segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Que ocupem as Praças, ruas, etc...

Dárdano Nunes de Melo - Téc. em Turismo e prof. do IFCe
Sou um profundo admirador da professora Adísia Sá, pela sua coragem,racionalidade e inteligência, mas permita-me discordar do ponto de vista de seu último artigo; Bens públicos privatizados. Em primeiro lugar a pessoa só é proprietária quando o espaço se encontra registrado no cartório de imóveis. Quantos destes comerciantes tem este registro? Concordo que o bem público está sendo ocupado, jamais privatizado.

Não pretenderia um embate jurídico, mas fazer entender que o Bem, a racionalidade e os costumes alicerçam o bom direito. A senhora é sabedora das bases sociais e econômicas que se construiu a sociedade brasileira; uma casta rica e um cem número de excluidos. A mobilidade social foi lenta e pervesa e levou o Brasil a ser um dos lugares de maior concentração de renda e com as mazelas de um país do terceiro mundo. O modelo capistalista tradicional está carcomido. O Brasil nos últimos anos inverteu a lógica do processo econômico, deixou de acumular para crescer e passou a distribuir para desenvolver e as classes que se fortificaram foram as C,D e E. A industria e os serviços não produziram empregos formais suficientes para a demanda e a força criativa em Fortaleza fez cada senhora, cada máquina e cada quarto se transformar numa unidade produtiva, gerando uma riqueza fabulosa, como a força das formiguinhas na construção de seu ecossistema. Pagam imposto sim, quando compra o tecido, a linha, o bordado, a máquina, etc... O produto tem qualidade e preço,isto é tudo que os consumidores querem. Ônibus e gente de toda parte, cheias de dinheiro, lotam as praças e os corredores de atividade, sem que o governo tenha gasto milhões de euros para atrair estes turistas, ao contrário, persegui-os.
Profa. Adísia coloque a mão no coração e outra na balança e veja que o custo do uso deste espaço é muito pequeno diante das vantagens de um dia chegarmos a ser o maior destino de compras do planeta, maior que a Persia e Marrocos juntos, nem que para isso ocupem as Praças, ruas, etc...

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