Idealizada na internet, a manifestação contra Ricardo Teixeira, presidente da CBF, havia começado com poucas pessoas neste sábado, no Rio de Janeiro, mas acabou engordando no meio do caminho e se transformou em movimento político, com palavras de ordem contra o governador do Rio, Sérgio Cabral, e o prefeito da cidade, Eduardo Paes. Cerca de 500 pessoas já estavam presentes na caminhada em seu destino final, a Marina da Glória, em frente ao evento do sorteio das eliminatórias. Houve momento de tensão com o Batalhão de Choque que fazia a segurança da organização quando o grupo chegou, com pequeno bate-boca, mas foi logo contornado pela segurança e os coordenadores do protesto, que passaram os manifestantes para o outro lado da calçada.
Enquanto o movimento nas redes sociais chegou a estar entre os tópicos mais citados do Twitter, o protesto reunia somente cerca de 50 pessoas até as 11h. Organizado pela Frente Nacional dos Torcedores e batizado como "Marcha por uma Copa do Povo: Fora Ricardo Teixeira", o evento cresceu no Largo do Machado próximo à Rua do Catete, quando passou a concentrar pessoas que não tinham nada a ver com os protestos iniciais.
O protesto contra Ricardo Teixeira cresceu porque o local também foi escolhido para outras manifestações, como a de profissionais da educação lutando por reajustes salariais, e a de um grupo que protesta contra o governo estadual e a prefeitura colando adesivos nos bueiros em alusão aos recentes casos de explosões na ruas da cidade.
Houve palavras de ordem, faixas e bandeiras contra o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes. O ex-deputado federal Fernando Gabeira, que foi candidato a prefeito e derrotado por Eduardo Paes, estava no local, mas apenas observava.
Início do protesto
A concentração teve início às 10h deste sábado, no Largo do Machado, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro. Os manifestantes pediam a saída do presidente da CBF e do comitê organizador da Copa de 2014, Ricardo Teixeira. O estudante de pós-graduação em direito esportivo e presidente da Frente Nacional de Torcedores, João Hermínio, de 24 anos, acredita que o protesto conseguirá juntar de 500 a mil torcedores. No entanto, ele admite que as pessoas precisam levar as campanhas da internet para as ruas da cidade.
- Fazer manifestação no Twitter é muito fácil. Infelizmente há essa diferença e poucos saem às ruas para protestar. A nossa ideia é essa. Não podemos ficar restritos ao mundo virtual. Nossa luta contra os mandos e desmandos da CBF começou há pouco tempo, mas não vai parar. Vamos lutar por uma Copa do Mundo do povo, por uma organização transparente... Do jeito que está não pode continuar - afirmou João
O discurso de João Hermínio foi abraçado pelo dentista Bruno Santana. Vestido com uma camisa da Seleção Brasileira com inúmeras frases que chamavam o presidente da Fifa, Joseph Blatter, de ladrão e Pelé de marionete da CBF, Bruno disse que cansou de ficar apenas sentado em frente ao computador.
- Precisava me mexer. Vi a campanha na rua e decidi abrir mão de um sábado de lazer para mostrar minha posição - afirmou. Fonte: G1.
2 comentários:
As obras já estão em andamento e ninguém vai mudar nada. Qualquer manifestação contra Ricardo Teixeira pode esconder outras intenções. VAMOS DEIXAR PARA DEPOIS DA COPA !!
Engraçado q ninguém viu que estavam protestando contra a Dilma tb né?!
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