quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Espionagem em governos tucanos aponta relações obscuras com polícia e mídia

As revelações sobre episódios de espionagem política patrocinados por governos tucanos em São Paulo e no Rio Grande do Sul lançam um pouco de luz em uma zona sombria da relação entre poder político, aparato policial e mídia que não fica devendo nada ao escândalo Murdoch.
Marco Aurélio Weissheimer, Carta Maior
Em setembro de 2010, o governo Yeda Crusius (PSDB) foi alvo de novas denúncias envolvendo o uso do aparato de segurança do Estado para espionar jornalistas, adversários políticos e outras autoridades. As denúncias surgiram a partir da prisão do sargento César Rodrigues de Carvalho, da Brigada Militar, que estava lotado na Casa Militar do governo tucano, onde trabalha como segurança da então governadora, entre outras funções. O Sargento foi preso acusado de extorquir proprietários de máquinas caça-níqueis e de obstaculizar as investigações sobre o caso. Amílcar Macedo, promotor que conduziu o caso, revelou mais tarde que o sargento também tinha a atribuição de executar serviços especiais de espionagem.

A lista de espionados era longa, incluindo políticos, filhos de políticos, jornalistas (entre os quais estou incluído), delegados, oficiais de polícia e das forças armadas, uma desembargadora, entre outros. Segundo as investigações da promotoria, o sargento fazia, pelo menos, dois tipos de investigações: uma para levantar dados sobre a vida do investigado e outra para saber se a pessoa estava sendo investigada por alguma instituição.
Agora, em agosto de 2011, a revista Isto É publicou reportagem afirmando que os governos tucanos em São Paulo desenvolveram uma prática similar a essa atribuída ao governo Yeda Crusius. Intitulada “Central tucana de dossiês”, a matéria de Pedro Marcondes de Moura afirma que “mais de 50 mil documentos encontrados no Arquivo Público de São Paulo mostram como a polícia civil se infiltrou e investigou partidos políticos, movimentos sociais e sindicatos em pleno governo de Mário Covas”. A reportagem afirma:
Agentes infiltrados em movimentos sociais, centenas de dossiês sobre partidos políticos, relatórios minuciosos com os discursos de oradores em eventos políticos e sindicais. Tudo executado por policiais, a mando de seus chefes. Estas atividades, típicas da truculenta ditadura militar brasileira, ocorreram no Estado de São Paulo em plena democracia, há pouco mais de dez anos. Cerca de 50 mil documentos, até então secretos e que agora estão disponíveis no Arquivo Público do Estado, mostram como os quatro governadores paulistas, eleitos pelas urnas entre 1983 e 1999, serviram-se de “espiões” pagos com o dinheiro dos contribuintes para monitorar opositores. Amparados e estimulados por seus superiores, funcionários do Departamento de Comunicação Social (DCS) da Polícia Civil realizavam a espionagem estatal”.
Artigo Completo, ::Aqui::
http://nogueirajr.blogspot.com/

Um comentário:

Anônimo disse...

COMO A GENTE SE ENGANA ! EU TINHA O PSDB COMO UM PARTIDO ÉTICO - QUE SE FORMOU DE UMA DISSIDÊNCIA DO PMDB - QUANDO DA FUSÃO DO MDB COM O PP. - SAIRAM, ACUSANDO OS CONSERVADORES DE MANIPULAÇÃO E OS "AUTÊNTICOS " DO ANIGO MDB FUNDARAM O PSDB. AS NOTÍCIAS CONFIRMAM AS POLITICAGENS DOS TUCANOS EM USAREM PRÁTICAS NÃO MUITO CLARAS PARA SE PERPETUARAM NO PODER. POLÍTICA RASTEIRA - PRÓPRIA DOS REGIMES SAGAZES DEIXANDO "CLARO" O VALE TUDO PARA GANHAR AS ELEIÇÕES E MANTER O PODER ESPERTAMENTE." NÃO TEM NINGUÉM MAIS BOBO NESTE MUNDÃO !!!