Valor - O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo, que apura a existência de um suposto esquema de venda de emendas parlamentares, convidou o secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas (PSDB), a comparecer na próxima sessão, na semana que vem, para esclarecer uma suposta oferta de propina que teria recebido de um prefeito.
O convite a Covas foi aprovado há uma semana, mas só agora foi formalmente enviado ao deputado licenciado.
Covas chegou a encaminhar carta. Suas explicações, no entanto, foram consideradas insuficientes.
Na carta, o secretário afirma que tratava de uma negociação hipotética, na qual um prefeito lhe oferecia R$ 5 mil, depois de conseguir o repasse de R$ 50 mil para uma obra em sua cidade. Covas é um dos pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo.
Também foi convidado para participar da sessão o deputado estadual Major Olímpio (PDT), que, em entrevistas, disse ter ouvido do presidente de uma entidade a descrição do mecanismo usado por alguns deputados para ficar com parte da verba de R$ 2 milhões que cada parlamentar pode indicar.
Dos três requerimentos votados na sessão, dois tiveram a maioria de votos contrários --um pedia as convocações ex-deputado José Bruno (DEM), que teria supostamente negociado liberação de emendas parlamentares, do atual secretário estadual de Planejamento, Emanuel Fernandes (PSDB), e da subsecretaria de assuntos da Casa Civil, Rosmary Correa.
Os dois últimos foram mencionados pelo deputado Roque Barbiere (PTB), em declarações de que teria avisado o governo sobre as supostas venda de emendas, esquema por ele denunciado em entrevista à "Folha da Região", de Araçatuba, interior de São Paulo.
Também foi reprovado o requerimento que solicitava à Casa Civil do governo paulista a relação de todas as emendas parlamentares apresentadas por Covas.
Já a votação do requerimento para abrir processo contra Barbiere por quebra de decoro parlamentar foi adiada. Barbiere fez as denúncias de venda de emendas, mas não apontou nominalmente os responsáveis. O líder de seu partido, deputado Campos Machado, pediu vistas ao requerimento.
Um comentário:
este sujeito é covarde como o avô, que por muitos anos acusou orestes quercia de ser o causador da privataria do banespa.em sua fala todos são culpados , menos ele.
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