domingo, 22 de abril de 2012

Direita ressentida e alienada realiza marcha golpista e “esquece” de bradar contra o escândalo Cachoeira-Demóstenes-Veja

Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre

(O milionésimo, centésimo e alienado "Movimento Cansei" pecou por uma coisa: como os anteriores, não tinha povo, donas de casas e trabalhadores. Apenas o apoio da imprensa).
                              
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                                Fotos de Antonio Cruz-ABr
A direita gosta de vassoura janista, mas não protestou contra o escândalo
Cachoeira-Demóstenes-Veja durante a marcha golpista associada à imprensa 

A direita politicamente analfabeta, mas reacionária por essência e consumidora do noticiário das tevês Globo e Bandeirantes, da Veja, da Época, da Folha de S. Paulo, do Estadão, de O Globo entre outras mídias impressas ou eletrônicas historicamente golpistas saiu novamente às ruas para bradar contra a corrupção no Brasil, em um tempo em que a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça nunca investigaram, denunciaram e prenderam tantos deliquentes que cometeram crimes contra o erário público.


Ressentidos com a ascensão social de mais de 40 milhões de brasileiros em um espaço de tempo relativamente curto, como foram os oitos anos do presidente estadista Luiz Inácio Lula da Silva, e herdeiros de um lacerdismo rancoroso, agressivo, com um discurso que remonta o passado e de direita, a verdade é que essa gente insensata e preconceituosa expõe mesmo, de forma assumida, seus preconceitos de classe e até mesmo raciais.


São incapazes de analisar a luta política e a manipulação criminosa das grandes mídias corporativas e privadas, bem como não percebem que políticos direitistas e de oposição, que defendem os interesses do grande capital nacional e internacional e que querem manter o status quo das classes abastadas são parte importante dessa engrenagem demoníaca que atrasou o Brasil durante séculos.


Enquanto isso, políticos oposicionistas são pautados pela imprensa burguesa, após lerem e analisarem no fim de semana as notícias publicadas e veiculadas pelo sistema midiático, que se transformou em uma fábrica de escândalos e de moer reputações. Somente depois da “leitura”, tais políticos passam a atacar o Governo de Dilma e anteriormente o de Lula. Cumprir a pauta no decorrer da semana é imperativo, porque a oposição não tem programa de governo e muito menos propostas e alternativas para desenvolver o Brasil e seu povo. A oposição partidária está de quatro. Derrotada. Esta realidade acarreta sentimento de ódio e inconformismo aos barões da imprensa antinacionais e colonizados.

                         Burgueses — telespectadores do Jornal Nacional — realmente não tem jeito

O processo midiático continua e os ataques da imprensa corporativa aos governos trabalhistas são repercutidos no plenário ou nos corredores do Congresso e a velha mídia, a mesma que publicou ou veiculou as notícias no fim de semana, dá continuidade ao círculo vicioso, sem fim, constante, sistemático, de ataques, acusações, confusões e dúvidas sobre a moral e a ética de pessoas e instituições que não rezam pela cartilha da direita partidária brasileira, atualmente representada pelos enfraquecidos PSDB, DEM e PPS, e pelo sistema midiático alienígena, corporativo, empresarial e historicamente golpista.


Essas pessoas saem às ruas e muitas delas nem sabem o porquê de estarem ali. São “mauricinhos” e “patricinhas” de todas as idades, porque existem pessoas mais velhas com esse perfil, que, apesar da idade, jamais vão amadurecer, porque seus valores são fúteis, levianos, egoístas, conservadores e edificam o ego dessa gente, que, se estivesse nas ruas do Brasil na década de 1960, certamente apoiaria o golpe militar e participaria das Marchas da Família com Deus pela Liberdade, organizadas por setores conservadores da sociedade brasileira, a ser a primeira realizada em São Paulo, no governo de Ademar de Barros, político conhecido como o “rouba mas faz”.


A marcha foi uma resposta dos reacionários ao discurso do presidente progressista e trabalhista, Joao Goulart, no comício da Central do Brasil, quando ele anunciou as reformas de base. Os “marchadores”, brancos, das classes médias e ricas logo depois, em 1º de abril, tiveram seus desejos realizados: as Forças Armadas, à frente o Exército Brasileiro, mancomunadas com forças nacionais, políticas, direitistas e com a CIA e a Embaixada dos EUA, derrubaram um presidente constitucional, eleito e admirado pelo povo desde os tempos em que o político gaúcho de ideologia trabalhista assumiu o Ministério do Trabalho no segundo Governo Getúlio Vargas.


Como não poderia deixar de ser, percebe-se que os conservadores, além de analfabetos políticos, são messiânicos, pois tal marcha golpista e por isto de fundo ilegal, usa em seu nome as palavras família, Deus e liberdade. Como se toda “família” fosse golpista e cometesse crimes, no mínimo, constitucionais, bem como se “Deus” estivesse, naquele tempo, a favor de um golpe militar violento, criminoso e desprovido de legalidade. Além disso, a palavra “liberdade” é totalmente inapropriada para este caso, porque a sociedade brasileira amargou 21 anos de ditadura militar, que perseguiu seus oposicionistas, os censurou, os demitiu, os exilou, os prendeu, os torturou e os matou.


Depois de todo esse passado trágico, alguns gatos pingados desinformados, alienados e inconformados com políticos trabalhistas a ocupar a cadeira da Presidência da República, insistem em reeditar tais marchas, hoje representadas em “Movimentos Cansei” em um Brasil que vive uma realidade econômica estável, de pleno emprego, com investimentos sociais e estruturais somente realizados no período de Getúlio Vargas, além de estarmos a viver em uma democracia madura, concretizada e edificada no estado democrático de direito.


Tais quais os militares, empresários (rurais e urbanos), religiosos e políticos golpistas de 1964, o centésimo, milionésimo Movimento Cansei dos “mauricinhos” e “patricinhas”  colonizados e com um imenso complexo de vira-lata organizaram suas marchinhas contra a “corrupção”, que, repito, está a ser combatida como nunca aconteceu. A Polícia Federal nos governos trabalhistas é republicana.  A direita jamais esquece seu ídolo Carlos Lacerda, conhecido também como O Corvo, e, quando fora do poder, aprendeu a tergiversar, a confundir, a acusar sem comprovar, a mentir e agredir sem medir as consequências. A direita gosta muito de uma vassoura demagógica de origem janista e fica a varrer suas próprias incongruências. Por isso, a admiração dos golpistas ao “professor” Lacerda.

                                  Típica "patricinha" manipulada e que não percebe que o Brasil é de todos.
                                  Cara e nariz de palhaça, e, ao olhar para os lados, não viu os trabalhadores

O politico udenista que manipulava as realidades que se apresentavam, embala até hoje os sonhos e os desejos dos conservadores, que querem o País somente para eles e os grupos sociais e econômicos os quais pertencem. Eles não querem um Brasil livre, autônomo, soberano e democrático. Querem, sim, um clube fechado para população e aberto apenas aos seus sócios privilegiados e com o pensamento em Nova York, Miami, Londres ou Paris. Essa gente detesta o Brasil, mas jamais vai abrir mão de ganhar dinheiro nessas terras tropicais e de preferência com o esforço e a dedicação e o talento do trabalhador brasileiro. Na hora de ganhar dinheiro, as ideologias, os preconceitos e a intolerância acabam.


O centésimo, milionésimo “Movimento Cansei dos Mauricinhos e Patricinhas” é um chamamento de grupos que se escondem em nomes ou siglas como o Movimento Brasil Contra a Corrupção (MBCC). O que significa este nome e esta sigla? Quem são as pessoas físicas ou grupos jurídicos que organizam essas marchas de conotação golpista e nada ingênuas? Por sua vez, alguém conhece um movimento a favor da corrupção? Eu não conheço. Parece que dessa vez, o presidente conservador e “mauricinho” da OAB, Ophir Cavalcante, não participou. Ophir apoiou movimentos dessa natureza. Será que ele se mancou?


O Movimento Cansei dos “Mauricinhos” e “Patricinhas” é golpista, alienado e não condiz com a verdade dos fatos, que são propositalmente e sistematicamente manipulados, truncados, confundidos até mesmo por meio da mentira pela imprensa corporativa, antinacional, comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?). Os analfabetos e alienados políticos, mas de essência e natureza elitista, conservadora e reacionária, tais quais alguns homens e mulheres da imprensa hegemônica e de direita, protestam e querem o fim do voto secreto, agilidade no julgamento do mensalão e o fim da impunidade em casos de mau uso do dinheiro público. Eu também desejo que essas questões sejam resolvidas. Eu e muita gente que conheço.


Acontece que no caso da “mensalão” — que não foi comprovado juridicamente e negado pelo pivô desse processo, o ex-deputado Roberto Jefferson quando deu depoimento no Supremo Tribunal (STF) —, a pressão vem da imprensa burguesa, que quer pautar o Judiciário, de forma desrespeitosa e autoritária, porque ela, como principal opositora ao Governo Federal, necessita, como todo ser vivo precisa de oxigênio, abafar o escândalo Cachoeira-Editora Abril(Veja)-Demóstenes antes das eleições de outubro e fazer da CPMI do Congresso um palanque para a direita no que diz respeito a acusar a Construtora Delta, desqualificar o PAC  e jogar os fatos no colo da presidente Dilma e do PT.


O “mensalão” começou com o PSDB de Minas, e, pelo que se observa, também com o DEM e os tucanos de Goiás. Esse processo até hoje mal explicado foi, para muita gente bem informada, um movimento para derrubar do poder o presidente Lula. É esta comprovação que setores conservadores da política e da imprensa temem. O “mensalão” vai ser julgado, de acordo com a pauta e os trabalhos do STF e dos advogados dos envolvidos e jamais pelos interesses políticos e econômicos de um sistema midiático corrompido e que, de forma surreal e sem transparência, assumiu a oposição política no Brasil.


Dessa forma, a imprensa de negócios desvia o foco dela mesma, que está a ser acusada de se associar ao crime organizado, como se comprovou com as mais de 200 gravações da voz do editor de Veja, Policarpo Jr., a conversar com o bicheiro Carlinhos Cachoeira em assuntos que deixam o diabo humilhado e com vergonha por se considerar incompetente para cometer desatinos e maldades. Depois disso tudo, percebe-se que essa gente que sai às ruas para atender grupos privados e partidários que tiveram seus interesses contrariados é realmente o fim da picada. A Editora Abril e a Veja, propriedades do empresário Roberto Civita, tem de ser investigadas pelo Congresso, porque tenho quase certeza que outros órgãos privados de imprensa se valem da associação ao crime para combater as instituições republicanas e desestabilizar os Poderes constituídos.


Por seu turno, caro leitor, informo-lhe: os “mauricinhos” e as “patricinhas” do Movimento Cansei de hoje não protestaram, em momento algum, contra o senador Demóstenes Torres (DEM), o governador Marconi Perillo (PSDB), o bicheiro Carlos Cachoeira, o jornalista Policarpo Jr., a revista “Veja” (conhecida também como revista porcaria) e muito menos protestaram na época, em Brasília, contra o governador do DF, José Roberto Arruda, político cassado e que ficou preso no presídio da Papuda. Não são “gente boa” e “bem intencionada” os marchadores da moral, dos bons costumes e da ética? Nada como lembrar o ano de 1964 quando realizaram marchas golpistas como as atuais. Ainda bem que o povo brasileiro tem mais o que fazer do que bancar o alienado em plena praça pública. É isso aí.

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