A presidenta Dilma Rousseff fez ontem, em seu programa semanal de rádio “Café com a Presidenta”, um balanço da sua viagem de oito dias à Bélgica, Bulgária e Turquia. Na Bélgica, ela participou da V Cúpula Brasil-União Europeia e teve oportunidade de tratar da crise financeira internacional e dos preparativos para a Cúpula do G-20, em Cannes.
“Eu disse aos nossos parceiros da União Europeia que a saída para vencer a crise não deve passar por mais e mais medidas recessivas, que vão exigir grandes cortes nos investimentos, provocar profunda queda no emprego, no crescimento das economias e, portanto, gerar recessão”, afirmou. “É claro que os países desenvolvidos têm de parar com a especulação e o descontrole de suas finanças e bancos, mas também é imprescindível que voltem a crescer”.
Dilma disse ter certeza de que a viagem “vai trazer resultados muito positivos para o Brasil” e voltou a reivindicar uma maior participação dos países emergentes no debate sobre uma saída para a crise europeia. “Os países emergentes, que estão em muito melhor situação, querem debater as decisões dos países mais ricos, uma vez que elas podem afetar suas economias”, afirmou.
Ela também falou sobre o Plano Estratégico de Fronteiras, que proporcionou, nos últimos quatro meses, a apreensão de armas, munições, 62 toneladas de drogas e 650 quilos de explosivos. Ela explicou que o plano envolve os ministérios da Defesa e da Justiça e é executado por meio das duas operações: a Operação Sentinela, liderada pela Polícia Federal (PF), e a Operação Ágata, coordenada pelas Forças Armadas.
“O interessante é que uma operação complementa a outra”, afirmou. “Enquanto a Operação Ágata mostra a força de um Estado atento, a Operação Sentinela faz o trabalho cotidiano, permanente, de investigação e informação”, acrescentou. (São Paulo/AE)
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