parcela obras de arte então, Jarbas Vasconcelos dá um show de modéstia. Ou de esquecimento. Montaigne ensinava que a primeira qualidade do mentiroso é ter boa memória. Pelo visto, Jarbas Vasconcelos leu e esqueceu a lição, pois no que ele declara como 198 mil reais existem mais que bois e bonecos do mestre Vitalino. Em artigo publicado na revista Continente, pudemos ver que nas paredes de sua casinha no Rosarinho (que ele avalia em cem milzinhos), existem quadros de João Câmara, Reynaldo Fonseca, Cícero Dias, Siron Franco, Vicente do Rego Monteiro e Aldemir Martins. Bom gosto, reconheçamos, mas um só Vicente do Rego Monteiro e um modesto Cícero Dias, por exemplo, podem custar mais que 198 mil cangaceiros de barro. Mas o nobre senador esqueceu.
Na sua declaração ao TRE, o ínclito Jarbas só perdeu mesmo para o deputado federal Raul Jungmann, candidato a senador na sua chapa (de Jarbas). Raul, o ex-comunista da escola de Roberto Freire, declarou possuir bens num total de.... 17 mil reais. Notem que Raul recebe salários acima de 20 mil reais há dois mandatos e não tem, coitado, sequer uma casa pra morar, nem mesmo um fusca pra chamar de seu.
Dizer o quê diante desse modelo de pobreza, honra e virtude? - Para o PPS e assemelhados o cinismo não mata.
(No Direto da Redação, http://www.diretodaredacao.com/)
Nenhum comentário:
Postar um comentário