quarta-feira, 8 de junho de 2011

A despedida melancólica de um ex-jogador

Marco Antonio Araújo: Ronaldão quer ser homenageado? Então peça para seus patrocinadores montarem um churrascão na laje, convide os amigos, chame umas minas e deixa a seleção jogar em paz. Depois do amistoso, os jogadores que entrem numa van e se mandem para a muvuca que vai varar a madrugada. Aceito convite. Essa turma joga um bolão. O futebol se tornou um jogo de interesses econômicos faz tempo. Mais um pouco e vai ser fiscalizado pelo FMI. A turma só pensa em dinheiro. Jogar bola virou um detalhe, como o gol para Parreira. Essa festa que programaram para o ex-jogador é uma ofensa a todos os craques que passaram pela seleção e foram esquecidos, mesmo quando ainda estavam em atividade. Se fosse uma homenagem desinteressada, justa, decente, seria o caso de perguntar: e Rivaldo, Tostão, Gerson, Zico? Eles não mereciam? Vambora montar um rachão de seniores? Nem condições físicas mínimas tem o novo e poderoso empresário do mundo da bola. Papelão. Despedida melancólica. Mas é assim que funciona o show bizz do futebol. E vai ficar cada dia pior. Perderam a decência de uma vez por todas. Jogo jogado. Tomara que o Fenômeno não sofra uma contusão durante os 15 minutos em que vai se arrastar em campo. Vai estragar a festa. A que vem depois, em alguma boate badalada.

Nenhum comentário: