Itamaraty intercedeu por jovens que, sob suspeita de espionagem por Teerã, ficaram 781 dias detidos
Luciana Coelho, de Washington
Familiares dos americanos Shane
Bauer e Josh Fattal, que passaram mais de dois anos presos no Irã sob
acusação de espionagem, foram ontem à Embaixada do Brasil em Washington
agradecer pela ação do país na negociação com Teerã, em setembro.
"Shane, Josh e nós todos estamos muito gratos ao Brasil por sua ajuda", afirmou Cindy Hickey, mãe de Bauer.
Para Alex Fattal, irmão de Josh,
o papel do país foi "espetacular". "Sempre que havia uma oportunidade
de levantar o caso em um terceiro país, ou de falar ao Irã em uma
reunião sobre direitos humanos, eles faziam", afirmou a jornalistas
brasileiros.
Alex, que fala
português e trabalhou no Brasil, disse à Folha que recorreu ao governo
por meio do cineasta João Moreira Salles, seu amigo.
Autor
do documentário "Entreatos", com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, Salles o pôs em contato com o assessor de Assuntos Internacionais
do Planalto, Marco Aurélio Garcia. Paralelamente, Alex buscou a
embaixada em Washington.
Fattal e Bauer foram libertados em setembro último, após gestões dos governos do Brasil e da Turquia endossadas pelos EUA.
A
campanha, que culminou numa fiança de US$ 500 mil por prisioneiro, 781
dias após sua detenção, envolveu os presidentes da Venezuela, Hugo
Chávez, do Iraque, Jalal Talabani, e o secretário-geral da ONU, Ban
Ki-moon.
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