sexta-feira, 29 de julho de 2011

OS EUA NUNCA FIZERAM O QUE SEUS ECONOMISTAS ENSINARAM AO MUNDO , AO ESCOLHER ENTRE MANTEIGA OU CANHÃO , OPTOU PELOS DOIS E MANDOU PAUL SAMUELSON PRA 'CUCUIA'

Mercado e governo se preparam para calote americano.Tesouro dos EUA admite que elabora plano que detalha como vai pagar as contas sem novo teto de empréstimo
Títulos de curto prazo que costumam ter juro de 0% subiram ontem a 0,10% em reação ao impasse no Congresso
LUCIANA COELHO - DE WASHINGTON
O Departamento do Tesouro dos EUA já tem um plano de contingência para o caso de o Congresso não votar a liberação de novos empréstimos do governo até terça. Sem listar que contas deixará de pagar, não conseguiu aplacar o temor do mercado.

A pergunta, que o Tesouro diz que responderá antes da data-limite, no dia 2, monopoliza o foco de investidores, analistas, eleitores e lobbies.
Dois grupos influentes do país, os banqueiros e o sindicato dos aposentados, enviaram cartas à Casa Branca e ao Congresso pressionando os políticos a agir no prazo.
O Tesouro, porém, hesita em detalhar o plano enquanto o Congresso ainda discute se aumenta o teto da dívida, alimentando a ansiedade. Com isso -e com o adiamento da votação de mais uma proposta para ampliar a dívida pela Câmara, devido à falta de consenso- os juros que o governo paga sobre os títulos de curto prazo do Tesouro subiram a 0,10%. Os papeis vencem em agosto.
A variação pode ser discreta, mas títulos com vencimento próximo têm virtualmente taxa zero de retorno, e a rapidez da mudança indica que os investidores se preparam para um calote.
"O que posso dizer agora é que, embora só o Congresso possa garantir que o governo pague todas as suas contas, o Tesouro detalhará, conforme se aproxima o dia 2, como fará sem poder tomar empréstimo", disse à Folha uma porta-voz do Tesouro.
Segundo a mesma porta-voz, as medidas podem ser anunciadas "a qualquer momento até terça", quando a verba dos empréstimos acaba. Na prática, o plano deve apontar manobras de caixa e mostrar onde será o calote -se doméstico ou externo.
EMBATE
A Casa Branca não divulgou dados completos, mas a estimativa mais corrente, do Centro de Políticas Bipartidárias, aponta que o governo tem contas de US$ 307 bilhões e expectativa de receita de US$ 172 bilhões no mês. A diferença implicaria em calote. Resta saber onde o governo decidirá cortar.
As possibilidades vão dos juros sobre títulos da dívida americana -o que afetaria a economia global, já que eles são referência do mercado- a cheques dos aposentados.
Ontem, o Fórum de Serviços Financeiros, que reúne os 20 principais bancos e seguradoras do país, enviou uma carta à Casa Branca e ao Congresso, coassinada por 470 empresas, em que exorta o Executivo e o Legislativo a superarem a polarização partidária e agirem por uma solução de longo prazo.
"Uma grande nação, como uma grande empresa, precisa de credibilidade de que paga suas contas em dia", diz. "Esta questão afeta a população, não só o mercado, pois os juros sobre os títulos do Tesouro influenciam hipotecas, cartões de crédito, empréstimos estudantis."
Na véspera, a associação de aposentados, AARP, também enviara carta cobrando ações para preservar a seguridade social. Para aumentar a dívida, o Congresso precisa aprovar cortes no Orçamento que tornem o deficit sustentável. É sobre esses cortes que falta consenso entre os partidos -e até mesmo dentro deles.

Um comentário:

hugo disse...

Eu sou free demais e como um elo agregador lanço o meu recurso humano na perspectiva de incentivar os talentos que irão fortalecer as manobras programáticas na vida das organizações. NÃO DESISTO NUNCA !