São Paulo – A Câmara dos Deputados pode colocar em votação em plenário na terça-feira (30) a cassação de perda de mandato da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), acusada de envolvimento no esquema do mensalão do DEM no Distrito Federal. Para que seja cassada, será necessário o apoio de 257 deputados, a chamada maioria absoluta, durante a sessão, que terá votação secreta. Em junho deste ano, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aprovou, por 11 votos a 3, o parecer do relator Carlos Sampaio (PSDB-SP) a favor do pedido de cassação apresentado pelo Psol.
Sampaio considerou que houve quebra do decoro parlamentar quando Jaqueline Roriz ainda era deputada distrital, em 2006. Na ocasião, ela foi filmada recebendo uma quantia em dinheiro de Durval Barbosa, operador e delator de um esquema de corrupção que levou à prisão preventiva do então governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, ex-aliado de Joaquim Roriz, pai de Jaqueline.
STF
Na sexta-feira (26), o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu a condenação da parlamentar pelo envolvimento no esquema. Para Gurgel, há elementos suficientes para que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue o caso, transformando a política em ré. Desde março há um inquérito na alta corte para investigar Jaqueline Roriz. A avaliação é de que ela foi beneficiada por dinheiro arrecadado de maneira ilícita junto a prestadores de serviço do Distrito Federal.
Com informações da Agência Câmara.
Um comentário:
A propósito, há dez dias uma delegada de Polícia pediu a prisão preventiva de Durval Barbosa, em face das exaustivas evidências de que ele cometeu abuso sexual contra crianças. Os laudos médicos comprovam as sevícias. Os jornais noticiaram o fato e depois esqueceram completamente o assunto. O esquecimento acometeu também o Ministério Público e a Justiça local, que estão se fingindo de mortos no caso.
Por que será?
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