quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A luta continua no #Pinheirinho

O dia seguinte no Pinheirinho
De um lado, um ricaço pilantra (redundância) – tão pilantra que está proibido de entrar em 14 países e chegou a ser preso aqui, na tal Operação Satiagraha -, querendo de volta um terreno enorme, de mais de 1 milhão e 300 metros quadrados, que durante décadas serviu apenas para a especulação imobiliária, acumulando uma dívida de mais de 15 milhões de reais só de IPTU.
Desse mesmo lado, uma corja de juízes e políticos (redundância), sempre prontos a defender a propriedade privada e os lucros, e sempre sedendos por sangue e por dar vazão ao seu ódio contra a população pobre, sobretudo contra a população pobre que luta contra as opressões que sofre.

Do outro lado, milhares de pessoas convencidas de que “se morar é privilégio, ocupar é um direito”, organizadas em movimento no interior de um bairro construído por elas mesmas, com muito esforço. Tendo necessidade de um lugar para morar em condições dignas, essas pessoas enfrentaram todo tipo de preconceito e de repressão, e converteram aquele enorme terreno abandonado num espaço cheio de vida e de esperança.
Ontem, ignorando os acordos, as negociações, os protestos de inúmeras organizações, e mesmo uma decisão judicial, os abutres do Estado reuníram 2 mil poiciais para destruir a Ocupação do Pinheirinho, que resistia há 8 anos. A cidade de São José dos Campos foi sitiada, as comunicações cortadas, celulares foram apreendidos, e a dificuldade em circular informações sobre o que ocorria foi agravada pela blindagem que a grande mídia promove, omitindo ou distorcendo os fatos, de modo a criminalizar as vítimas e apoiar as barbaridades cometidas em nome do Deus dinheiro.
Com extrema violência e covardia, os fascínoras da PM conseguiram despejar os moradores, pegos de surpresa. Várias pessoas foram presas, outras tantas foram feridas, e algumas inclusive assassinadas. Condenadas à morte, aoespancamento, à prisão e à tortura, sem julgamento, por não baixarem à cabeça diante das injustiças e da desigualdade.
As milhares de pessoas forçadas a abandonar suas casas, deixando todos os seus pertences, foram mandadas para abrigos improvisados, sem infra-estrutura, sem atendimento médico, sem leite para as crianças, em
Sim, os próximos dias serão de luto para tod@s aquel@s que lutam. Mas luto não significa reclusão, e as lágrimas e o ódio contra as atrocidades que foram cometidas contra @scompanheir@s do Pinheirinho serão combustível para as tantas lutas que serão travadas por todo o Brasil, como foi o travamento da Avenida Paulista ontem no final da tarde, e diversos atos previstos para hoje. Fonte: Rede Extremo Sul.

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