Depois de 10 anos do bárbaro e covarde assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), alguns setores de nossa mídia continuam explorando politicamente sua morte. Foram feitos dois inquéritos - algo inédito nessas situações -, o segundo a pedido da família, ambos dirigidos pela Policia Civil de São Paulo e acompanhados pelo Ministério Publico do Estado (MPE-SP), governado pelo PSDB.
No segundo, a delegada que presidiu o inquérito, Elizabete Sato, na prática, foi escolhida pela família e assessorada pelo MPE-SP. Este sustenta a tese de crime político e tenta envolver o PT. Mesmo assim, no segundo inquérito a conclusão foi, de novo, que o sequestro e o assassinato de Celso constituíram-se em um crime sem nenhuma conotação política, tendo sido identificados, inclusive, seus autores.
O PT, na verdade, é uma vítima desse brutal e inominável crime já que Celso, além de amigo e companheiro nosso, era um dos melhores prefeitos e um dos mais preparados quadros do partido. Ele ia coordenar o programa de governo de Lula na campanha eleitoral daquele ano (2002) e seria, sem dúvida, ministro do Planejamento e um dos principais membros da administração do ex-presidente.
Não têm limites para o ódio que nutrem contra o PT
Como se vê pelo tratamento que a mídia continua a dar ao caso 10 anos depois, não há limites para o ódio e a guerra que parte da imprensa e setores da oposição e do Ministério Publico movem contra o PT.
Até hoje, continuam explorando e enxovalhando a memória de Celso Daniel. Com este intuito, uma das muitas mentiras que exploram é que Gilberto Carvalho e Mirian Belchior - hoje ministros secretário-geral da Presidência da República, e do Planejamento, respectivamente - teriam afirmado a João Francisco Daniel (irmão de Celso) que recursos desviados da prefeitura de Santo André eram destinados a campanha eleitoral do PT e que eu seria o destinatário dos envios de dinheiro.
Processado por mim, João Francisco Daniel se retratou em juízo, fato que é de conhecimento de toda a mídia e de seus articulistas. Particularmente, também, de outro irmão do Celso, Bruno Daniel, que agora, em novas entrevistas, retoma a calúnia.
Bruno é que me falou do uso político do irmão pela oposição
É lamentável que jornalistas que sabem que João Francisco Daniel se retratou em juízo retomem a calúnia e que Bruno Daniel tenha, desde a CPI dos Bingos (2005), desempenhado esse triste e falso papel de perseguido e de vítima.
Justo Bruno Daniel, que em novembro de 2002 me procurou e, na presença de Gilberto Carvalho, me pediu, implorou mesmo, para que eu retirasse as ações penais que movia contra seu irmão João Francisco. Naquela ocasião, confessou-me o uso político pela oposição e a participação do Ministério Público na tentativa de manipular as investigações para atingir o PT.
Lamentável que a mídia faça essa inversão de papéis, quando vítimas somos nós e a memória de Celso Daniel, exemplo de administrador público e de militante do PT. Não deixem de ler, também, o post abaixoUma homenagem lembra amanhã o ex-prefeito de Santo André. E de comparecer ao ato.
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