Merval confessa que Globo só publicou a verdade do Riocentro quando o crime prescreveu
Dezoito anos depois, em 1999,O GLOBO deu outro "furo"...O crime prescrevera... Merval Pereira, 23/09/2011
A impunidade é a mãe da corrupção. Com a impunidade, o crime compensa para quem é corrupto. Uma das estratégias mais comuns dos corruptos para "conquistar" a impunidade é deixar o tempo correr até a prescrição do crime.
Em seu discurso de posse na ABL (Academia Brasileira de Letras), o "imortal" Merval Pereira (PIG/RJ) cometeu um ato falho:
Confessou que "O Globo" só publicou algumas verdades sobre o atentado do Riocentro depois que o crime prescreveu. Eis o trecho do discurso:
Trago comigo um exemplo de como o jornalismo pode auxiliar essa busca da verdade. Em 5 de maio de 1981, eu escrevia a coluna política do Globo chamada "Política Hoje Amanhã", e tive acesso à informação de que o laudo da explosão do Riocentro, ocorrida dias antes, no dia 1 de Maio, havia confirmado a presença de outras duas bombas no Puma dirigido pelo capitão Wilson Machado.
A notícia foi manchete do Globo, deixando claro que a versão oficial de que a bomba fora colocada no carro por terroristas de esquerda apenas encobria a verdade da tentativa do atentado.
Dezoito anos depois, em 1999, O GLOBO deu outro "furo", que provocou a reabertura do caso. A série de reportagens de Ascânio Seleme, Chico Otavio e Amaury Ribeiro Jr. ganhou o Prêmio Esso de Reportagem daquele ano e reabriu o caso, transformando o Capitão Wilson Machado e o sargento Guilherme Pereira do Rosário de vítimas em réus.
O crime prescrevera, mas a verdade estava restabelecida. Eu era o diretor de redação do Globo naquela ocasião, e senti como se um ciclo histórico tivesse sido fechado, com a minha participação.
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2 comentários:
POR FORA BELA VIOLA - POR DENTRO, PÀO BOLORENTO.
POR FORA PÀO BOLORENTO - POR PIOR AINDA.
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