O candidato à Vice-Presidência que arranjaram para José Serra voltou a dizer o que não deve, nem poderá provar, ao acusar o PT e, por extensão, sua candidata, de ligações com as Farc e o narcotráfico. De nada valem as explicações ambíguas do próprio Serra. Indio da Costa já demonstrou que não pode exercer a Presidência da República por um minuto sequer.
Com todo o respeito pelos três candidatos, nunca houve pleito tão desestimulador na história da República. Em razão disso impõe-se o entendimento entre os governadores e senadores que se elejam, a fim de criar instrumentos de sustentação da República contra eventuais crises políticas. Situações como a atual reafirmam a necessidade de se retornar a 1891, ao projeto federativo republicano, que tem sido corroído durante todo este tempo. Argumenta-se, com alguma razão, que as federações que se originam de estados unitários passam pela mesma dificuldade. É mesmo possível que, no interior das repúblicas federativas, constituídas sobre estados centralizados, atue uma espécie de reação conservadora, nostálgica do sistema anterior. Em nosso caso, no entanto, a ideia federativa esteve na origem dos movimentos de independência, como tendência natural da formação do Estado brasileiro. O centralismo imperial, a partir de Pedro I, significou, sim, atitude contrarrevolucionária. Desde a frustrada Assembleia Nacional Constituinte de 1823, a proposta federativa, que havia sido claramente exposta pelos conjurados mineiros de 1789, se reanimou, e ocupou a vida política nacional nos decênios seguintes. O pacto federativo de 1891, ainda que tímido, diante das dificuldades de um país de grande extensão territorial, escassa população naquele tempo e falta de escolaridade, era mais nítido do que o de hoje. Pouco a pouco a União foi erodindo o poder dos estados. A Constituição de 1946 não foi capaz de reconstruir o acordo dos primeiros constituintes republicanos. A agressão começou a se tornar intolerável com o governo militar, mediante a intervenção descarada nos estados. O governo de Fernando Henrique Cardoso foi mais ousado do que todos os outros, concentrando, a partir de expedientes tributários, os recursos em Brasília de forma exasperante; impondo a privatização de empresas estaduais, entre elas os bancos públicos; eliminando os instrumentos de financiamento de caixa, como a emissão de títulos estaduais, as conhecidas “apólices” das unidades federadas, que serviram de lastro a obras de infraestrutura. Entre outros exemplos da importância desses títulos, quase todos subscritos pela população local, temos o de Juscelino, em Minas. Foi com eles que o Estado abriu ampla malha rodoviária e iniciou a construção de suas grandes usinas hidrelétricas.
Ainda que a corrupção ocorra em todas as esferas de governo, ela é tanto maior quanto maior seja a concentração do poder. A União surge da delegação dos estados, base da vontade política dos cidadãos e fonte real dos recursos fiscais. Não pode ser o contrário, quando a distribuição dos recursos e os planos de desenvolvimento regional têm sido vistos, nos últimos decênios, como generosidade do presidente da República e de seus ministros.
Os atuais candidatos à Presidência e à Vice-Presidência da República foram escolhidos em São Paulo e em Brasília, sem que as forças políticas do resto do país fossem ouvidas. Os novos governadores e senadores têm o dever de reafirmar os direitos políticos de todos os brasileiros, com a restauração da República Federativa. Essa é a reforma que a razão política exige.
Com todo o respeito pelos três candidatos, nunca houve pleito tão desestimulador na história da República. Em razão disso impõe-se o entendimento entre os governadores e senadores que se elejam, a fim de criar instrumentos de sustentação da República contra eventuais crises políticas. Situações como a atual reafirmam a necessidade de se retornar a 1891, ao projeto federativo republicano, que tem sido corroído durante todo este tempo. Argumenta-se, com alguma razão, que as federações que se originam de estados unitários passam pela mesma dificuldade. É mesmo possível que, no interior das repúblicas federativas, constituídas sobre estados centralizados, atue uma espécie de reação conservadora, nostálgica do sistema anterior. Em nosso caso, no entanto, a ideia federativa esteve na origem dos movimentos de independência, como tendência natural da formação do Estado brasileiro. O centralismo imperial, a partir de Pedro I, significou, sim, atitude contrarrevolucionária. Desde a frustrada Assembleia Nacional Constituinte de 1823, a proposta federativa, que havia sido claramente exposta pelos conjurados mineiros de 1789, se reanimou, e ocupou a vida política nacional nos decênios seguintes. O pacto federativo de 1891, ainda que tímido, diante das dificuldades de um país de grande extensão territorial, escassa população naquele tempo e falta de escolaridade, era mais nítido do que o de hoje. Pouco a pouco a União foi erodindo o poder dos estados. A Constituição de 1946 não foi capaz de reconstruir o acordo dos primeiros constituintes republicanos. A agressão começou a se tornar intolerável com o governo militar, mediante a intervenção descarada nos estados. O governo de Fernando Henrique Cardoso foi mais ousado do que todos os outros, concentrando, a partir de expedientes tributários, os recursos em Brasília de forma exasperante; impondo a privatização de empresas estaduais, entre elas os bancos públicos; eliminando os instrumentos de financiamento de caixa, como a emissão de títulos estaduais, as conhecidas “apólices” das unidades federadas, que serviram de lastro a obras de infraestrutura. Entre outros exemplos da importância desses títulos, quase todos subscritos pela população local, temos o de Juscelino, em Minas. Foi com eles que o Estado abriu ampla malha rodoviária e iniciou a construção de suas grandes usinas hidrelétricas.
Ainda que a corrupção ocorra em todas as esferas de governo, ela é tanto maior quanto maior seja a concentração do poder. A União surge da delegação dos estados, base da vontade política dos cidadãos e fonte real dos recursos fiscais. Não pode ser o contrário, quando a distribuição dos recursos e os planos de desenvolvimento regional têm sido vistos, nos últimos decênios, como generosidade do presidente da República e de seus ministros.
Os atuais candidatos à Presidência e à Vice-Presidência da República foram escolhidos em São Paulo e em Brasília, sem que as forças políticas do resto do país fossem ouvidas. Os novos governadores e senadores têm o dever de reafirmar os direitos políticos de todos os brasileiros, com a restauração da República Federativa. Essa é a reforma que a razão política exige.
6 comentários:
A jornalista Carla Vilhena no Bom Dia Brasil de hoje dia 21/07/2010 defendeu os pedágios de José Serra com tanto afinco, contundência só porque as pessoas pra não pagar o pedágio caríssimo só pra andar poucos quilômetros aí andam 300 metros na contra mão e pegam outra estrada. E um motorista entrevistado disse que gastaria R$22 reias se pagasse o pedágio. Quero ver os políticos defendendo os pedágios, José Serra defendendo os pedágios, Geraldo Alckmin defendendo os pedágios, a Rede Globo já defende os pedágios,… A jornalista Carla Vilhena tem procuração da Rede Globo pra fazer a defesa dos pedágios a troco do emprego é claro! Ninguém vai rever os contratos dos pedágios e a Rede Globo faz a defesa dos pedágios só porque é obra do governo do PSDB de José Serra! A Rede Globo prefere que o povo gaste dinheiro nos pedágios de São Paulo do que o governo do PSDB de José Serra incompetente administre as estradas. A Rede Globo é contra o povo está provado! A Rede Globo é contra o povo e é a favor do PSDB!!!
A jornalista Carla Vilhena tem procuração da Rede Globo pra fazer a defesa dos pedágios a troco do emprego é claro! Ninguém vai rever os contratos dos pedágios e a Rede Globo faz a defesa dos pedágios só porque é obra do governo do PSDB de José Serra! A Rede Globo prefere que o povo gaste dinheiro nos pedágios de São Paulo do que o governo do PSDB de José Serra incompetente administre as estradas. A Rede Globo é contra o povo está provado! A Rede Globo é contra o povo e é a favor do PSDB!!!
O PSDB é contra o povo! A Rede Globo(PIG) é contra o povo está provado! A Rede Globo é contra o povo e é a favor do PSDB!!!
O Banco Itaú dia desses estava telefonando pra casa das pessoas pra empurrar cartão do Itaú goela abaixo pras pessoas se endividarem, comprarem com o cartão do Banco Itaú(Itaucard). O Banco Itaú liga pra casa das pessoas dizendo que a pessoa é bom pagador, paga em dia as contas, e quer que a pessoa se endivide com o cartão Itaucard!!! O Brasil tem Bancos melhores como: Caixa Econômica(que tem cheiro do povo, investe no Brasil na habitação, saneamento básico,…), Banco do Brasil, Bradesco, Santander,… A Caixa Econômica tem serviços prestados ao povo brasileiro e merece o depósito bancário, conta corrente, conta bancária!!! Se José Serra ganhar as eleições Deus o livre o Serra vai privatizar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, porque o PSDB de José Serra quer privatizar o Banco do Brasil, Caixa Econômica, Petrobras,… E vai gerar desemprego viu!!!
Se José Serra ganhar as eleições Deus o livre o Serra vai privatizar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, porque o PSDB de José Serra quer privatizar o Banco do Brasil, Caixa Econômica, Petrobras,… E vai gerar desemprego viu!!!
O Sr. Mauro Santayana, em que pese suas posições na maioria das vezes corretas, em todos os artigos quer, na minha opinião, dizer: o melhor para o Brasil seria o Aecio Neves. Pouco importando para o mesmo que viria toda a tropa de FHC de volta ao PODER, e seria a repetição da mesma tragédia.
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