O desafio de erradicar a miséria no Brasil está levando o Governo Federal a fazer um verdadeiro arrastão em regiões de difícil acesso, zonas rurais e periferias urbanas em busca de pessoas que ainda vivem com menos de R$ 70 por mês, parâmetro utilizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para caracterizar a situação de miséria absoluta.
De 2003 a 2010, 30 milhões de brasileiros foram beneficiados com programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, e deixaram as fileiras da pobreza, passando a constituir uma nova classe social. Restaram 16 milhões de pessoas, que agora estão sendo identificadas por meio de uma busca ativa nas cidades, no campo, nas aldeias, assentamentos etc, por meio do Plano Brasil Sem Miséria.
"Na primeira fase, as pessoas buscavam espontaneamente os programas do Governo e se inscreviam. Com o programa Brasil sem Miséria, milhares de técnicos estão indo atrás das pessoas para cadastrá-las nos programas. Estamos fazendo uma verdadeira varredura", afirmou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, durante reunião com a Bancada do PT no Senado, na noite desta segunda-feira (13/06).
A ministra explicou que a busca ativa de pessoas é a principal característica do programa Brasil sem Miséria. Para chegar a elas, foi constituído um serviço de inteligência, que montou o mapa da pobreza no País.
As pessoas em situação de miséria são identificadas por meio de cruzamentos de informações, visitas domiciliares etc. O passo seguinte é incluí-las em programas como os de transferência de renda, de inserção no mercado de trabalho, de aquisição da casa própria e de formação educacional.
Segundo Tereza Campello, o programa traz ainda duas inovações: a elevação da parcela variável de três filhos para cinco e a possibilidade de suspensão temporária do benefício Bolsa Família, quando um membro passa a gerar renda suficiente para o sustento da casa.
"Como sabemos que existe uma situação volátil dessas famílias, que podem perder o trabalho de um momento para outro, abrimos a possibilidade de devolução do cartão do benefício. Assim, quando houver necessidade de retorno, elas terão prioridade, mesmo que aquele município já não tenha mais vagas para inscrição", informou a ministra. Leia na íntegra.
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